A Governanta dos meus Sonhos

Doce engano

Lucien

Deitou consciente de que não conseguiria dormir. Te-lá em seus braços e simplesmente não poder fazer nada foi sem dúvidas uma tortura.
Várias coisas passaram por sua mente como uma espiral,
contudo, não tentou se aproveitar da situação.  Afinal era um cavalheiro ,ainda que estivesse no limite de seu controle.

Fechou os olhos tentando descansar, pois  a festa tinha terminado tarde e precisava de estar cedo no escritório no dia seguinte.

A forma como ela o abraçou de volta com tanta meiguice e ternura, o deixou ainda mais fascinado do que já estava.

Queria demonstrar o quanto era linda, o tanto que a desejava , o tanto que mexia consigo .

Eram tantas vontades,  mas nenhuma concretização.

.....

Amabel

Tinha acordado decidida a esquecer qualquer tipo de afeição indevida pelo patrão. Estava conformada com o fato de ele a respeitar demais para a olhar com outros olhos .

Talvez devesse aceitar as investidas de Ethan ,mesmo não nutrindo nenhuma afeição pelo administrador.

Sabia que no fundo , só se encontrava desesperada para esquecer Lucien,  contudo não via outra solução.

Observava a alegria da criança correndo pelo jardim , gostava tanto daquela menina ,como se fosse sua própria filha.

- Está triste?- a menina perguntou atenta ao estado de tupor da governanta.

-Não pequena  ! Obrigada por perguntar. - agradeceu forçando um ânimo que não sentia.

As horas passaram e quando notou já entardecia lá fora , sem querer se deparou com Ethan nos corredores sorrindo assim que a viu :

- E no mínimo estranho como sempre nos esbarramos nos corredores não é senhorita Sinclar?- questionou sem tirar o sorriso do rosto bonito.

-Acredito que a vida queira que nós tornemos amigos .- afirmou ciente de que depois da conversa na biblioteca uma intimidade havia se estabelecido.

- Uma amizade ....-indagou um tanto desapontado .

Amabel percebeu o tom contrariado,  tento agora ,total certeza de que o homem estava interessado em si.

-O que achou da festa senhor Clarke?- perguntou para mudar o rumo da conversa.

- Acredito que tenha sido uma das melhores a qual já estive .Tenho que parabenizar Lucien pelo bom gosto e pela organização. - elogiou parecendo sincero.

- Sobre nosso diálogo na biblioteca,  queria comentar que me senti lisonjeada por cada palavra. E também preciso agradecê-lo,  afinal precisa ouvir tudo aquilo. Sabe , as vezes a vida pode se difícil,  quando alguém não se enquadra na expectativa dos outros .Todavia, tenho absoluta certeza de quem sou e de minhas qualidades. - admitiu sorrindo.

- Parece que está decepcionada com alguém em especial , suas palavras carregam um pouco de tristeza.- observou a olhando com atenção.

A governata ficou sem palavras ,visto que , se referia a Lucien . Porém,  não poderia confessar a forma que se sentia em relação ao dono da mansão .Entendia que era praticamente amiga do senhor Clarke,  entretanto tinha receio de que sua confissão fosse descoberta pelo pai de Analisse.

- Impressão sua ....- respondeu juntando a pouca convicção que tinha.

- Peço perdão ,se por acaso, estou me intrometendo em seus assuntos pessoais. Mas não tenho dúvidas de que algo a magoou. Não precisa me dizer se isso a fará mal de alguma maneira .- expôs a deixando sem jeito , logo que Analisse também tinha reparado em seu desânimo.

- Passar bem senhor Clarke!- Despediu-se com medo de acabar falando demais. Tinha que guardar as sete chaves tudo que se passava em sua mente. Seu pai precisava dela , e tudo de que não necessitava era de perder o emprego.

.....

Ethan

Observou  a dama partir  tendo certeza do que já desconfiava. ela estava apaixonada por Lucien .
Não precisava fazer esforço algum para notar ,  deixava isso claro como as águas do mar .

Tinha que fazer algo rápido,  não podia permitir que o patrão percebe-se. Senão tudo estaria perdido .

Necessitava de um plano , o mais depressa possível.

Seguiu para o escritório,  para terminar os cálculos necessários.

Por incrível que pareça,  administrar a mansão estava se saindo mais fácil do que levar a governanta para a cama.

Faria as coisas do seu jeito,  o trato era que a deixa-se caindo de amores ,  todavia não tinha a mínima possibilidade,  uma vez que seu coração já tinha dono .

Teria que jogar sujo , para finalmente conseguir te-lá.
Simplesmente precisva usar uma pessoa para que a moça fosse para sua cama : Lucien Petreks.

Tinha que fazê-la odiá-lo ao ponto de  se entregar apenas por raiva , despeito.  Ela devia se sentir iludida e  enganada.

Sentou no estofado e abriu uma garrafa de bebida. Como faria isso , o homem era um lorde,  sempre respeitador , honesto e gentil .
Teria em contra partida que colocar um contra o outro.
Acabar com a harmonia que tinham, A dúvida era  como ....

Olhou para o copo que acabará de encher , até que a ideia lhe veio como uma inspiração.

Sorriu de forma maldosa , finalmente tomando a bebida de uma só vez .

Os dias de paz e tranquilidade entre os dois apaixonados estava contado ......