Meu primo

Ciúmes

— Vocês demoraram em! — Minha prima diz assim que chegamos.

— Eu fui comprar outro biquíni e a loja tava cheia, esse biquíni tá me encomodando! — Digo rapidamente, sem demonstrar desconfiança.

Colocamos as bebidas no cooler, voltamos a programação normal, mas eu quero saber se o Lucas me ama. Lembro do que a Gia falou sobre ciúmes, como eu vou fazer o Lucas sentir ciúmes.

Eu sei que ele disse que não gozaria em boceta de ficante, mas isso não é romântico, eu quero ele falando que me ama pra dizer de volta.

Fui ao banheiro de um restaurante, pra me trocar e colocar o biquíni azul, eu estava uma gostosa obviamente e era inevitável um olhar maldoso daqueles gostosos jogando vôlei junto com o Lucas.

Deixei minhas coisas com a minha mãe, que pediu pra mim dar o óculos do Lucas conhecidencia mas tudo bem.

Fui até ele recebendo os olhares e os assobios, isso incomoda de mais, mas tudo por um te amo no final do dia!

— Minha mãe mandou te entregar. — Digo olhando nos seus olhos, ele estava sério.

— Caralho uma prima dessa que eu queria. — Um cara diz pegando a bola da mão do Lucas, que jão tirava os olhos de mim, sorri com o elogio e olhei para o cara.

— Obrigado, pode ir. — O Lucas diz pegando o óculos da minha mão e voltando ao jogo sem mais palavras nenhuma, sai dali indo pro mar e sorrindo, acho que deu certo.

Fiquei um pouco adimirando o mar, isso é tão bom, as vezes eu esqueço o quanto mar é bom, de tanto que eu tenho raiva do sol. Olhei pra trás e Lucas estava vindo na minha direção.

— Que porra foi aquela? — Ele diz sério com cara de bravo, chegando perto de mim e sorri de canto.

— O que? — Digo bem sonsa, ele colocou sua mão na minha nuca e depois puxou meu cabelo levantando minha cabeça, pra mim olhar pra ele, fiz uma cara de safada.

— Esse azul é pra você usar só pra mim, faz aquele show de novo que tu tá fodida. — Ele diz e me arrepiei inteira.

— Amo ser fodida. — A boca dele estava centímetros do meu rosto. — Você tá me deixando molhada, com ciúmes desse jeito.

— Não vou falar de novo! — Diz ainda bravo e me solta, sai dali sem olhar pra trás, segui o mesmo, estava sorrindo igual a uma idiota.

O começo de um relacionamento saudável é assim mesmo, depois ele sabe que se não me obedecer morre. Mas em fim, segui ele até a onde minha mãe estava e ela já ia ir embora pra casa.

— Vai ficar aí? — Ela pergunta pra mim.

— Vou, quero beijar alguém ainda hoje mãe, não fiquei com ninguém dessa praia veia. — Digo ironicamente com o Lucas do lado arrumando as coisas pra ir também.

— Vou ficar também tia, eu tô cansadão do vôlei. A gente fica aqui um pouco e já sobe. — Sorri internamente e minha mãe assentiu e subiu com minha prima, meu pai e as crianças.

Sentei na espreguiçadeira e o Lucas ao meu lado, ele abriu uma garrafa de cerveja e continuei adimirando sua beleza.

— Então quer dizer que tu não beijou ninguém ainda? — Ele diz cortando o silêncio e eu ainda olhando pra ele, balancei a cabeça em negativo. — Tu quer beijar quem fala aí, o Juninho tá louco pra te pegar.

— O Juninho? — Ele balança a cabeça e me olha curioso. — Mas eu não quero o Juninho.

— E tu quer beijar quem? — Ele me encara e eu encaro ele uns segundos, cheguei mais perto do seu rosto.

— Eu quero beijar você, quero mamar você, quero que você me foda bem gostoso e que você encha a minha boceta de porra! — Digo baixo o suficiente só pra ele ouvir.

Depois volto ao meu lugar e chamo o moço que serve caipirinha, pedi uma de limão. Ele não parou de me olhar um segundo, acho que já estava sacando o que eu tava querendo fazer com ele.

Depois de uns minutos curto, a gente decidiu andar pela praia, eu só tava com uma bolsa leve com as minhas coisas e as coisas do Lucas, eram poucas.

A gente andou e conversou sobre coisas aleatórias, rimos um pouco também, eu tô amando esse date na praia com meu futuro namorado.

Chegamos até um lugar cheio de pedras, parecia uma piscina onde tinha o mar, tinha um espaço entre as pedras com areia, era deserto onde estávamos, era o lugar perfeito pra ele me foder, se alguém aparecer, é porque não ouviu a gente transando antes de ver, só dá pra ver do mar, se tiver algum jet ski andando bem devagar e próximo da gente consegue nos ver, sem contar que estava anoitecendo.

Mas aqui era o lugar perfeito e ao ar livre, perigoso por que pode aparecer um bicho de qualquer lugar, mas tudo bem.

— A gente vai ficar aqui no meio das pedras? — Perguntei colocando minha bolsa no chão.

— Sim. — Ele diz tirando a camisa e indo pra piscina, tirei minha calça transparente e fiz o mesmo.

Cheguei perto dele, agarrei seu pescoço e pulei no seu colo, olhando fixamente nos seus olhos.

— Desculpa por ter deixado bravo. — digo com a boca perto da dele.

— Vai ter um castigo por isso. — Ele diz e sorri seduzindo.

— Eu só queria que você tivesse ciúmes de mim. — digo sonsa e ainda seduzindo.

— Pra mim dizer que te amo? — Gelei quando ele disse isso no mesmo nível que disse que eu sou sua namorada, fiquei esperando ele dizer mais alguma coisa, estava sem resposta pra uma pergunta dessa.

Então eu beijei ele loucamente ele retribuiu e ali a gente não era mais primos, não existia mais esse laço familiar, agora eu sou uma mulher e ele é um homem e a gente está se relacionando sem medo, literalmente ao livre.