A organização Limbo crescia sem parar nos últimos anos, você havia os largado após uma briga com seu Tio Zhanqing, o chefe do Limbo, e agora aceitava comissões de várias pessoas, trabalhos legais e trabalhos ilegais, como assassinato e roubo. Você q...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A madrugada estava vindo, o céu se escureceu como se uma trovoada de lágrimas passasse e levasse as árvores que eram presas e seguras ao chão como se significassem o nada, para ninguém. A manhã veio, e após isso a noite chegou, o mesmo ciclo e eu ainda sentada ali, esperando. O tempo, ele não espera a ninguém, ele nunca deixa nada para trás, ele carrega uma tempestade dentro de si que não deixa ninguém se aproximar por medo de que siga em frente sem eles, então ele se move primeiro. O ar matutino chegou e se foi novamente, ele não esperava embora tudo ficasse para trás, como algo velho e sem valor.
Você já não sentia mais nada além da doce traição, fome, sede e enjoo, e um único sentimento de uma raiva aguda em seu coração como se estivesse o inflando, porém o sentimento de negação ainda estava presente.
── Ele vai voltar...em algum momento. ── Você mentia para si mesma, mas precisava daquilo...precisava dele, precisava de alguém.
"Você não precisa de ninguém, nunca precisou." ── a voz da sua cabeça sussurrava como se a razão estivesse falando mais alto.
As horas corriam e seu estômago se agitava reclamando devido a fome constante, sua língua estava seca, você não sentia vontade de sair do sofá então não percebeu os dias passando.
"Ele não vem."
"ELE NÃO VEM."
Foi como um grito dentro da sua cabeça que se explodiu em raiva, você se levantou e sua visão se escureceu, mantive o corpo firme, não iria cair dessa vez. Fui em direção a meu quarto, e tomei um banho completo, me alimentei depois de dias, o cheiro me deixava enjoada mas precisava comer. Finalmente bebi água e preparei tudo para seguir em frente.
A porta do quarto de Jiwoo estava entre aberta, eu olhei para dentro e vi algo familiar perto da cama, um anel.
Não pensei direito, peguei aquele anel e o coloquei em um cordão o pendurando em meu pescoço, não pense nisso como algo sentimental, algo fofo para se lembrar de seu amigo - na verdade eu estava com raiva - estava cega de ódio quando olhei para aquelas peças de roupa dentro do guarda-roupa do loiro, esperando para que ele voltasse e as usasse. Os pedaços de tecidos rasgados ficaram espalhados por todo o quarto e eu estava guardando uma faca dentro da bota, minha mochila estava a minha espera e eu guardava meu chicote que tomava forma de adereço de cabelo em meu bolso, pronto para ser usado sempre que eu precisar.
── Preciso descobrir onde está meu revólver, depois eu vou garantir que o próximo tiro acertará meu alvo. ── Coloquei minha mochila em minhas costas e a gnosis em um dos bolsos para que fique segura. Meus primeiros passos em direção a porta deixaram uma maleta vazia, roupas rasgadas e memórias perdidas em um passado agora distante.
Você sabia para onde deveria ir agora, o caminho para o Lago de Luhua agora era seu caminho, onde ali à alguns dias atrás houve a primeira traição, a sua traição diante sua nova amiga que já não é mais amigável.
