Uma Original Afrodisíaca

Prólogo

The day I first met you
You told me you'd never fall in love
But now that I get you I know fear is what it really was ~  Demi Lovato

Aime's POV

Minhas pálpebras se abriam lentamente com a forte claridade ofuscando qualquer outra coisa e me fazendo tentar cobri-lá com minhas mãos.

Uma viagem naquele carro que durou a noite toda foi o suficiente para me deixar com um imensa dor nas costas e em qualquer outra junta do meu corpo.

Coço meus olhos me acostumando com aquela claridade forte de um sol acabado de nascer, logo vejo uma placa de bem vindo a cidade.

Nova Orleans.

— Vejo que acordou, estamos quase na pensão que a senhorita irá ficar -disse o homem que dirigia, posso afirmar que em toda viagem essas foram suas únicas palavras. Ele tinha um cabelo preto com alguns fios grisalhos pela idade, a mesma coisa na barba e olhos cansados porém atentos a estrada-

Olho mais para o meu redor e era incrível como aquela cidade podia ser tão animada tão cedo. O que mais tinha eram pessoas abrindo os comércios, que eram barracas e algumas lojas pequenas.

Por mais que aquela animação fosse incrível o cheiro era totalmente ao contrário, tinha latas de bebidas espalhadas por todo lugar do chão junto com mais lixos. Algumas pessoas bêbadas jogadas em becos e nas calçadas começaram a acordar e resmungar.

Meu vidro que antes estava com um frestinha foi totalmente fechado logo que adentramos um pouco mais naquela rua.
Essa cidade a noite deve ser totalmente barulhenta mas seria interessante passar em uma dessas festas, talvez eu pudesse até mesmo chamar o Stefan..

O motivo de eu estar aqui tem poucas vagas e uma taxa de aprovação de 17%, Universidade de Tulane, uma das que eu sempre sonhei em estudar.

Sempre gostei de coisas desafiadoras, talvez esse seja o motivo de eu ter me mudado para outro estado apenas para cursar psicologia numa pensão que eu não tenho menor ideia de com quem eu vou morar.

E longe de todo mundo, o que pode acontecer de ruim não é mesmo?

Demora mais alguns minutos para finalmente aquela viagem acabar e o motorista me deixar com apenas minhas malas na frente daquela casa.

A pensão parecia ser muito chique por fora, a paleta principal era um básico branco e preto, apenas de frente com a pensão eu conseguia ver umas oito janelas com uma maior encima da porta principal.
Era um caminho de pedras até a entrada com um círculo no meio de grama. Uns quatro pilares seguravam a casa que tinha um telhado puxado para um cinza com algumas chaminés apenas de tijolos.

A casa era cercada de uma mini floresta me volta, aquilo me deu uns arrepios, mas por que eu sairia de noite? Exato, não sairia.

Caminhei com um pouco de dificuldade por conta das minhas quatro malas até a porta principal e bati.
Ninguém respondeu, na verdade, a casa estava em um completo silêncio, tentei bater de novo esperando mais um pouco.

Atoa, ninguém veio abrir, bom eu devia ser a primeira, então pelo menos posso pegar o quarto maior!

Pego minha bolsa de mão me lembrando daquela chave que a mulher me deu caso isso acontecesse.

Abro a porta entrando com cuidado, era ainda mais linda por dentro! A casa era em tons mais bejes com preto, pareciam de início apenas três cômodos, uma cozinha simples e do outro lado uma sala com uma lareira, algumas poltronas e estantes com vários livros empoeirados. Segui o corredor à frente me levando até um pátio coberto, um sofá grande no meio de costas para mim, tinha uma escada em espiral no canto levando para o resto da casa.

Comecei a me aproximar do grande sofá e do meu novo ângulo consegui ver alguém.
Ele tinha um cabelo loiro médio-escuro curto e levemente ondulado, uma barba mal feita com lábios rosados.
Seus olhos meio caídos estavam fechados e eu me aproximei mais. Ele vestia uma camisa cinza que cobria até metade de seus braços peludos e usava uma calça moletom preta com meias brancas. Suas pernas estavam cruzadas e seus braços atrás de sua cabeça.

Continuei me aproximando mais e mais, acho que eu não era mais a primeira a chegar. Sentei do seu lado no canto do sofá e tentei chamá-lo tocando em seu braço.

Antes que eu pudesse toca-lo ele agarrou meu pulso fortemente e abriu seus olhos ferozmente. Com o susto acabei caindo do sofá ou quase, já que meu pulso ainda estava na mão daquele homem.

— O que você quer aqui, Elena?