A Traidora

Encontro

A figura misteriosa surgiu na porta, revelando uma desconhecida escondida por um manto negro. Estreito os olhos, tentando decifrar quem poderia ser e por que ela estava ali.

- Quem é você? - indago, minha voz transmitindo uma mistura de curiosidade e apreensão. Ainda estava em minha posição de luta, se a pessoa a minha frente tentar alguma coisa não irei recuar.

A desconhecida permaneceu em silêncio por um momento, antes de finalmente sussurrar: - Você não deveria estar aqui. Este lugar guarda segredos que você não pode compreender. - Sua resposta me deixa mais apreensiva, e também, o quanto a voz me parecia familiar, endureço mais minha postura.

O ar ficou mais denso enquanto nos encarávamos, cada uma tentando decifrar as intenções da outra. Então, sem aviso, a desconhecida avançou rapidamente, desencadeando uma habilidade de combate surpreendente. Mal tive tempo de reagir, mas minha formação como ninja me impulsionou a me defender. O confronto era como uma dança perigosa, movimentos rápidos e golpes precisos cortando o ar. Eu desviava dos ataques da desconhecida, usando agilidade ninja para contra-atacar. Enquanto trocávamos golpes, eu tentava desesperadamente entender por que aquela mulher misteriosa estava tão determinada a me impedir de descobrir os segredos da cabana. Tentava não usar os golpes de meu clã, não queria correr o risco de mata-la, minhas suspeitas são altas de que essa mulher, possa ser a que matou os Anbus.

Em algum momento, essa luta intensa, nos levou ate as escadas, onde não parávamos de nos golpear enquanto subimos, solto um grito surpresa quando ela acerta meu rosto, lanço um chute bem no meio de seu estômago, ouço quando ela geme de dor com o golpe. Chegamos até o corredor que leva até a sala principal da entrada da cabana, a vejo correr até a mesinha de centro onde uma espada desembainhada está sobre ela, corro atrás dela sacando minha Kunai.

O choque metálico das lâminas ecoou pela sala inteira, cada movimento era calculado e letal. Eu desviava habilmente dos ataques da desconhecida, respondendo com uma série de contra-ataques rápidos e precisos. A madeira do chão rangia sob a pressão de nossos passos ágeis, enquanto o espaço confinado da cabana amplificava o som dos golpes. Acerto seu ombro com a Kunai causando um ferimento pouco grave, ela murmura um xingamento soltando a espada, acertei o lado certo. Mas a desconhecida desafia a gravidade e lança uma pirueta seguida de um chute em meu rosto, seu golpe surpresa me envia ao chão frio, caio de bruços e minha testa é atingida pelo chão, sinto o liquido metálico descer ate um de meus olhos, o fecho rapidamente.

Merda, Merda, Merda. Nunca havia usado meu Byakugan com apenas um olho, e não pretendia usá-lo agora. Viro minha cabeça em sua direção, ela conseguiu me irritar, então esbravejo quando grito: - Quem é você? - exijo mais uma vez. A desconhecida sorriu de maneira enigmática, mas não respondeu. Em vez disso, se chocou contra uma janela e desapareceu nas sombras da floresta, me deixando para trás perplexa e cheia de perguntas não respondidas.

Me ajeito no chão, meu corpo está dolorido e tenho certeza de que ficará cheio de marcas mais tarde. mas lembro dos murros e chutes que desferi contra ela, então fico um pouco tranquila sabendo que ela vai estar pior.

O ar estava pesado na cabana após a intensa luta entre mim e a desconhecida. A poeira assentou lentamente, revelando minha figura ofegante e ferida no centro do recinto. Meus olhos varreram o ambiente, procurando pela presença da misteriosa adversária que, agora, havia desaparecido nas sombras. Minha respiração irregular se acalmou quando meus dedos se fecharam em torno do pequeno aparelho de comunicação que tinha sido jogado no chão durante a confusão. Era minha única ligação com o mundo exterior naquele momento. Com mãos trêmulas, ativo o dispositivo e aproximo-o da boca.

"Kakashi-sensei, aqui é Hinata. Estou em uma cabana na floresta, em coordenadas XYZ. Encontrei algo estranho aqui, e houve uma luta. Preciso de ajuda", sussurro, a voz carregada de urgência e pouca fraqueza.