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Pov Clara

Passamos o dia inteiro nos divertindo na área da piscina. Lena não insistiu para eu entrar na água e eu agradeci por isso. Lumiar e Kerline eram as palhaças da turma e estavam constantemente fazendo piadas em sua maioria sobre mim já que Helena não se estressava com nada e Sol e Kefera eram suas mulheres.

Sobrava eu, que me estressava a cada segundo com elas e eram necessários uns beijinhos da Helena para tirar meu bico. A verdade era que eu estava amando receber toda essa atenção. Vio quanto elas são especiais, o quanto é importante ter amigos por perto.

Sol estava feliz com Lumiar. Elas se olhavam o tempo inteiro com carinho e cheio de promessas. Kerline passou a tarde toda querendo transar com a Kefera, o que gerava um certo atrito entre elas já que Kefera era bem mais discreta e Kerline espalhafatosa.

Eu e Helena tínhamos a necessidade de tocar a pele uma da outra o tempo inteiro. Ora deslizava minhas mãos nas suas costas, outrora fazia cafuné,

Eu estava decidida a dormir com ela esta noite deixando Sol e Lumiar se curtirem. Eu sabia que ela me respeitaria e só era necessário acorda mais cedo que não geraria nenhum mal entendido.

Lanchamos a tarde e a noite pedimos pizza para vem filme que praticamente foi esquecidos pelos três casais. Kerline e Kefera foram as primeiras a nos abandonar, gerando piadas por parte de Lumiar. Mas a mesma logo incentivou Sol a irem
“dormir” também.

- Helena. – Chamei atenção de Helena após ficarmos sozinhas a sala. – Eu estou completamente apaixonada por você.

Ela olhou para mim e eu tentei criar coragem para continuar.

- Eu sei que posso estar sempre apressada, mas o sentimento é verdadeiro. E mesmo que não seja recíproco, eu quero continuar lutando pelo seu amor até que você se sinta capaz de me amar o tanto quanto te amo.

- Galega...

- Não precisa falar o mesmo, Helena. Eu não espero que diga agora. Mas quero que me de uma chance para eu te provar meu amor e quem sabe um dia isso seja recíproco.

- Eu te amo, Clara . – Eu paralisei. – Eu estou perdidamente apaixonada por você e não quero esperar nenhum dia a mais para falar isso pra você.

A puxei para um beijo que logo esquentou e antes que perdessemos o controle a parei. Decidi que o melhor era irmos para o quarto dormir.

- É tão saber que você me ama. – Dei um beijo na sua cabeça que estava sobre o meu peito. – Eu não sei se haverá dia mais feliz que esse.

Ela me abraçou forte e eu pude notar um certo desconforto do meu amiguinho lá embaixo.

Não coloquei o short de compressão para dormir, pois já tinha ficado o dia inteiro o usando.

Com certeza eu o machucaria se permanecesse apertando-o com massa de pão.

Minha cueca preta apertada já foi suficiente para disfarçar o volume, juntamente com meu short largo e blusa longa que ia até quase o final do short.

Amanhã teria que acordar antes dela e já correr para o banheiro e colocar o short de compressão.

Eu só sei que esse esforço todo estava valendo a pena. Eu dormiria ao seu lado e isso já era suficiente para qualquer risco corrido.

Dei carinho em seus cabelos até eu sentir sua respiração mais leve, eu queria que ela lembrasse o tempo inteiro que eu a amava e se fosse necessário passar toda a noite dando-a atenção, assim eu faria.

Pov Helena

Acordei sentindo o cheiro gostoso dela. Sorri mesmo ainda de olhos fechados, lembrando dos seus carinhos na noite passada.

Ela disse que costumava acordar cedo, mas pelo

Visto o dia ontem a cansou e ela perdeu a hora hoje. Bom que poderei acordá-la com carinhos.

Ela é muito especial para mim e eu esperarei o tempo que for para tê-la para mim.

Abri os olhos tentando me acostumar com a claridade. Seu corpo, ainda sob mim, me dava uma paz. Reparei no seu rosto angelical e sua pelinha branquinha. Corri meus olhos sobre seu corpo.

Notei um volume estranho abaixo de sua barriga, muito provavelmente ela tem mania de colocar um travesseiro entre as pernas.

Beijei seu rosto para tentar despertá-la e ouvi um resmungo em resposta.

- Acorda, dorminhoca. Jaja temos que nos ajeitar para ir embora.

- Helena? – Ela abriu os olhos espantada. – Aí meu Deus... Bosta.

Ela direcionou o olhar para suas pernas.

Galega, o que houve? – Perguntei preocupada notando seu desespero.

- Eu preciso tomar um banho.

Ela levantou rápido e eu notei que o volume que eu havia denominado como sendo um travesseiro na verdade não era.

- Clara , o que é isso entre suas pernas?

- Helena, eu posso explicar. Eu... eu vou tomar um banho primeiro.

- Clara , o que você está me escondendo?

- Helena, eu não sei o que falar. Desculpa,

Desculpa por favor. – Sua voz estava embargada, eu já via algumas lágrimas caindo dos seus olhos. – Eu tenho...

Ela não conseguiu concluir, chorando novamente.

- Você tem um pênis?

- Merda, eu não devia ter dormido com você. Eu sabia que isso ia acontecer.

Ela passou a andar de um lado para o outro com as mãos na cabeça. Um misto de desespero com tristeza.

- Helena me perdoa, por favor. – Disse direcionando seu olhar para mim e se aproximando.

- Você tem mentido esse tempo todo para mim, é isso? O que você é Clara ?

- Uma aberração, eu sei. Mas eu vou mudar, Helena. Por favor, só me dê uma chance.

- Clara , você vem mentindo para mim? A

Virgindade, a menstruação, o fato de você não estar pronta... a sua paixão.

- Não, isso não. Eu sou apaixonada por você, Helena. Desde a primeira vez que te vi. Se eu estou

Fazendo isso, é por você.

- Então eu sou a culpada por suas mentiras?

- Não me chama assim.

- Desculpa. Disse abaixando a cabeça. – Eu queria ter te falado, mas eu não queria seu julgamento, o seu não.

- Quando você ia me falar? Quando fössemos transar?

- Lena,  eu...

-Eu nunca ia falar. – Falou em um sussurro.
- Como assim não ia falar? – Falei quase num grito. – Viveríamos pra sempre nessa mentira?

- Não, Lena ... Helena.

Ouvi passos no corredor e a porta foi aberta por uma Sol desesperada. Ela correu para Clara  que começou a chorar desesperadamente.

- Ela descobriu, Sol. Eu nunca vou ser amada mesmo, eu sou uma aberração.

Merda! Ela não era uma aberração, eu estava com raiva dela ter me escondido isso o tempo todo, não por ela ser o que era.

- Calma, Clara . Vamos nos trocar pra irmos embora. – Ela balançou a cabeça concordando. – Eu vou ajeitar sua mala, vai lá tomar banho.

Sol me olhou com cara pesarosa em minha direção e começou a ajeitar as malas de Clara . Lumiar entrou no quarto e me abraçou.

Eu não sabia o que falar. Eu só conseguia pensar nas mentiras dela, na sua confissão de que nunca contaria para mim. Como assim? Viveríamos para sempre uma mentira?

Ela fingindo que não estava pronta e eu a esperando,

E o amor? Também foi uma mentira?

Sai do quarto com Lumiar indo deitar em sua cama. Eu queria dormir e não acordar tão cedo. Chorei horas e cai no sono.

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