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Guilherme Martineli

Tinhamos acabado de fechar um contrato, foram 5 meses de negociação e no final tinha dado tudo certo e eu estava de muito bom humor.

– Foi bom fazer negócios com você. - Samuel apertou minhas mãos.

– Você criou o garoto bem Pedro. - disse se virando para o meu pai e saindo com dois dos seus funcionários que o acompanhavam.

Quando olhei para o lado meu pai me encarava sem conseguir conter o sorriso no rosto. – Bom acho que merecemos uma pausa, estou orgulhoso filho, eu tentava fechar negócio com o Samuel tem um tempo.

Eu sei que não tinha o gênio dos mais fáceis de lidar, mas meu pai era umas das pessoas que eu mais respeitava, e eu estava satisfeito por ver aquele sorriso na minha direção.

– Vamos almoçar, chame a sua sombra, é por minha conta hoje. - deu uma piscada e enquanto ele seguia para o elevador, neguei com a cabeça indo em direção ao corredor, abrindo a porta de uma das salas depois de escutar permissão vindo de dentro.

– Meu pai chamou pra almoçar é por conta dele hoje, bora.

Do elevador fomos direto para a garagem, o carro já estava ligado nos esperando, iriamos em um só, já que voltaríamos pra cá depois.

Entramos no restaurante, sentamos em uma mesa mais ao fundo e fizemos nosso pedido, enquanto não chegava pedimos por um suco, o dia ainda não tinha acabado, então não iríamos beber.

Conversamos sobre os negócios, como íam as fazendas e não sei como, depois de voltas, meu pai e Leonardo chegaram no assunto sobre relacionamento.

Sabia que o Leo gostava de cutucar então já esperava por uma provocação.

– Sabe Seu Pedro, desconfio que esse mal-humor do Guilherme é porque ele não esta se entendendo bem com ninguém. - disse mexendo as mãos - Se é que me entende, porque não é possível o cara viver com essa cara feia todo santo dia.

Porra. Era só o que me faltava.

– Ô Leonardo, não sou eu quem to preso pelas bolas, e ainda to enrolando a mulher.

Meu pai que só ria arqueou as sobrancelhas.

– Que história é essa filho?

– Tá sabendo não pai? Esse aqui. - apontei para o Leo que me encarava revirando os olhos. – Tem 5 meses que tá amarrado e não assume a mulher, to vendo a hora que vai levar um pé na bunda.

– Mas você é linguarudo em.

Eu ri – Você quem começou otário.

– Olha Seu Pedro, não é bem assim. Começamos a nos envolver sem compromisso algum, e bom, eu pisquei e são 5 meses?

– E o que pretende fazer sobre isso? 5 meses e você ainda está em dúvida se gosta dela? Se me permite dizer fil...

– Não, não! Eu gosto dela. - o Léo disse rápido, e cortando meu pai. – Sem dúvida nenhuma. - olhei pra ele surpreso, pela facilidade dele em admitir o sentimento.

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