"Vivemos em mundos completamente diferentes, mundos separados por um muro inquebrável. O seu é aquele das limusines, dos empregados, das compras na Dior... Você é milionária... E eu? Todo mês tenho que ter certeza de que tenho o suficiente para comp...
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Como normalmente na vida, a felicidade não dura e mais cedo ou mais tarde é interrompida por algo que ninguém esperava. No caso de Jisoo, foi o momento em que ela recebeu o resultado da terceira semana de terapia. Eles não eram bons: aparentemente o remédio que ela estava tomando melhorou sua saúde durante as primeiras duas semanas, mas de repente parou de fazer efeito. Os médicos ficaram perplexos com os possíveis motivos e informaram que precisavam de mais tempo para analisar os resultados.
É por isso que depois de morar um mês no Japão, Jisoo foi informada que ela teria que ficar mais tempo lá e até mesmo se mudar para o hospital, por um — tempo indefinido — como disseram. Ela derramou algumas lágrimas quando teve que avisar Rosé por telefone que ainda não voltaria. Mais tarde, naquele mesmo dia, deitada na cama à noite, ela desabou completamente e chorou desesperadamente no travesseiro, soluçando convulsivamente até finalmente adormecer de exaustão.
— Senhorita Kim, há uma visita para você. — A voz da enfermeira acordou Jisoo, ela abriu os olhos e olhou a hora, já passava das 10h. Era normal que ela dormisse demais, no dia anterior ela chorou a noite toda. Gemendo, ela ajeitou um pouco o cabelo, esperando que a mãe trouxesse algumas frutas para ela, o hospital estava realmente carente nesse departamento.
— Oi. — Ela ouviu uma voz familiar, virou a cabeça e viu Rosé parada na porta, seu rosto expressando uma mistura incomum de preocupação e felicidade.
— Oh meu Deus, oi!!! — Jisoo pulou da cama, sem nem se importar com o rosto inchado, os olhos inchados e o cabelo bagunçado, e correu até a namorada para abraçá-la. — Que surpresa, quero dizer, não posso acreditar que você veio me visitar aqui!
— Eu tive que fazer isso, eu simplesmente não suportava a ideia de não ver você por mais um mês. — Rosé respondeu, claramente muito emocionada. — Como vai você? — ela perguntou suavemente, já sabendo que a resposta não seria positiva.
— Eu– — Jisoo queria dizer que estava bem, mas decidiu não fingir, ela sentiu que poderia ser honesta com Rosé. — Estou totalmente arrasada, eu esperava que a terapia funcionasse e esse pesadelo acabasse, mas agora..., agora não sei mais. O mais assustador é que ninguém sabe de nada, os médicos estão confusos e..., tenho tanto medo que... — sua voz falhou — que eles não encontrem uma maneira de me curar...
— Nem diga isso, vai dar tudo certo, você vai ver. — Rosé disse com lágrimas já brotando em seus olhos. — Eu trouxe algumas tangerinas para você. — Ela entregou uma sacola para Jisoo, mudando de assunto para esconder o quão profundamente preocupada ela estava.
— Obrigada. — Jisoo respondeu fracamente, mais uma vez impressionada com o quão carinhosa e atenciosa sua namorada era. Mas uma grande surpresa sobre Rosé veio alguns minutos depois.
Seu médico, Sr. Nakamura, foi ao seu quarto para falar sobre a continuação de sua terapia. Ele começou a explicar em inglês sua nova ideia para a terapia e Jisoo balançava a cabeça de vez em quando. Rosé sentou-se perto, ouvindo atentamente cada palavra sua.
