★ Capítulo 11

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Ao chegar ao prédio onde Rosé morava, Jisoo chamou um táxi e as duas meninas aguardavam a sua chegada

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Ao chegar ao prédio onde Rosé morava, Jisoo chamou um táxi e as duas meninas aguardavam a sua chegada.

— Pare com isso. — Rosé disse, mais como um apelo do que uma ordem.

— Parar com o quê? — Jisoo perguntou surpresa.

— Você continua pensando em como me ajudar financeiramente, quase posso ouvir seu cérebro se agitando.

A boca da morena caiu. Como ela sabia disso!?

— Estou muito grata por você querer ajudar, mas nunca vou me permitir tirar vantagem disso.

— Por que não?

— Qual é, você não aceitaria ajuda se estivesse no meu lugar, não é?

Ela estava certa, a morena tinha que admitir que não iria. — Eu admiro você por ser tão orgulhosa. — Jisoo disse. — Estou muito feliz que nos tornamos amigas. — Ela acrescentou, esperando ver um sorriso no rosto de Rosé, mas não foi encontrado em lugar nenhum. Pior ainda, seus olhos ficaram levemente melancólicos enquanto ela mordia o lábio ansiosamente. — Oh, me desculpe, eu presumi que nós éramos... eu não deveria ter– — ela começou a explicar, mas Rosé a interrompeu.

— Eu gostaria que fôssemos amigas também, mas... é simplesmente impossível. Você não vê isso? — ela sussurrou tristemente.

— Por quê? Por causa do dinheiro?

— Não é tão simples, Jisoo, você não pode simplesmente deixar isso de lado e esquecer. Vivemos em mundos completamente diferentes, mundos separados por uma barreira inquebrável. O seu é aquele com limusines, empregados, compras na Dior... Você é milionária... E eu? Tenho que contar o dinheiro no final de cada mês para ter certeza de que tenho o suficiente para comprar comida.

— É verdade, eu admito, mas isso não significa que não possamos–

— Pense nisso. Por exemplo, se eu te perguntasse sobre suas últimas férias, o que você me diria? — Rosé perguntou e Jisoo ficou em silêncio. — Você provavelmente gastou isso em um cruzeiro em um iate luxuoso dos seus pais, que custa mais caro do que todo esse prédio onde eu moro. E você não quer me dizer isso, porque tem medo de ferir meus sentimentos. É isso que eu estou falando, por causa da nossa situação financeira não seríamos capazes de falar livremente sobre coisas simples, não seríamos capazes de fazer coisas que amigas de verdade fazem...

A pior constatação para Jisoo foi que sua mente racional sabia que o que Rosé estava dizendo era verdade. Seu coração queria protestar desesperadamente, mas não encontrou nenhum argumento.

— E se decidirmos fazer compras juntas? — Rosé continuou. — Para onde iríamos?

— Não precisamos fazer compras juntas–

— Tudo bem, então digamos que decidimos comprar presentes de aniversário uma para a outra. Imagine como eu me sentiria sabendo que seus outros amigos compraram presentes caros para você e eu não poderia fazer o mesmo. Você pode imaginar isso? Seria esmagador para mim, coisas assim destruiriam lentamente a mim e a nossa amizade. E poderíamos até ser ingênuas e fingir que dinheiro não importa e todas essas coisas, mas no fundo eu sempre sentiria que... que não sou o suficiente.

A morena ficou sem palavras, fungando silenciosamente era o único som que ela fazia.

— Neste momento, aceito as coisas como elas são: você é rica, eu sou pobre e está tudo bem... — Rosé continuou — mas tenho medo de que, se passarmos mais tempo juntas, eu gradualmente fique com inveja, talvez até amarga e não posso deixar isso acontecer. Você é muito legal Jisoo, conhecer você me deixou feliz e estou contente por termos tido a chance de nos conhecer. Mas às vezes é melhor terminar as coisas mais cedo... porque mais tarde pode ser muito doloroso.

— Se é isso que você realmente quer... — As palavras de Jisoo eram quase inaudíveis.

— Não é isso que eu quero, é a coisa mais inteligente a fazer. E você também sabe disso.

Jisoo assentiu resignada, justamente quando o táxi parou ao lado delas.

— Boa noite. — Ela disse baixinho, nem mesmo ousando olhar Rosé nos olhos e entrou no carro.

— Boa noite. — Rosé sussurrou quando o táxi já estava desaparecendo ao longe.

A primeira coisa que ela viu depois de abrir a porta de seu apartamento foi Irene e Seulgi se beijando no sofá.

— Não é o que parece! — Irene deu um pulo, com as bochechas vermelhas.

— Estávamos apenas... assistindo a um filme. — Seulgi acrescentou, de forma pouco convincente.

Rosé não estava com vontade de provocá-las, então nem se preocupou em comentar. Passando por elas sem dizer uma palavra, ela fechou a porta do quarto e se aninhou na cama em posição fetal. Cerrando os punhos, sua mente repetia febrilmente:

Não chore, não chore, não chore...

Espasmos leves percorriam seu corpo, mas ela conseguiu conter as lágrimas. Então ela ouviu uma batida e Irene entrou, parecendo preocupada. Seulgi a seguiu, perguntando:

— Você está bem, Rosie? O que há de errado?

— Por que a vida tem que ser tão injusta? — A garota de cabelos prateados resmungou e começou a contar o que havia acontecido.

— Eu sei que dói, mas você fez a coisa certa. — Seulgi disse e Irene concordou balançando a cabeça. — Você queria ser apenas amiga dela ou...

— Você esperava por algo mais? — Irene terminou a pergunta.

— Eu... não sei, nunca conheci ninguém como ela. — Rosé confessou. — De qualquer maneira, isso não importa agora.

O rosto de Seulgi ficou sério enquanto seu olhar parecia permanecer distante. — Sabe, Rosie, sou um pouco mais velha que você e a vida me ensinou muitas vezes que você não pode ser ingênua ou vai sofrer. Toda essa conversa de que 'dinheiro não importa' ou que 'você deveria seguir seus sonhos' ou que 'o amor conquista tudo' é apenas uma ilusão de que as pessoas dizem a si mesmas para se sentirem melhor. Às vezes funciona se você tiver sorte, mas é muito, muito raro. A vida real simplesmente não é assim, se você acredita nessas coisas, está tudo bem, mas há uma boa chance de você se machucar. Pelo menos pela minha experiência. Então você tomou a decisão certa, Jisoo e você vivem em mundos totalmente diferentes, nunca teria dado certo.

— Sinto muito, sei que não é o que você gostaria de ouvir, mas também acho. — Irene concordou, acariciando o braço de Rosé. — Você ainda nos tem, lembre-se sempre disso.

— Eu sei, obrigada. — Rosé respondeu e então seus olhos se arregalaram como se ela tivesse se lembrado de algo importante. — Por favor, não fale com ninguém sobre isso, nem mesmo com a Lisa.

— Nem mesmo a Lisa? Por que?

— Só não faça isso. Por favor.

— Claro. — Irene prometeu, lançando um olhar confuso para Seulgi, cujos olhos estavam igualmente perplexos.


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