Parte XII

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Capítulo XII

Estava sendo realizada uma festa na mansão de um visinho do Sr. Jordan, ao qual ele e sua esposa foram convidados. Chegaram ao salão de festas e todos ficaram olhando para os dois. O anfitrião os recebeu com amadorismo.

-É um prazer recebê-los na minha residência.

Disse o dono da festa.

Ebellaine olhava as pessoas se divertindo, dançando e bebendo, por instantes sentiu-se um peixe fora da água, até ouvir uma voz suave em sua direção.

-Senhora Ebellaine, estás linda nesse vestido! -Disse uma dama, com intuito de prolongar a conversa.

-Obrigada! - Ela agradeceu sorrindo.

Sem escolhas, a jovem ficou conversando com algumas damas na festa. E os questionários a cercavam todo o tempo.

-Como se sentes senhorita Ebellaine, sendo a dama mais admirada de Mistoposen?

- Bem. - Tentou demonstrar que estava feliz com a sua posição e com o seu casamento. Mas ela tão difícil para ela abranger alguma coisa formidável em seu matrimônio com o senhor Jordan. Ele somente sabia falar aos berros ou com indiferença com ela.

-Ouvi dizer que o seu marido, Senhor Jordan mudará a decoração de séculos do palácio! Isso é verdade?

-Sim, ele não se interessa pela decoração! Eu a acho fascinante! -Afirmou a jovem, empolgada com o assunto. Falar sobre a decoração do castelo era mais interessante do que falar a respeito do esposo desprezível.

-É verdade, é uma decoração e tanto! É um dos palácios mais luxuosos que eu já vi em toda minha vida.

Um cavalheiro estava de costas. Ele tinha os cabelos loiros. Nesse instante, o jovem conversava com duas damas. Ebellaine ao vê-lo, ficou esperançosa. Imediatamente ela se recordou do mascarado.

Ainda eufórica no espírito, logo a senhora Jordan deixou a companhia das duas damas com total cortesia e foi para a sala ao lado.

-Com licença. -Ebellaine interrompeu o assunto com as damas e saiu atrás do cavalheiro. Desejava ver o rosto dele.

-Será que é ele?

Questionou em voz baixa enquanto caminhava com rapidez para não perdê-lo de vista. E subitamente o Sr. Allen Jordan surgiu em seu caminho, ele veio da sala onde o cavalheiro havia entrado naquele exato momento. Ela acabou congelando os seus movimentos diante do seu esposo.

-Estás indo para onde? Por aqui só têm cavalheiros!

Allen Jordan questionou, desconfiado de sua esposa.

Ela ficou embaraçada e olhou para os lados. A sua voz tropeçou.

-Eu estava te... procurando.

Ele franziu o cenho. -Me procurando? Por quê?

-É que... o meu laço do vestido... se desfez e eu gostaria que o senhor o... fizesses. - Pensou nessa desculpa.

-Por que não pediste a uma dama?

-Fiquei sem jeito de pedir a outra pessoa, afinal não às conheço bem. -Enquanto falava ao seu esposo, ela desfez o laço na cintura sem que o marido percebesse a farsa.

Ele não estava a fim de fazer o laço no vestido de sua senhora, e logo fez uma careta evidente. Os seus olhos azuis encontraram o semblante corado de Ebellaine.

-Por favor! -Virou-se de costas para que ele o fizesse.

-Nunca fiz um laço em minha vida!

Ele confessou antes de tocar nas fitas de cetim. O seu olhar desceu abaixo e ele analisou a silueta de sua esposa com descrição. Realmente Ebellaine não o atraía como uma mulher de verdade. Possa ser que ela precisasse nascer novamente para arrancar algum suspiro dele.

Por fim, ele fez o laço no vestido da jovem, resmungando atrás dela. Ebellaine sentiu o peso da fala dele atrás de seu lombo.

-Obrigada senhor.

Agradeceu, após virando-se de frente pare ele e ofertando-lhe um sorriso sincero.

***

Terminada a festa, retornaram ao palácio. Allen Jordan pegou uma taça de cristal e encheu-a de vinho tinto, da melhor especialidade. Ebellaine estava em pé ao seu lado. Ele virou a taça nos lábios e a olhou por cima, sem se preocupar em oferecer à bebida a esposa. Mesmo que ela gostasse de beber, ele jamais a ofereceria um pouco de vinho.

-O que estás esperando? -Perguntou a ela com uma voz agressiva.

-Quero te fazer uma pergunta.

Os olhos dela brilharam para ele. Ela parecia mais animada, após a festa.

-Lá vem à senhora com essas perguntas!

Deu as costas, se retirando sem amenos parecer interessado em querer escutar a pergunta alheia. O anfitrião desejava ir para o seu aposento e se livrar de suas roupas de festas. Ele queria abraçar as suas cobertas e dormir profundamente.

-Por favor, me respondas! - Suplicou nas costas do marido.

-Digas! - Ordenou impaciente e em seguida se virou de frente par ela.

-Havia um cavalheiro de branco na festa e ele tem os cabelos loiros. - Pausou. - O senhor o... conheces?

-Pelas suas descrições..., sim, eu o conheço.

-Me digas! Quem ele é? - Ficou ansiosa.

-Arthur Veiga. Somos amigos desde a infância.

-São amigos? - Corou, na expectativa de saber mais sobre o cavaleiro. Ela realmente tinha esperança de que fosse ele o mascarado do baile.

-Por que o interesse em saberes sobre ele? -A jovem ficou nervosa e olhou distante. -Estás interessada nele?

Apertou os olhos na direção dela. Desejava ouvir a verdade.

-Não, claro que não... - Levou a mão ao cabelo. Ela parecia tensa. - Apenas pensei que eu o conhecia de algum lugar.

-Se houvesses algum interesse nele eu te ajudaria.

Afirmou ele, virando-se ao lado novamente.

-O senhor não se ousarias.

-Formam um belo casal! - Insistiu e Retirou-se dali em passos apressados.

Ebellaine permaneceu no local. Colocou as mãos em seu peito e sentiu as batidas leve de seu coração.

-Deus se for ele?

Perguntou a ela mesma em voz baixa, assim que se viu só na sala de visitas.


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Beijos a todos...

Pet TorreS


Casamento arranjado: Parte II (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora