Parte XI

878 57 9
                                    

Capítulo XI

Allen Jordan chegou ao palácio, assim que colocou os pés na sala principal, viu o seu sogro de plantão o aguardando para uma possível conversa.

-Sr. Allen Jordan... Podemos ter uma conversa?

-Sim. - O conduziu até ao seu gabinete e encostou a porta. Erguendo a mão em direção à cadeira ao redor de sua mesa.

-Sentes-se!

-Obrigada.

Sentou-se e esperou que o genro fizesse o mesmo.

-Sei que pode parecer intromissão de minha parte, questionar a vida pessoal do senhor e da minha filha. -Tossiu. Tentando levar adiante aquela conversa delicada. -Mas eu não concordo com o que estás se passando entre vocês.

Allen Jordan o ouvia atento. Enquanto o seu indicador amaciava o seu lábio inferior.

-Sou pai de Ebellaine, e desejo o melhor para ela.

-Podes ser mais esclarecedor, Senhor Alfidelles.

Questionou se movendo na cadeira.

-Serei. -Não sabia como falar, mas precisava ser objetivo naquela conversa. - O que quero dizer ao senhor, é que não acho adequado para um casal como vocês, dormirem em aposentos separados.

O jovem se levantou, aguçado. O seu semblante ficou vermelho de raiva e embaraço.

-Sua filha te contou o que se passas entre nós?

-Sim e acho um absurdo! O que falarão as pessoas ao saberem disso?

-Já pensamos em tudo. E temos os cuidados para que isso não saia dessa casa.

***

Momentos mais tarde...

Ebellaine estava sentada em frente à penteadeira, ajeitado o seu penteado ornamentado com fitas e flores artificiais.

Algo entrou de porta adentro, como um furacão. Allen Jordan mostrou-se furioso e ela trepidante ao ver aquela imagem tempestuosa diante dela.

-Por que não bateste na porta antes de entrar?

-Por que revelaste ao seu pai o que se passas entre nós?

-Ele foi falar com você? Pensei que ele não fosse te contar nada.

-Por que quiseste que ele soubesse de tudo?

Interrogou parado no meio do aposento de sua esposa.

-Ele estava toda hora me perguntando sobre um herdeiro, eu não sabia mais de onde tirar tantos pretextos. Então contei a ele toda a verdade.

-Não devias ter feito isso.

Afirmou olhando para um lado.

-Pensei que não se importasses, me disses que não era necessário mentir sobre o nosso casamento. Lembras?

-Não deverias ter contado, não agora.

-Perdão!

- Cales a boca! - Gritou irritado. - Seus perdões me tiram do sério!

-O que queres que eu faça?

A jovem perguntou com uma voz frágil e cheia de medo.

-Que suma da minha frente!

Informou com audácia. Atravessou o quarto, e foi fora dele, batendo intensamente a porta. Nesse instante, Ebellaine apertou os olhos, ouvindo o baque.

Casamento arranjado: Parte II (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora