Mais um capítulo do Senhor Jordan e a senhora Ebellaine para vocês que estão na torcida desse casal infeliz...rsrrsrs
Capítulo XV
No período da noite, Ebellaine e Allen Jordan jantavam. Ambos calados, porém, ele observava a sua consorte o tempo todo. Não demorou muito, ela percebeu o seu olhar atrevido sobra a sua imagem silente.
-Por que me olhas tanto?
Questionou ao olhar para ele pela terceira vez e notou que ele a analisava. Isso lhe deixou incomodada.
Sem pressa, ele virou a taça de água em seus lábios, mas os seus olhos ainda estavam estacionados no rosto dela. Algumas sombras se formavam e desapareciam em seguida de seu semblante com os efeitos das velas acesas em candelabros de ouro sobre a mesa gigante e também pendurados pelas paredes do castelo.
-O que é essa cicatriz em seu rosto?
Por fim ele questionou. A sua curiosidade quase ultrapassava a fome em seu estômago.
A jovem não respondeu. Apenas abaixou a sua cabeça e continuou comendo em silêncio. Ela não parecia querer falar sobre o assunto. Contudo, Allen quis insistir no assunto, após percebendo que a sua esposa não desejava falar sobre o seu sinal.
-Sei que não é de nascença. - Deduziu ele, colocando a taça de volta sobre a mesa.
-Foi um acidente. -Disse com os olhos no alimento. Eles pareciam infelizes.
-Como foi esse acidente?
Novamente questionou, relaxando na cadeira e deixando de tocar em sua comida por algum tempo. O anfitrião colocou a ponta de seu cotovelo sobre a mesa e tocou o seu dedo indicador em seu lábio inferior. Ele aguardava que a sua esposa entrasse em detalhe com a seu passado sobre a cicatriz. O membro Jordan imaginou que pela primeira vez ele se interessou em saber alguma coisa a respeito da vida de sua mulher.
-Uma surra que levei quando eu era pequena.
Respondeu olhando para as chamas das velas em um castiçal no meio da mesa.
Ele ergueu o cenho, parecendo surpreso!
Uma surra?
O jovem não conseguia imaginar a sua esposa, com semblante tão puro, inocente e angelical, levando uma surra de alguém.
Afinal, o que a levou ser presenteada com tal barbaridade?
-O que a senhora aprontaste? - A sua voz zombou.
Ela ainda não o encarou e respondeu olhando para frente.
-Apenas cortei o casaco do Senhor Alvaric de Astúcia.
-Já ouvi falar nele. Era um dos homens mais requisitados na sociedade.
Desde então, Ebellaine se sentiu mais relaxada para começar a explicar o marido, toda a sua história de menina travessa.
-Eu tinha dez anos, ele foi fazer uma visita ao meu pai, e deixou o seu casaco na cadeira da sala... Eu o levei para o meu aposento e o cortei com uma navalha.
Mas Senhor Jordan ainda parecia curioso. Faltavam mais detalhes na narrativa da mulher que o acompanhava durante o jantar.
-O que te levaste fazer isso?
-Eu não gostava dele, o achava desprezível, lançava olhares desrespeitosos para a minha falecida mãe.
O cenho de Allen Jordan enrugou. Ele parecia ainda mais surpreso com as revelações.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Casamento arranjado: Parte II (Degustação)
RomanceSEGUNDA PARTE DISPONÍVEL À VENDA NA AMAZON. Parte II Século XIX A maioria dos casamentos, na alta sociedade, eram arranjados, com o intuito de beneficiar ambas as famílias. Não colocando em conta as vítimas dessa imposta união. Os escolhidos eram o...