chapter 24

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hueningkai.

ao que parecia, era noite. quando caí ainda era 10 da manhã, louco não? fiz idiotice e eu caí por culpa totalmente minha, uau. 

eu realmente estava com fome, mas meu braço direito está enfaixado e shin não percebeu ainda.

— licença, senhorita yuna, mas caso ainda não tenha percebido, tenho meu braço dominante enfaixado, ou seja, não consigo comer. — ela levantou o olhar do seu celular e pude ver seu rosto vermelhecer um pouco, sorri de leve.

— achei que alguma vez disse que era ambidestro ou tinha aprendido a lidar com sua mão esquerda.

— provavelmente esse tenha sido taehyun ou yeonjun, não eu. — ela riu, se colocando de pé e pegando a colher, colocando um pouco de japchae nela, dando na minha boca em seguida 

— isso é humilhante. 

depois de acabar o japchae e eu ter bebido o suco, me sentia cheio. 

— acho que pra mim chega. — disse me arrumando sentindo desconforto, ela colocou a bandeja de lado numa pequena mesinha do lado da minha cama. — por que quis ficar aqui? achei que estava ansiosa fazendo suas malas pro acampamento.

gemi baixinho, sentindo um pouco de dor na costela.

— está bem? — concordei — eu não ia conseguir ir sem saber se você ia ficar bem ou não. 

— me sinto lisonjeado. você sabe o que vão fazer comigo? pegaram o moleque?

— imagino que vão fazer mais uma bateria de exames pra ver se você está totalmente "bem" e depois vai ter alta. — parou um pouco pra pensar — amanhã ou depois você tenha alta, talvez. e sobre o menino, não me falaram nada, mas acho que yeonjun deu conta dele. se ele não teve nenhum envolvimento com o que quer que vocês estavam trabalhando, agora tem uma prisão pela frente. Injúria e desacato. 

— eu faria o mesmo se estivesse no lugar dele — ri, o que me doeu. eu odeio ter fraturado essa merda de costela. — foi culpa minha que acabamos naquele lugar, a queda não era tão grande. imagina se fosse maior? iria estar chorando e não do meu lado agora. poderia ter causado traumatismo craniano, insuficiência respiratória. 

— muita coisa, entendi, kai. sem mortes agora, tá legal? — pediu, me fazendo balançar a cabeça levemente — poderia descansar agora, parece cansado.

— sabe o que vai acontecer no acampamento? — negou com a cabeça — vou ficar preocupado.

— eu que vou ficar preocupada! você vai estar tendo semanas de folga, vou ficar com medo de você enlouquecer, resolver ser um agente do caos e sair por aí matando gente. — sorri da imaginação dela.

— bom saber que vai ficar preocupada também, mas eu prometo não enlouquecer e sair por aí matando gente, relaxa.

— sei que não, você ama seu trabalho — falou mais baixo, com uma voz mais grave. — mas durma agora, vou avisar os outros que acordou e jantou.

— não avisou ainda? — ela abriu a boca pra falar algo mas voltou a fechar, ligando seu celular — sabe onde tá meu celular?

— não, mas sei com quem está seu carro. — fechei minha cara. — talvez taehyun saiba

— meu civic não. — choraminguei

— tenho certeza que ele está cuidando bem do civic, kai. relaxe. — me ajeitei, deitando na cama do hospital. fechei os olhos por um momento tentando recapitular tudo: estava perseguindo um cara na escada de emergência de um prédio, quando ele parou pra fazer não sei o que, caímos e fiquei segurando a mão de um comoleto desconhecido, que soltou ela e me deu um presente de meio do ano, duas costelas quebradas, hematoma e um braço quebrado. uau. — yeonjun disse que seu celular está com namjoon e que o menino aparentemente tinha vendido a van a uma semana atrás, basicamente, o menino era inocente, também disse que vai ser julgado mas passará a noite na cadeia por hoje. provavelmente vai pegar uns 3 meses sendo otimista. quer que eu peça pra namjoon o trazer aqui amanhã? — assenti, sentindo o sono me atingir. — aproveite suas férias improvisadas pra pôr o sono em dia, kamal.

sorri, e apaguei.

quando acordei, yuna estava com um cobertor de pelinho rosa, ri baixo, achando a cena hilária. eu estou eternamente grato por yuna estar comigo. o relógio digital do quarto marcava 04 da manhã, bufei. meu sono era realmente desregulado. espero conseguir dormir um pouco mais.

[•••] 

sentia meu corpo ser balançado levemente, abri os olhos aos poucos e era yuna, dei um pequeno sorriso, mas fechei os olhos novamente, estava tudo muuto claro.

— precisa acordar pra fazer os exames, mas antes.. — não terminou a fala, o que me fez abrir os olhos novamente, ela apontava pro lado, movi minha cabeça, vendo muitas pessoas ali. sorri de ponta a ponta, todos da cinco zero vieram me ver, pareciam ansiosos. — vieram te ver, cavalheiro.

todos entraram, achei que isso fosse proibido, mas de qualquer maneira eles dariam um jeito.

— Nos deu um susto! — yeji foi a primeira — ainda bem que está bem. yuna te falou do menino? — concordei, me sentando na maca e ela veio me abraçar.

— a comida daqui é ruim, kai? — tae perguntou, encostando na parede

— é boa, pelo menos pra mim. — Disse, notando que yuna parecia cansada, olhei pra namjoon em seguida, que aparentemente entendeu meu recado. 

depois de vários abraços, conversas e perguntas, eles tiveram que sair pra mim fazer os exames. eu gostei deles aqui, mas não imagieni que não viriam, afinal, família não abandona e não esquece.

Dᥲᥱgᥙ 5 0 |ƬXƬZY|Onde histórias criam vida. Descubra agora