VIII - A calamidade.

11 2 0
                                    

Time Skip: 1 ano e meio.

૮Ꮚ '͈ ⁄⁄'͈꒱ა 🐁 𖥦 𓊔

O castelo, enfim, estava finalizado. Com suas torres altas e muito bem estruturadas, portões de titânio que alinhavam desenhos modernos e os cristais que foram pacientemente polidos à mão.

O tempo de sua construção foi longo, mas não há dúvidas de que todo o esforço valeu a pena. Assim que pude falar com a soberana de Utophia, Glinda, e tomar posse de um pequeno reino oval no norte do país, não demorou para que as obras se iniciassem.

Não posso negar que de princípio foi muito difícil lidar com isso sozinha. Não exatamente sozinha, tive Haoran e Mei, mas é claro que eles não podiam ficar o dia todo ao meu lado, ambos tinham seus devidos afazeres a serem realizados, portanto, a maior parte do tempo, lidei com isso por conta própria.

O último ano foi corrido e inovador, pude aprender uma imensidade de coisas, explorar novos ambientes, conhecer novas pessoas, e principalmente, amadurecer. Foi um processo e tanto, mas não me arrependo de nada do que foi investido.

Continuo treinando e me esforçando cada vez mais diante das minhas habilidades mágicas, e é notável a tamanha evolução que tive nos últimos tempos, o que me deixa muito orgulhosa de mim mesma. No entanto, infelizmente, ainda não descobri o motivo por trás da minha tão rápida ascensão. Meses se passaram, e eu decidi apenas deixar isso de lado, afinal, não era importante por agora.

Na semana seguinte da minha ascensão, fui convidada para um banquete em Tenplua, onde fui recebida por inúmeros astutos deuses, phowins, aprendizes, guardas e cidadãos. A festa foi pomposa e com uma insuperável animação, exceto por Thahan.

O garoto nem sequer deu presença, e permaneceu isolado por alguns dias. Acredito que o choque deve ter sido intenso, mas se ele escolheu se envergonhar pelo seu rebaixamento, não podia impedir. E nem queria.

Em pouquíssimo tempo, centenas de templos foram levantados, todos esbeltamente decorados com uma estátua minha rodeada de cristais de cor turquesa. Ao redor do mundo, incensos das mais diversas essências queimavam calorosamente em minha adoração, enquanto preces pendentes passavam a ser atendidas.

Eu realmente estava preocupada em ajudar a população a realizar e conquistar aquilo que desejavam e suprir as suas necessidades de acordo com o meu alcance. Enquanto caminhava pelas estradas incontáveis pessoas se aproximaram e se admiraram de minha presença, todas parecendo verdadeiramente encantadas.

Algumas crianças me abraçavam, camponeses clamavam por bençãos em seus humildes comércios, homens e mulheres pediam pela prosperidade, a superação e a beleza. Em algumas semanas, toda a população recebeu jornais, cartas, e agora sabiam da minha sutil existência nesse mundo.

Não só fui adorada, como também passei a ser odiada por alguns dos deuses. Minha glória os assombrava, e os faziam se remoer em inveja. Alguns deles propagavam abertamente farsas sobre mim, enquanto outros permaneciam quietos e me lançavam ataques mágicos por trás das cortinas.

Em alguns dos banquetes que participei nesse meio tempo, recebi alguns olhares tortos e respostas curtas. Às vezes sentia vontade de os enviar um apaixonante beijo no ar e os fazer revirar o estômago com minha atual confiança. Não há como negar que a minha ascensão elevou a minha autoestima num nível surpreendente.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 07 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Entre Ratos e Cristais.Onde histórias criam vida. Descubra agora