Eu sou muito babaca

207 20 12
                                    

Vamos comemorar nosso primeiro ano juntos, e estou preparando uma supresa que acho que ela não se surpreende mais, ainda assim vou tentar.

Cheguei mais cedo do trabalho, passei na floricultura e ao invés de pedir para eles arrumarem, pedi para Aiden.

Estamos enchendo o apartamento com rosas vermelhas, normalmente sou o cara do girassol, mas isso já está ficando meio monótono, então espalhamos buquês de rosas, em todo o andar de baixo da casa, e trouxemos tudo em nossos carros, e ja estamos quase acabando.

— Nossa, cara, quando eu crescer, quero ser igual a você. — fala Aiden.

— Isso é impossível, por que você nunca vai crescer. — respondo rindo.

— Fala sério! Não sou pior que o Ethan — Aiden ri também. — Estou muito feliz por vocês dois.

— Obrigado, Aiden.

Depois que terminamos tudo, fico na expectativa esperando ela e pra se sincero nem sei se ela sabe que dia é hoje. Ouço o barulho da porta sendo destrancada, ela entra e seu queixo cai, eu amo causar essa reação nela. Ela me olha sorrindo com seus olhinhos pequenos e escuros, não será fácil atravessar a sala até onde eu estou porque a cada centímetro aqui de baixo tem flores.

— Nossa, o romance vomitou aqui! — diz ela olhando para todas as rosas em todos os lugares. Ela nunca diz o que eu penso que vai dizer, este é um dos motivos do porque eu a amo.

— Você gostou? — pergunto e estendo a mão para alcançar a dela.

— Eu amei — a voz dela sai mais baixa dessa vez — Nem acredito que já faz um ano que estamos juntos. Não vejo a hora de ser sua esposa.

— Maria... — fico sem palavras com o que ela disse, passo o polegar em cima de seu dedo com o anel de noivado.

— Você me trata tão bem, Alan, obrigada, de verdade, estava tão cansada de cuidar de mim mesma e então meu príncipe de armadura reluzente aparece. Eu te amo.

— Eu também te amo, querida.

Ela acaba tropeçando nas flores e cai e começa a gargalhar, subimos e rimos, conversamos, fazemos planos para o casamento.

*********

O casamento é daqui algumas semanas, e está praticamente tudo certo, só falta alguns detalhes que minha noiva está cuidando, sua amiga de Duskwood, Jessy, será a madrinha e ela virá ficar com a gente uns dias antes do casamento e depois também.

Jessy e Dan, são nossos amigos, são meus também porque a Jessy já nos visitou algumas vezes, e nas chamadas de vídeo que Maria faz com eles, ela acaba me puxando para a conversa, então, eu diria que somos amigos, sim.

Chego em casa e penduro o meu casaco, me viro para a sala e acho que morri. Com certeza estou morto, não existe batimentos cardíacos dentro do meu peito neste momento. Maria está sentada no sofá, ele sentado na mesa de centro a consolando.

— Jake? — chamo e ele vira o rosto para mim e confirmo que é ele. NÃO. Sinto vontade de gritar, mas fico em silêncio, apenas fechos os olhos lentamente.

Quando os abro novamente, Maria me olha e cerra os olhos curvando a cabeça um pouco para o lado. Antes que eu possa dizer qualquer coisa, ela se levanta do sofá e vai praticamente correndo com determinação até mim.

— Você sabia disso? Você sabia que Jake estava vivo? — me pergunta ela e posso ver a raiva estampada em seu lindo e decepcionado rosto.

Antes de responder eu reparo em seus olhos vermelhos e percebo que eles estão inchados, meu coração que achava que tinha parado voltou a bater muito rápido, ela está lacrimejando, eu nunca vi ela chorar em mais de um ano, nunca, nem em filmes tristes, nem quando a pedi em casamento, nada, jamais.

Sempre foi ela - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora