𝟎𝟏𝟒

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Moonlight


– Sabe, eu achava que era boa nisso até te conhecer. — Yuno disse ao se inclinar para trás, deitando no chão após mais uma derrota do meio-loiro, sua voz ainda um pouco estranha pela constipação.

– Já falei que você não é ruim. — Ele confortou-a. — Só não é melhor que eu.

 A garota sorriu para ele como resposta à provocação, aos poucos descobria coisas assim da parte de Kenma, aos poucos descobria mais sobre ele, e ela gostava disso, gostava de saber que ele estava confortável com a mesma, que estava ali.

 Levantou do chão em um pulo e deitou-se na cama desnecessariamente espaçosa, a mesma olhava o teto pensando em várias coisas e em nada ao mesmo tempo, sentiu o colchão afundar do seu lado e sorriu inconscientemente, ato este que não fora notado pelo outro. Kenma tinha seu celular segurado por ele mesmo, bem acima da cara, de barriga para cima, enquanto jogava alguma coisa que Yuno não prestou muita atenção.

A morena estava prestes a abrir a boca para falar algo, virando seu rosto para encontrar o do loiro, mas ela foi interrompida pelas mãos escorregadias do garoto que deixaram o celular cair bem na cara dele.

Ficaram em silêncio por rápidos segundos, o celular ainda estava na face de Kenma, mas este estava começando a levar a mão esquerda para tirar o objeto de cima de si, a garota digeriu o acontecido e assim que conseguiu, explodiu em risadas. O garoto tinha as sobrancelhas franzidas e resmungava qualquer coisa impercetível pois estava sendo atropelado por Yuno que ainda morria de rir.

– Não enche. — O loiro falou, mas assim que viu a garota rindo e se contorcendo de diversão na cama sorriu.

 A garota também o encarou prestes a soltar uma provocação pelo ocorrido, não ciente dos olhos dourados já postos nela, quando trocaram olhares não desviaram, a garota ainda soltava pequenas gargalhadas mas o sorriso logo foi caindo e eles entraram no transe habitual.

 Porque era sempre assim, parecia que os seus olhos estavam entrelaçados por um fio invisível, mesmo ambos sabendo que quando o momento acabasse eles desviaram os olhos com vergonha não impediam que aquilo acontecesse, e também não reagiam para que fosse ainda mais frequente. Os olhos de Yuno transmitiam uma mistura de curiosidade e vulnerabilidade, já os de Kenma eram intensos e penetrantes, e se a mais baixa fosse algum dia capaz de decifrar o garoto, perceberia que eles revelavam uma certa determinação. Quando Kenma entrava nesse transe, ele pensava em simplesmente pedir a mão dela naquele momento, ou puxá-la para um beijo longo, mas não movia-se, nem um centímetro que seja.

𝙀𝙔𝙀𝙎 𝘿𝙊𝙉❜𝙏 𝙇𝙄𝙀, kenmaOnde histórias criam vida. Descubra agora