O pente - Part. 1

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⁠Mesmo que meu cérebro estivesse uma bagunça, o que mantinha minha alma inteira era o calor daquelas mãos segurando as minhas — Won-pyung Sohn

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⁠Mesmo que meu cérebro estivesse uma bagunça, o que mantinha minha alma inteira era o calor daquelas mãos segurando as minhasWon-pyung Sohn

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Dentre todas as dúvidas, a morte é a que mais me deixa curiosa. A morte é algo, ou nada, é entre certezas e incertezas. Você sabe que um dia vai morrer, mas não sabe exatamente como. A gente sente que vai morrer? Realmente dói? Tem cheiro? A morte é uma pessoa ou um sentimento? O que vêm depois de morrer?

Mas principalmente, como é morrer?

Me pergunto quais são as sensações que pessoas que quase morreram sentiram, era como um coma? Como se estivessem sonhando? Ou você realmente via sua vida passar diante dos seus olhos? Sonhos possuem um tempo diferente da realidade, isso é parecido com a morte? Eu queria perguntar a Joohyun enquanto olhava ela entretida com sua própria quase morte. Ela era a verdadeira definição de enganar a morte, mas quem poderia ser a morte se não eu?

Já que eu era a principal culpada por essa situação.

Joohyun parecia tranquila, alheia a verdade sobre aquele espartilho. Eu a observava em silêncio enquanto a garota fazia caretas quando o gelo encostava em seus  hematomas. O espartilho era simples, mas havia conseguido causar um grande estrago em sua pele. O ambiente estava em um silêncio tranquilo, seria uma ousadia quebrar aquela paz com uma conversa.

— Você com certeza deve me achar maluca, mas quando coloquei o espartilho parecia que apertava cada vez mais que eu tentava tirar.

Desperto dos meus devaneios sobre como é morrer quando escuto sua voz, ela me olha com uma certa argúcia que me faz recuar de onde estava.

—  Não… Eu acredito.

— Parece impossível.

— E se for possível? — a encaro e ela para por um momento de pressionar sua pele — se magia for real?

Esperava que ela risse ao ponto de espernear, contudo, ela apenas coloca o gelo em uma bacia e cobre seu corpo com o lençol da cama sem esboçar uma reação.

— Bom, lendas e mitos devem vir de algum lugar, acho plausível.

— Plausível?

— Plausível a existência de algo que está além do nosso conhecimento.

— Não parece absurdo para você?

— Antes talvez… Hoje e agora parece fazer algum sentido.

Concordo com cabeça. Ela tinha mania de encarar, ficava me observando sem piscar e quando o fazia, eram várias vezes. Era estranho, mas eu não conseguia odiar.

— Você não parece bem, Seulgi.

— Estou bem, apenas preocupada.

— Em como se livrar de mim? — ela sorri com seu próprio comentário e eu reviro os olhos.

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