Estar no meu quarto não é mais uma novidade, pois ele era o meu único refúgio no momento.
Satoru estava mexendo nas minhas coisas, enquanto Shoko trançava o cabelo de Suguru.
Por um lado eu estava aliviada pelos dois estarem vivos e Shoko não estar sozinha, pelo menos nesse universo tudo parece dar certo, o problema é que eu não sei até quando isso durará.— Eu queria ter provado pelo menos um pedaço do seu bolo de aniversário.— Shoko reclama.
— Não foi culpa minha se a Bruna e Catherine pegaram mais da metade quando ninguém estava prestando atenção.— digo, em minha defesa. Soube dessa notícia pela tarde, e ri tanto— Eu prometo fazer um bolo só pra você antes que tudo acabe.— falei sorrindo, enquanto prendia o grampo de estrela no cabelo de Suguru.
— Como assim?— os três perguntam. Suguru tirou o cabelo do rosto e me encarou, Shoko franziu a sobrancelha. Satoru parecia não ter expressão alguma, mesmo sem aquela venda.
Ai, caramba. O que eu digo agora?
Tossi algumas vezes, fingindo estar engasgada. Eu não era ruim em mentir, era até uma habilidade minha, não que eu sinta tanto orgulho assim.
— Então... eu estou pensando em sair da escola.— revelei. Em parte não era mentira, pois eu realmente pensava naquilo desde a conversa com o KMB, no fim da tarde.
— Mas, porque isso?— Shoko pergunta.
— Os motivos são bem óbvios Shoko, você sabe como é a nossa rotina.— Suguru diz.
Como pode uma pessoa ficar triste assim por causa de uma mentira em uma realidade que não a pertence? Eu queria ficar com eles ali pra sempre.
— Você não me contou sobre isso.— Satoru diz. Ele não parecia chateado, mas eu sabia que no fundo estava.
Porra, isso não é real. Repeti para mim.
— Porque eu não tinha certeza antes. Isso não tem nada a ver com o que temos.— disse. Eu me sentia uma adolescente de novo, cheia de emoções que não podia controlar.
— Vamos, Shoko.— Suguru a chamou.
Shoko fez um "joinha" com a mão, e foi embora.
Eu sentei no tapete em frente à cama, esperando Satoru dizer algo.
Não é real. Nada disso é real.
— Pretende ficar aqui até quando?— ele pergunta, pegando o gatinho de pelúcia.
— Não tenho nada definido.— pelo menos isso era verdade— Já tem um tempo que me sinto cansada, as missões me deixam assim.
— Porque não me contou? Eu poderia te ajudar...— a raiva de mim crescia por dentro do meu coração— Eu posso fazer algo?
Eu queria gritar dizendo: Você pode ser real para mim?
Mas eu não podia dizer aquilo.— Não, eu acho que não.— respondi.
Depois do que eu disse, o silêncio tomou conta do quarto. É horrível quando você quer dizer tanto algo a alguém e não pode.
Eu não conseguia encará-lo, pois sabia que iria chorar, mesmo que fosse tudo uma ilusão. O pior é que mesmo se quisesse voltar, eu não saberia como viver depois de ser feliz aqui. Eu estava vivendo um sonho com meus amigos.
Porque sonhos não duram pra sempre?
— Eu vou preparar o nosso jantar.— ele diz, devolvendo a pelúcia na cama e indo em direção a porta— Podemos conversar sobre isso depois?
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𝗞𝗠𝗕 𝘀𝗲 𝗮𝘃𝗲𝗻𝘁𝘂𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗺𝘂𝗹𝘁𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼
AdventureImagina que um dia você descobre um assassinato e que fadas existem, maluco né. Pois a KMB fic, além disso, tem uma viagem maluca para um anime em que os personagens se veem perdidos nesse novo ambiente. Descubra por você mesmo o que acontece nessa...