Sete: final

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Boa leitura!

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Olhando para o meu ômega eu sabia que iria doer, tanto quanto sabia que ele iria sofrer.

ㅡ Eu vou encontrá-lo? Me diga que eu vou ㅡ implorei para a lua.

ㅡ Sim, eu vou garantir para que isso aconteça, se você se tornar mortal morrerá no mesmo momento, mas irão se encontrar em outra vida e nas seguintes e seguintes para o amor que não puderam concretizar seja perpetuado, sei que dói, acredite quando digo que dói, pois imagine se você pudesse amá-lo, porém nunca poderão ficar perto um do outro e vê-lo por um pequeno vislumbre e então... nada sobra.

A figura de Roseanne olhou para o céu e eu soube que a Lua estava falando do Sol.

ㅡ Eu... não sei se consigo ㅡ Jimin murmurou soluçando, seus olhos azuis me encararam com dor. ㅡ Eu vou sentir tanto sua falta.

ㅡ Nós vamos conseguir, eu sei que sim, me espere e nós vamos viver tudo que não pudermos, a primeira coisa que farei quando lhe ver é lhe dar uma flor.

ㅡ Promete? ㅡ Seus olhos me pediam esperança e eu assenti sorrindo com fraquezas. ㅡ Me diga qual?

ㅡ Um buquê de rosas valiosas!

Jimin franziu o cenho.

ㅡ Elas são muito raras.

ㅡ Assim como nosso amor é. ㅡ Ambos sorrimos um para o outro. ㅡ Eu tenho que partir, por favor não chore, eu vou voltar.

ㅡ Eu te amo.

Beijei sua testa e então sua boca.

ㅡ Você não estará sozinho, Jimin. ㅡ A lua sorriu encarando o ventre de meu ômega e o arfar saiu dos meus lábios. ㅡ Será um alfinha lindo, ele estará com você, assim como Jungkook estará em seu coração. É hora de ir.

ㅡ Eu te amo ㅡ Jimin falou entre soluços ㅡ, vou estar te esperando bem aqui, eu juro.

ㅡ Eu te amo.

Jimin...

Jungkook fechou os olhos deitando a cabeça no meu colo, ele não os abriu mais ou suspirou, apenas se foi com o rosto tranquilo enquanto meu coração se resumia em pó por sentir sua presença sumir, eu gritei de dor.

ㅡ Ele estará bem, Jimin, aguente.

Vi a lua sumir olhando para o horizonte, onde o sol começava a aparecer, sorri entendendo sua dor, acariciei o rosto gelado do meu alfa e então pus a mão em meu ventre.

ㅡ Eu te amo.

Jungkook foi enterrado em uma tumba, eu não conseguia não ver seu corpo, mesmo sabendo que ele iria sumir. A senhora prometeu ficar ao meu lado e de meu bebê até minha partida, meu pai me encontrou, eu não seria capaz de contá-lo realmente o que aconteceu, havia documentos dizendo que me casei com Jeon Jungkook e aquele castelo era meu.

Eu estava esperando um bebê, o nosso bebê.

Em uma noite, parecida com aquela em que nos encontramos, eu dei a luz ao nosso filho. Um pequeno e lindo bebê, gritando com a força de seus pulmões, eu podia sentir Jungkook ali conosco, sorrindo e nos aquecendo.

ㅡ Minjun, você corre tanto, pequeno travesso.

Peguei o menino no colo escutando suas risadas, ele parou de rir e me encarou.

ㅡ Papai, e o meu papai alfa?

Pisquei e encarei o pequeno vendo sua inocente curiosidade.

ㅡ Seu pai alfa é uma estrela, sabia? ㅡ O menor arregalou os olhos negando. ㅡ Ele é a estrela mais brilhante que fica pertinho da lua, ambos estão nos vendo toda noite!

ㅡ Sério? ㅡ Assenti vendo seu largo sorriso retornar. ㅡ Vou desejar boa noite todos os dias para o papai.

Engoli o choro e assenti.

Anos se passaram, Minjun ia se tornando um alfa tão lindo quanto seu pai, eu o vi sorrir, chorar, se frustrar e amar. O vi trajando sua vida e quando chegou meu momento de descanso tudo que eu pude desejar é que pudesse encontrar Jungkook novamente.


Londres, 20xx

A caminhonete foi parar perto de uma lanchonete e eu me empolguei pois já tinha ouvido falar do lugar, as opiniões eram ótimas. Sai do carro como uma criança saltitante, Taehyung me segurou pelo ombros assim como vez com Seokjin, assim ele entrou com nós dois debaixo dos seus ombros, algumas pessoas olharam, porém eu não liguei porque era normal receber olhares quando meu irmão estava perto.

- Ele vai chegar daqui a pouco, façam seus pedidos, eu pago hoje. - O maior piscou para o meu melhor amigo.

Esse que virou a cara e empinou o nariz.

- Sua sorte é que eu sou muito mão de vaca - Jin resmungou pegando o cardápio.

Sorri desviando o olhar para a grande janela da lanchonete onde dava para ver o lado de fora, a discussão do meu amigo com meu irmão ficou abafada e eu fiquei lá vendo as pessoas indo e vindo. Um carro esportivo prateado parou no estacionamento, prendi a respiração ao ver um homem moreno saindo do carro, ele jogou a franja para trás e ajeitou o terno, este que estava super justo na parte do peitoral e encarou justamente a minha mesa.

Corei enfiando minha cara no cardápio.

Acabei escolhendo um chocolate quente e croissants de queijo, abri minha boca para falar meu pedido para Taehyung quando uma voz me interrompeu.

- Iae, Tae.

Era o maldito moreno, ele estava parando na frente da nossa mesa com um sorriso que deixava qualquer um no chinelo, suspirei segurando minha vontade de correr para longe. Taehyung se levantou e abraçou o desconhecido com direito a tapa estalado nas costas.

- Jeon cara, até que enfim teve tempo para os amigos! - Tae gargalhou.

- Se eu não viesse você iria me infernizar o resto do ano. - o tal Jeon retrucou com um sorriso cafajeste - Então? Olá meninos.

Seokjin acenou sorrindo fechado e eu me encolhi dando um tímido tchauzinho, para o meu desespero o ruivo sentou do meu lado, eu podia sentir seu ombro esbarrando no meu. Estremeci e segurei um gemido de frustração, ele cheirava a algo forte e de certa forma velho, um perfume marcante que deixa uma certa marca na memória.

- Olá. - Ele me olhou e sorriu. - Sou Jeon Jungkook, amigo do mala ali.

Ri vendo ele apontando para o meu irmão.

- Park Jimin, irmão do mala.

Jungkook me encarou com surpresa, Taehyung me puxou pelo ombro me colando nele, seu olhar para o amigo era de puro perigo. Sorri envergonhado.

- Estou de olho em você, cafajeste Jeon!

Bufei beliscando as costelas do marmanjo.

- Porque? - Jungkook levantou as mãos em rendição. - Estou sendo amigável com o caçula Park.

- Amigável o caralho.

- Taehyung! - ralhei quase explodindo de vergonha - Educação.

O loiro me deu um beijo no pescoço e deu os ombros.

Mesmo que eu achasse aquele cara o homem mais sexy que passou na minha vida, tudo nele gritava incansavelmente um homem perigoso, gostoso e que gosta de brincar. Algo que eu não estava disposto a fazer, precisava de tranquilidade na minha miserável vidinha.





Nunca existiu realmente um fim.

𝗔𝗺𝗮𝗯𝗶𝗹𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora