𝟎𝟎𝟖

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 Kiss


Aquele dia parecia durar meses.

 Não se lembrava o porque de ainda estar ali, mas sentia que horas se passavam e não entardecia.

 Mas limpou o chantilly do canto de seus lábios, seus olhos não desgrudavam, precisavam um do outro, quando viu tinha o dedo na boca e um gosto doce passou levemente por sua língua. Não sabia o que estava fazendo, seu corpo mexia sozinho, quase como se suas vontades e sentimentos tomassem posse do seu cérebro e com isso seus movimentos. Mas ela sorriu corada, e adorou ter o privilégio dessa visão, sorrindo de volta até essa expressão desmanchar e Kenma se aproximar da mulher, sentados no banco daquele café. Onde estava Kuroo? Foi uma pergunta que passou pela sua cabeça, não sabia a resposta mas agradeceria mais tarde.  A boca de Yuno entreabriu e o loiro só conseguiu pensar em como aquilo era um pedido da outra para que tivesse iniciativa, o que aconteceu, porque quando reparou havia roubado um selinho da morena e rapidamente separando-se em busca de uma reprovação que não encontrou, ao invés disso a garota depositou uma mão na bochecha alheia e puxou Kenma para um beijo real, cheio de amor e carinho, juntamente de um gosto de desejo, um beijo profundo. 

 Tudo estaria bem se um formigueiro insuportável não começasse a se espalhar, tendo sua origem óbvia nos lábios que tocavam a pele de Yuno, notou que, não sentia nada, não sentia o vento do ar condicionado, não sentia seus braços ou pernas, não sentia Yuno ou sua respiração. O formigueiro intensificou-se e gemeu de desgosto, continuou de olhos fechados quando sentiu uma dor no peito, para abri-los e encontrar a imagem desfocada da garota chorando, triste e com a mão saindo de seu rosto após o que pareceu ser um tapa. A boca da outra moveu-se mas não ouviu o que disse, não pode responder ou chorar também, nada aconteceu após a dor fazer com que desejasse morrer e acordar.

 Acordar no conforto de sua cama, olhos bem abertos, muito acordado. O formigueiro desaparecera e não se lembrava da sensação de dor. Viu o seu amigo deitado no chão, do lado da cama, totalmente desengonçado como sempre.

 Olhou para a parede, mas quando Kuroo parou de ressonar ainda não havia pregado o olho.

Foi um sonho  pensou, decepcionado e aliviado, confuso.

𝙀𝙔𝙀𝙎 𝘿𝙊𝙉❜𝙏 𝙇𝙄𝙀, kenmaOnde histórias criam vida. Descubra agora