Pente - Part. 2

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— Seulgi?

— Seulgi?

— Kang Seulgi.

Me assustei com a voz de minha progenitora; seu tom duro e ácido fez-me perceber que estávamos na mesa de jantar com o rei, que sequer tocava em sua comida. Minha distração deve-se ao fato de estar pensando em alguém escondido na cabana.

— Perdoe-me, Mãe. Estava distraída.

— Passou a noite jogando com Christian?

Jogando? Não, pensando em uma situação em que sinto os dentes de Joohyun em meu pescoço e sua respiração em minhas bochechas. É uma ótima forma de passar a noite, com pensamentos intrusivos e imaginando como tudo ocorreria se Dabin e Christian não tivessem chegado.

— Sim… Acabei me empolgando muito, não vai mais acontecer.

Minha mãe não parecia contente com minha resposta, mas volta a fazer sua refeição sem me questionar novamente. Quando voltei em casa pela manhã, fui recebida com um guarda me esperando e me escoltando até o quarto. No caminho, ele me contou que encontraram um corpo que poderia ser de Joohyun e que o rei encerrou as buscas.

Olho para ele agora, cabisbaixo e com olheiras fundas. Sequer mexeu na comida, mais do que isso, ele parecia doente. Um lado de sua bochecha estava em carne viva, ele estava esquelético e em questão de um dia parecia pior do que da última vez.

— Majestade, precisamos acelerar o casamento. Não acha? — olho surpresa para minha mãe, que sequer se afeta — uma pena que a cerimônia não poderá ser feita, em respeito à nossa querida Joohyun.

— E um casamento após seu assassinato seria de bom tom? — questiono, e ela me encara de uma forma que faz meu corpo congelar.

— Apenas assinando as documentações não é um problema, querida. Depois, é apenas cumprir as burocracias sociais que todos gostam de acompanhar.

— Mas…

— Acho uma ótima ideia, não sei até quando irei viver. Meu reino não pode ficar sem um governante. — Ele interrompeu minha fala, sua voz robótica ecoando pelo salão de jantar.

— Mas é claro, meu rei.

Aquele silêncio desconfortável retornou, minha mãe começa a fazer uma bebida na mesa, e vejo ela colocar uma gota de algo naquele copo, observo ela alheia fazendo aquilo. Até mesmo quando escondeu o frasco com o conteúdo azul em seu vestido.

— Hora do seu remédio, meu rei.

Me arrepio por inteiro ao imaginar o que poderia ser aquele “remédio”. Em um ato de impulso, acabo batendo minha mão no copo, derramando tudo antes que o rei conseguisse pegar. Minha mãe me encara irritada, consigo sentir sua ira queimando minha pele, e eu sabia que aquilo não iria ser barato para mim.

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