A governata dos meus sonhos

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Amabel




Não podia negar que se sentia triste,  a notícia do noivado a havia afetado mais do que poderia imaginar.

A constatação de que nunca poderia ter Lucien ardia e queimava como brasa em seu peito. Passou boa parte do dia fingindo estar tranquila , no fim das contas,  Analisse queria e precisa de seus cuidados e não deixaria que nada tira-se seu foco.

A menina brincava alheia a todo o caos que cercava a governata. Por um minuto a ruiva quis ser somente  uma criança  que sonhava com a boneca nova.

As dores de amor eram pesadas demais,  um coração partido quase parecia incurável. Estava perdidamente apaixonada pelo patrão,  pena ter tido noção disso tão tarde.

Estranhamente Ethan não tinha dado as caras nos últimos dias , o que a deixava intrigada pelo sumiso repentino.

O sol agradável batia contra o chapéu rosado indicando uma manhã acolhedora . Estendeu com cuidado uma toalha no chão e começou a organizar o pequeno piquenique para ela e a pequena.

Tinha feito a maior parte das guloseimas e esperava que fosse o suficiente.  Separou os utensílios e cortou algumas fatias da torta de limão.

Sorriu , pois no fim das contas ainda teria Analisse por perto e torcia para que seu tolo coração aceita-se isso.

.......

Lucien

Trabalhar...trabalhar ...trabalhar... Nos últimos dias só tinha feito isso....
Conseguirá resolver boa parte de seus processos com êxito. Os clientes saíram satisfeitos e ele também. Como esperado , quanto mais bom o profissional,  mais requisitados serão seus serviços. A pilha de novos processos indicava isso.

Chegaria tarde em casa pela milésima vez . Quase não via a filha , e muito menos Amabel ....
Pensar nela fazia tudo dentro dele queimar ao mesmo tempo que sentia uma paz e alegria sem explicação.

Tinha com muito esforço rompido os laços com os Mayfer e terminado o cortejo que mal tinha começado.

Era um homem de convicção e sabia muito bem o que realmente queria .

Não era um adolescente imaturo e cheio de dúvidas , mas sim maduro o suficiente para reconhecer que faria uma idiotice se casasse com a caçula da família.

Olhou para os papéis amontoados na mesa e começou a analisar os escolhidos para aquela semana.
Tinha todo o tipo de problemas ali , preferiu começar pelos mais difíceis,  afinal esses exigiam mais atenção.

O tempo passou rápido e a noite já caia com seus mistérios.
Era melhor ir para a casa , já tinha adiantado bastante coisa.

O caminho foi tranquilo,  assim que chegou pediu que lhe preparassem um banho demorado.

Depois foi para o escritório para analisar um pouco mais sobre um dos três casos escolhidos.

Apagou  o castiçal e saiu decidido a resolver outro assunto.

Bateu três vezes na porta e a governata a abriu espantada por sua presença ali.

- Posso conversar com a senhorita?- perguntou ansioso.

- Aqui ?- rebateu um tanto envergonhada.

- Vamos para a biblioteca então...- ofereceu sabendo que estava desrespeitando o espaço da moça.

-Tudo bem !- fechou a porta e o acompanhou.

Adentraram o local repleto de livros de toda espécie e assuntos.  Não era de se estranhar,  pois como advogado precisava  ler muito .

- O que deseja senhor Petreks?- questionou preocupada .

- Quer mesmo saber senhorita Sinclar?- rebateu sorrindo da inocência dela.

- Deve ser algo grave ! uma vez que mesmo estando noivo , me pede para que fique sozinha com o senhor dentro de um cômodo vazio ....- alfinetou parecendo chateada .

- Realmente é grave.... muito grave ...- respondeu enigmático.

- O que houve ? E algo com Analisse ?- interrogou visivelmente angustiada.

- Será que não percebe Amabel , não é possível que não consiga ver ....- tentava entender como ela não percebia seu interesse.

- Perceber o que ...- disse confusa .

Lucien se aproximou lentamente,  fazendo ela  encostar-se na estande de livros . As mãos circularam a cintura feminina a trazendo para perto.

- Sempre soube que era deverás ingênua,  mas não tanto ...- sussurrou próximo do ouvido da dama.

- Não compreendo onde o senhor quer chegar. - respondeu parecendo assustada com a aproximação.

Ele não respondeu apenas sorriu enquanto tocava o rosto avermelhado pela timidez .

- Não aguento mais ficar longe , me reprimir. - disse aproximando o rosto do dela .

- Vou beijá-la Amabel , se não quiser o mesmo tem a chance de partir - ofereceu afrouxando o aperto na cintura da moça.

Trouxe os lábios para perto,  vendo que ela fechará os olhos desejosa e cobriu a boca dela com a sua.

As mãos pequenas o puxaram para mais perto o que o motivou a aprofundar o beijo .

Ela tinha gosto de morangos silvestres , como ele sempre imaginou em seus sonhos.

O toque das línguas mexia com cada partícula de seu corpo o fazendo querer mais ...querer tudo....

Embrenhou uma das  mãos por debaixo da camisola recatada erguendo uma das coxas fardas , sentindo a textura da pele macia.

O gemido baixo dela reverbou por seus ouvidos o fazendo perder completamente o juízo.

Abandonou os lábios dela e desceu os beijos pelo pescoço tentador. Afrouxou a camisola tendo o deslumbre de um pequeno decote,  formado pelos seios grandes e volumosos.

Sentiu a boca secar no mesmo instante e começou a abrir ainda mais a pequena fresta.

O membro endurecido , implorando para se enterrar dentro dela .Rosnou   com o desejo a flor da pele.

Teve o vislumbre do seio pálido de áurea rosada e começou a tocá-lo medindo seu peso e maciez.

Tomou o bico nos lábios e sugou com  força,  ouvindo outro gemido alto da governanta que levou as mãos aos  fios loiros como forma de aproximar seu rosto o puxando para si .

Quando ouviu a voz doce e trêmula chamar seu nome soube que deveria parar .Não podia desonra-lá assim, no chão de uma biblioteca , a meia noite . Reuniu toda sua força de vontade e parou de sugar a carne macia  e arrumou a camisola dela tampando qualquer tentação.

Respirou fundo buscando recobrar a sanidade e depois de alguns segundos a olhou vendo o mesmo desejo que o consumia estampado nos olhos castanhos.

- Eu te amo .....Amabel ...- admitiu sorrindo por finalmente admitir o que estava entalado em sua garganta.

- Não posso tirar sua inocência desta forma , não me perdoaria por isso.
Vamos nos casar como deve ser , aí sim serei digno de ser seu primeiro e único homem .

- O senhor me ama ?- a voz dela saiu tão baixa que o preocupou.

- Amo ....mas do que possa imaginar.

Ele a abraçou e se surpreendeu ao ver que ela chorava .

.......

Continua .....

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