Capítulo 5

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Eu sou @LidyTPWK. Todos os créditos vão para guccikings, pois ela foi a pessoa que escreveu este livro.

* * *

"Me conta sobre sua vida sexual."

Tossindo violentamente, Louis dá um tapa no peito, com lágrimas brotando em seus olhos. Ele sente os olhares irritados dos outros clientes, mas honestamente ninguém pode culpá-lo por engasgar com a porra da limonada.

Harry, o filho da puta, permanece indiferente, mergulhando sua batata frita no ketchup e mastigando lentamente. Ele pisca para Louis calmamente, como se perguntasse sobre o clima. Arqueando uma sobrancelha, ele cruza as mãos sob o queixo. Sério, o que há de errado com ele? Eles não poderiam simplesmente jantar em silêncio? Louis preferiria que fosse assim.

Ainda pasmo pra caramba, Louis limpa a boca, limpando a garganta. "O quê?" Ele murmura, observando Harry roubar uma de suas batatas fritas de seu prato mal tocado.

Lambendo o sal dos lábios, Harry explica. "Quando dei as primeiras tragadas de maconha, entrei em pânico. Então, meu amigo me deu um pequeno conselho." Isso não faz sentido algum. "Você tem três opções para te ajudar a se acalmar." Ele fala lentamente, com os cílios tremulando: "Um, coma." Harry aponta para seus hambúrgueres intocados. "Dois, conte uma piada." E com outro olhar muito intenso, ele termina. "Três, fale sobre sexo."

Louis engole em seco. Ele não pode mentir. Louis está pirando. Todo o seu sistema nervoso está em chamas, ele está hiperconsciente da conversa silenciosa ao redor deles, da maneira como os olhos verdes de Harry fixaram os dele e como suas palmas estão úmidas.

"Já que você apenas beliscou seu hambúrguer e nem sequer sorriu para as minhas – hilárias, veja bem – piadas ruins, estamos na opção três – sexo."

"Não consigo comer quando estou nervoso." Louis murmura, só o cheiro de graxa faz seu estômago revirar. "E suas piadas eram muito idiotas."

"Então, Louis. Você é um daqueles que fazem coisas loucas na cama ou é do tipo mais convencional?"

Louis bufa, embora possa sentir seu rosto corar com a pergunta. "Nada que seja da sua conta."

Harry faz beicinho. "Vamos, me conta."

"Coma seu hambúrguer."

"Prefiro saber a resposta."

"Com licença." Louis se levanta da cadeira. "Vou usar o banheiro."

Recostando-se, Harry cruza os braços atrás da cabeça, balançando a cabeça uma vez.

Limpando o suor da calça jeans, ele vai até o banheiro, a luz fraca piscando quando ele entra no quarto.

Jogando água fria no rosto, ele respira trêmulo e olha para cima, o espelho lhe dizendo o que ele não tinha interesse em saber: ele parece o mesmo que sente. Seu reflexo está pálido como um fantasma, as bolsas sob seus olhos são grossas e escuras, seu cabelo está uma bagunça insuportável.

Louis suspira, virando-se para secar as mãos e o rosto.

Veja, a questão é que Louis não sabe realmente por que está nesse estado de pânico. Seu coração está batendo contra o peito mais alto do que qualquer barulho ao seu redor. Ele já esteve em muitos problemas antes, problemas assim. Talvez quem recebe e não quem entrega, mas é tudo a mesma coisa. Por que ele está cheio de ansiedade? A verdade é que ele sempre usou drogas. Tão chapado que ele só consegue se lembrar do borrão de tudo. Desta vez, ele está sóbrio, exausto pela falta de sono que teve na noite passada e sim, então.

Cocaine for Breakfast -Larry Stylinson- (Tradução PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora