Capítulo IX
Amanhecendo, Joana foi até a sala onde o Sr. Jordan passara a noite. Ainda ferrado no sono, em cima das enormes almofadas. Todo desconsertado.
A criada ajoelhou e mexeu em seu cabelo, lhe fazendo cafuné. Não resistindo lhe deu um beijo nos lábios.
O jovem ameaçou despertar, ao sentir os lábios da criada, porém, sua ebriedade o conduziu a ficar desacordado.
***
Allen Jordan estava à mesa fazendo seu desjejum, sua esposa se sentou para lhe fazer companhia na refeição.
Ele olhava o tempo todo para a mesa, evitando encarar a sua odiada esposa.
-Bom dia, senhor! -Disse ela.
-Já comecei com um mau dia! É o primeiro dia de um casamento inoportuno! - Retirou-se sem tomar o restante do café.
Em seu gabinete, mexia em alguns papéis. Notou que não havia nada de importante para resolver.
Um criado entrou no recinto.
-Mandaste me chamar, senhor?
-Há algum compromisso marcado para hoje?
-Um orfanato para visitar e ver as obras da nova loja de mercearias.
-Posso ver isso outro dia... – Ele não deu importância as suas obrigações.
***
Allen Jordan chegou à sala principal, e avistou Ebellaine, sentada na poltrona, lendo um livro, assim que o viu, se levantou as pressas.
- Hoje eu dispensei Joana, ela estava indisposta.
-E eu com isso? -Contrapôs ele.
-Estou avisando ao senhor... -Ele saiu, ignorando a explicação da esposa.
***
No jantar não fora diferente, Ebellaine ao se sentar a mesa, para partilhar do alimento, ele se levantou sem terminar a sua refeição.
A jovem se sentiu mal diante da situação. Ela tentava uma aproximação amigável e ele a despreza o tempo todo.
Ela e sua tia Alva se trancaram na biblioteca, para conversarem. Ebellaine se queixava com a tia da sua primeira semana de casada.
-Primeiros dias de casados e nós não nos agüentamos. Muito mal nos dirigimos à palavra, ele fala comigo somente o necessário. Procura fazer suas refeições na minha ausência, quando me sento à mesa, ele simplesmente levanta.
-Isso é péssimo!
-Como posso levar um casamento assim? Se pelo o menos eu o amasse, eu agüentaria tudo. Mas eu não o amo e ele não me suporta.
-Não imaginava que esse casamento chegaria a esse ponto.
-Como à senhora imaginavas, que ambos se apaixonássemos no primeiro dia de casados?
- Esperava que ele tivesse carinho por você.
-Ele jamais será afetuoso, indulgente e apaixonado.
- Falas com uma convicção que às vezes me assustas.
-Ele é um monstro!
-Tentas mudá-lo, um homem durão quando se apaixona se torna um belo ser humano.
-Eu não quero que ele se apaixone por mim, só quero a sua amizade e respeito. - Corou. -... Vamos mudar de assunto.
Alva notou um brilho diferente nos olhos da jovem.

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Casamento arranjado: Parte II (Degustação)
RomanceSEGUNDA PARTE DISPONÍVEL À VENDA NA AMAZON. Parte II Século XIX A maioria dos casamentos, na alta sociedade, eram arranjados, com o intuito de beneficiar ambas as famílias. Não colocando em conta as vítimas dessa imposta união. Os escolhidos eram o...