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Guilherme Martineli

Acordei e depois de tomar um banho, desci direto para tomar café, hoje é aniversário do Seu Gilberto, e tanto ele quanto a mãe do Leo, tinham me intimado a ir no almoço.

Nesses anos de amizado com o Leonardo eu acabei me aproximado da família dele, uma vez ou outra íamos na roça para ajudar o pai dele com alguma coisa, Seu Gil é um cara muito bacana.

Eu não tinha ideia do que levar de presente, e não queria ir de mãos vazias, então acabei comprando uma cachaça, que sabia que ele gostava, porque qualquer oportunidade ele tava tirando ela para fora.

Subi para o quarto de volta depois de terminar o café, escovei meus dentes de novo, passei desodorante, perfume e coloquei uma calça jeans, blusa azul marinho e calcei minha botina, nada de novo.

Desci para a garagem, coloquei a sacola com o presente no banco de trás e fui em direção a casa da Lara, quando falei com o Leo por mensagem ele tinha perguntado se tinha como levar ela, pra não ir sozinha.

– Eae - a cumprimentei quando ela entrou.

– Oi Guilherme, tudo bem? - disse com um sorriso.

Chegamos no horário do almoço, tinham alguns carros estacionados, parei descendo e pegando a sacola, caminhando para onde eu via o movimento.

– Ah que bom que chegaram! - Dona Catarina veio nos cumprimentar, ela me puxou pra um abraço e fiquei todo sem jeito – Ai menino mas você é tão bonito! Não sei porque tão sério, já te disse, dê um sorriso de vez em quando. - bufei uma risada de leve.

– Venham os meninos estão ali - ela apontou para o canto da mesa onde tinham algumas pessoas sentadas e avistei a Maria Vitória e Leo.

Quando nos viu ele levantou, veio até nós, trocamos um aperto de mão e ele deu um beijo no rosto da Lara, a marrentinha veio logo atrás, abraçou a amiga e me ofereceu um sorriso.

A mesa era comprida, estavamos na área gourmet da casa e nos sentamos de volta próximos de onde eles estavam, Maria Vitória acabou por ficar do meu lado e o casal 20 se sentou de frente pra nós.

Eu nem falava muito, porque não gostava que se metessem na minha vida, mas o Leonardo já tava sonsando com essa menina, de uns dois meses pra cá, ele pode até negar mas não ficou com mais ninguém.

– Cadê seu pai? - perguntei para a Maria.

– Meu pai não fica parado, acho que ele tava na churrasqueira.

Engatamos em uma conversa, acho que o pessoal que estavam sentados próximos eram primos, Leo nos apresentou e me limitei á um aceno de cabeça, é sempre assim, vou fazer o que se tenho que ficar comprimentando todo mundo que eu não conheço.

Sentia alguém me encarando, e a mulher nem tava disfarçando, não gravo nomes, nem sabia quem era, mas segui ignorando, não era o ambiente mais propício.

O pai dos meninos apareceu do nosso lado e me levantei. – Olha ele aí, que bom que veio. - ele me deu um abraço de lado com tapinhas nas costas. O parabenizei e aproveitei para entregar o meu presente.

– Aaah, não acredito! - me virei em confusão erguendo as sobrancelhas para a loira, ela foi em um móvel do lado e tirou uma cachaça embrulhada para presente de dentro, exatamente a mesma.

Seu Gilberto deu uma gargalhada. – Vocês tão querendo me embebedar é? - ele me agradeceu, e se virou dando um abraço e um beijo no rosto da filha agradecendo também e saiu quando chamaram o nome dele.

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