Base Guapita

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O sol brilhava lindo no céu de quesadillia, o verde da grama contrastava com o lindo azul dos pequenos riachos que existiam pelo caminho, o som dos animais, e monstros nascidos das sombras das grandes árvores, podiam ser ouvidos com clareza, as duas crianças andavam animadas a frente de dois adultos que discutiam de forma silenciosa, seus olhares diziam mais que palavras, incrivelmente descobririam que essa seria sua maneira mais sincera de diálogo, mas por agora simplesmente soava como uma conexão misteriosa, com um teor de enigmática, e Cellbit amava mistérios, e era ótimo em resolver enigmas, já Roier se via cada mais mais interessado pelas perguntas a serem respondidas que rodavam a ilha em que habitava, ou talvez uma única pergunta era a qual o fazia correr por respostas junto do mais alto "porque esse brasileiro me chama tanto a atenção?".
A quem diga que Cellbit se atraiu primeiro, mas Roier fora o primeiro a abraçar o tão lindo sentimento, a quem arrisque dizer que o mexicano amou primeiro mas o brasileiro amava mais, no fim essa história ainda não tinha de fato um início certo e todas as afirmações e suposições pareciam pequenas perante o que o futuro guardava. O detetive ainda teria que lidar com muitas feridas cobertas por curativos, que urgentemente precisavam ser suturadas, e cada vez que a agulha furasse a pele o ardor seria insuportável, mas quando a linha unisse os lados separados daquela futura cicatriz, os sorrisos, risadas, e memórias preencheriam o vazio que nunca teve descanso.
Viver tanto tempo sozinho em um ambiente hostil teria afetado a forma como o moreno de cabelos grandes enfrentava relações, a grande necessidade de provar que não era de todo ruim o faria se afundar de cabeça em qualquer situação que lhe fizesse ser útil, mas não se enganem, apesar de não ser o próprio a contar essa história pra vocês, só sou capaz de lhes dizer o que se passar por sua mente, e apesar de sempre afirmar que não, Cellbit era um ótimo mentiroso e estaria sempre bem se o perguntassem.

- Bobby, Deténganse un momento con Richarlyson y coman algo, ya seguimos camino. - segurava a mão do detetive o afastando um pouco dos pequenos.

O semblante cansado do mais velho não se alterava, e por vezes o via perdendo o equilíbrio, sua face branca pela ausência de luz solar se encontrava pálida como papel, então o mexicano se dispôs a abrir a mochila de couro simples que o outro carregava e lhe entregar algo pra se alimentar, seria terrível se estivessem a explorar as dungeons do local e o detive perder a consciência colocando os ovos, e a si mesmo, em perigo. Seus olhos abriram chocados ao ver somente café disposto cuidadosamente para que não derramasse, respirou fundo tirando um sanduíche de sua própria mochila e estendendo pro outro, evitou o olhar cansado para que não demonstrasse o tamanho de sua indignação, afinal o objetivo disso tudo era ajudar o adulto ao seu lado.
Ao longe via tamalhes sendo comidos com vontade, e placas sendo postas e quebradas rapidamente seguidas de risadas, as vezes alguma brincadeira de mão que o tentava a interromper, mas era claro que nenhum arranhão era provocado apesar da falsa violência, os disparos com a arma de balas de esponja também eram recorrentes, era incrível como podiam ser tão parecidos e tão distintos ao mesmo tempo.

- Obrigada Guapito - não se sabia pelo que exatamente se estava a agradecer, mesmo assim o de moletom vermelho concordou com a cabeça enquanto mantinha os olhos na cena.

Pouco depois risadas soaram ao seu lado, e seguido de uma mordida um suspiro encantado pelo sabor da comida, claramente Roier havia ganho um apreciador de seus dotes culinários. Não resistiu por muito tempo mais e se virou discretamente pra ter a visão única dos olhos azuis escuro brilhando enquanto observavam o pequeno camisa zero do Brasil, o sorriso era sereno e o momento ganhara algumas fotos tiradas sem serem percebidas pelo portador do macacão azul claro, que também não pode perder a chance de provocar o irmão, mas a foto tirada do momento em que era ameaçado em meio a sorrisos acabou sendo bonita demais.

Agora tranquilos e alimentados a família, ops, os amigos saíram em direção a seu objetivo, passando pelos atormentadores caminhos da floresta seguiam firmes olhando para todos os lados.

“Pai, pai olha o que eu achei ” Richas escreveu em sua plaquinha chamando atenção do pai pro local, o pequeno logo lhe mostrou uma onça que dormia serena.

— Olha Richas, sempre que você vir uma dessas tem que fazer isso - o loiro se aproxima passando a mão no animal que desperta - alisa meu pelo!

Quando se olharam pai e filho se puseram a correr o mais rápido que podiam, puxando seus companheiros de aventura junto deles, nem mesmo o perigo era capaz de evitar que brincassem, mas Cellbit estava sempre atento a qualquer coisa que pudesse ferir seu garoto.

(Esse capítulo está sujeito a ser retirado do ar e repostado quando finalmente completo, não tenho pretensão de abandonar as fanfics/aus que escrevo, mas não posso dizer que já superei 100% o fim do qsmp, que não me afetou e que eu consigo tranquilamente assistir a Live da base guapita pra terminar esse capítulo. Então, amigos e amigas, resolvi publicar o que eu já tenho, estava amando escrever esse capítulo e já o re-li milhões de vezes, espero que o carinho de vocês por cicatrizes - antiga guapito! Não tenha acabado, e muito obrigada a todos que ainda esperam por um capítulo ser publicado 💛)

"Cicatrizes" - Guapoduo (QSMP)Onde histórias criam vida. Descubra agora