Boa leitura!
De seu voto e deixe um comentário ❤️
Essa é uma pequena história, de um príncipe que não tinha um castelo e nem súditos, seu reino era seu coração e seu fiéis aqueles dignos do seu amor. Essa é a história de um príncipe que conheceu uma fera indomável e cruel, porém nem isso foi capaz de impedi-lo de amá-la…
França, Março de 1800
Papai e eu iríamos nos mudar, depois de anos na grande mansão dos Park ele decidiu que estava cansado da agitação da grande cidade e queria viver um pouco no interior, eu como um bom amante do campo logo me dispus a segui-lo fielmente.
ㅡ Vai para o campo?! ㅡ Hyunjin, meu primo, estava estupefato pela notícia.
ㅡ Sim! ㅡ lhe disse com alegria ㅡ Irei com papai.
ㅡ Mal debutou na sociedade, Jimin, irá para o campo? Como vais arrumar um marido? Não me diga que quer se casar com um camponês moribundo?! ㅡ Suspirei dando meus ombros.
ㅡ Não desejo me casar com ninguém, Jin Jin, quero apenas viver com papai e uma boa tranquilidade do campo.
Meu primo ofegou horrorizado, sorri deixando o mesmo com suas surpresas e subindo para o meu quarto, eu era um ômega de 20 anos solteiro, debutei na sociedade aos 19 e desde então fujo de alfas e betas. Papai sempre respeitou minha decisão de não ter um marido, até porque mamãe também era assim até acha-lo e ele adora ver como eu me pareço com ela.
Tenho cabelos dourados como raios de sol e olhos da mesma cor, papai sempre soltou diversos elogios a minha aparência assim como fui uma das principais atrações dos bailes, porém nada daquilo realmente me atraia e eu só queria um bom livro em um lugar calmo.
Em meu quarto eu arrumei meus baús com as roupas mais simples, as jóias que mamãe me deixou estavam bem guardadas em uma caixa de vidro e detalhes dourados, uma foto de nossa família também estava lá dentro.
ㅡ Querido ㅡ papai me chamou enquanto entrava no quarto ㅡ, já estás pronto?
ㅡ Sim, papai ㅡ respondi sorrindo.
Arrumei minha roupa, o espartilho apertava minha cintura, porém eu já estava acostumado, eu vestia uma calça de cor cremosa e uma camisa de mangas bufantes branca, o espartilho também branco junto aos sapatos. Sorri para meu pai vendo seu olhar bobo.
ㅡ Cada dia que te vejo me recordo ainda mais de sua mãe. ㅡ Ele sorriu melancólico. ㅡ Pode se passar anos, porém a imagem daquela mulher nunca deixará minhas memórias.
Me aproximei limpando as tímidas lágrimas de seus olhos.
ㅡ Não chore, papai, eu estou aqui!
ㅡ Sim, meu pequeno. ㅡ Ele riu. ㅡ Vou mandar os empregados levarem seus baús para a carruagem, partiremos agora.
Assenti entusiasmado.
Meus cabelos estavam até a minha clavícula, os trancei colocando de lado e coloquei a escova delicada em um baú. Os empregados vieram e eu os acompanhei até o exterior da nossa casa, minha tia e meu primo estavam nos esperando.
ㅡ Ainda acho que estás se precipitando, Heitor, Jimin precisa se casar e ter um marido, levá-lo para o campo assim… ㅡ Titia me olhou com pesar. ㅡ O menino ficará solteiro pelo resto da vida!
ㅡ Se assim for a vontade dele, assim será, Helena. ㅡ Papai sorriu e beijou a testa da irmã. ㅡ Se quiser nos visitar, nossas portas estarão abertas, até mais Hyunjin, espero ansiosamente o convite de seu casamento.
ㅡ Até, titio! Cuide bem do Ji e não o deixe com o nariz enfurnado nos livros. ㅡ Gargalhei junto ao moreno.
Por fim entramos na carruagem partindo em direção ao interior da França.
O caminho fora tranquilo e sem perturbações, papai se afundou em um livro enquanto eu olhava a paisagem mudar de pouco em pouco. O sol se punha levando consigo toda a luz natural e dando lugar ao extenso céu cheio de estrelas.
Ao longe avistei a pequena vila portuária, o mar misterioso com a lua o iluminando, a carruagem atravessou a vila até o casarão perto da floresta, rodeado de árvores secas e escuridão estava nossa nova casa. Mal conseguia conter minha felicidade por todas as expectativas que imaginei naquele local.
ㅡ Chegamos querido ㅡ papai anunciou assim que a carruagem parou.
Desci com sua ajuda, já haviam empregados nos esperando, pegaram os baús e levaram para dentro, estávamos cansados e por isso rejeitei o jantar e me retirei, meu quarto era distante, em cores brancas e douradas, meus baús já estavam no cômodo por isso apenas abri um deles pegando uma camisola de cetim, me despi e desfiz a trança de meus cabelos. Olhei para minha janela vendo a intensa floresta escura atrás da casa, meu corpo estremeceu pelo vento frio e eu a fechei.
Exausto me cobri e fechei meus olhos.
Minha noite foi regada de olhos escuros e um homem desconhecido.
[...]
A manhã chegou e com ela minha vontade de explorar, vesti uma calça preta com um espartilho de couro junto a uma blusa vermelha carmesim com um broche de rubi em meu pescoço.
Uma das empregadas me ajudou a arrumar meu cabelo com um coque um pouco solto, desci para a sala de jantar onde papai estava me aguardando.
ㅡ Bom dia ㅡ desejei me sentando ao seu lado.
ㅡ Bom dia, meu anjo. ㅡ Papai sorriu carinhoso.
Começamos a comer em silêncio, após minutos papai se levantou e beijou minha testa.
ㅡ Eu e os empregados vamos ver os arredores para ver como está o terreno, fique bem e me espere, sim?
Assenti para o meu progenitor assistindo o mesmo deixar a sala. Após minha refeição abandonei a sala e fui a procura da biblioteca, o cômodo era grande e repleto de luz, vaguei entre as estantes vendo um peculiar livro vermelho e preto.
Amável Alfa.
Sorri, era um título adorável, abri a capa vendo um texto pequeno de dedicatória.
A aquela de fios dourados como sol e olhos de ouro derretido, aguardo você em nosso castelo por toda a vida.
Toquei meus cabelos sentindo minhas bochechas quentes, na página seguinte havia outro texto um pouco maior.
O alfa cruel teve seu coração domado
O anjo de cabelos dourados tende a ser sacrificado
Sangue
Desejo
Raiva
Amor
Tudo em 30 dias e 30 noitesMassageei meu peito sentindo um aperto estranho no mesmo, olhei para janela suspirando pesado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗔𝗺𝗮𝗯𝗶𝗹𝗲
FanfictionJikook | Short fic | Romance | +18 Um ômega corajoso e sem limites que encontra em seu caminho um alfa amargo e frio. Jeon Jungkook era amaldiçoado pela lua, seu sofrimento era eterno e nada podia lhe tirar daquilo, então porque ver aquele ômega...