Dormitório

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Tinha acabado de tomar um banho quente e estava enrolando a toalha no meu cabelo recém lavado, quando escutei algumas batidas meio desesperadas na porta do meu quarto. Achei estranho por não estar à espera de ninguém, porém fui abrir na mesma.

Tomei um susto quando Tom Kaulitz empurrou a porta assim que girei o trinco e entrou rapidamente, logo fechando a porta atrás de si.

- Você tá maluco? Se alguém te visse por aqui nós dois estávamos completamente ferrados. - Coloquei minhas mãos na cintura o observando de forma repreensiva.

- Qual é, eu tava morrendo de saudade da minha gatinha. - Andou até mim e me abraçou, me fazendo desfazer a poze anterior e passar os braços pelo seu pescoço. - E eu não ando por esses lados dando bobeira, cê já sabe. - Deixou um beijo na minha bochecha e se afastou, indo direto se deitar na minha cama.

- Mesmo assim. Você sabe que é perigoso. - Entrei novamente no banheiro, retirei a toalha da cabelo e passei um creme para pentear nele.

- Tem medo que alguém veja a presidente da liga estudantil com um mau exemplo feito eu? - Escutei sua risada de deboche e revirei os olhos mesmo que ele não pudesse ver.

- Se fosse por isso tava tudo bem. Garotos não podem andar pelos dormitórios femininos, isso é um bom motivo pra suspensão. - Caminhei pra perto dele já com os cabelos penteados.

- Relaxa, dona certinha. Se duvidar, tem mais homens nos dormitórios femininos do que mulheres. A gente sempre tenta agradar. - Deu uma piscadela e me puxou pra deitar com ele.

- Em primeiro lugar eu nem te chamei aqui e em segundo, eu já estava me preparando pra dormir. - Passei a mão por seus cabelos enquanto ele se aconchegava em meu pescoço.

- Parece até que não gosta de mim. - Sua voz saiu abafada com uma falsa tristeza me fazendo rir.

- Nem um pouco. - Ele riu também e deixou uma mordida leve no meu pescoço. - Como foram as provas de hoje? As minhas foram tranquilas.

- Ah, foram super tranquilas, acho que estudei mais do que devia.

Era sempre assim. Morria de medo de tirar uma nota baixa sequer ou até ficar de recuperação, então antes e durante a semana de provas da faculdade, eu estudava feito uma condenada.

- Eu avisei que não precisava exagerar nos estudos, você se sai bem até sem revisar os conteúdos depois das aulas, sem dúvidas. - Ele pegou uma mecha do meu cabelo e colocou no nariz pra cheirar.

- Enfim, amanhã é sábado e eu quero aproveitar pra finalmente dormir bem essa noite. - O apertei em meus braços me sentindo feliz.

- A gente podia aproveitar e ir no cinema ver Jogos Vorazes, acho que agora é um bom momento. - Tom levantou a cabeça e me observou esperando uma resposta. Ele realmente queria ir já faz um tempinho, e eu também.

- Fechado, também tô louca pra ver. - Ele sorriu empolgado e deixou um selinho nos meus lábios.

- Isso me deixa extremamente animado, até porquê já faz um tempo que eu não curto com minha garota. - Sorri e coloquei minhas mãos em seu pescoço o puxando pra mim até nossos lábios estarem colados. Nos beijamos de forma lenta e carinhosa até a falta de ar se fazer presente e finalizamos com dois selinhos.

- Hm, aproveitando que você tá aqui, pode secar meu cabelo. - Dei batidinhas nos seus braços pra ele me deixar sair e ele tombou pro lado de forma dramática enquanto eu ia pegar o secador.

- Ah não, amor... Não quero. - Cobriu seu rosto com um dos travesseiros. Pior que criança.

- Não tem essa de querer, amor. Anda logo. - Sentei na cadeira da minha penteadeira e apontei o secador em sua direção. Ele se levantou e o pegou da minha mão contra gosto, ligando-o.

- É por isso que eu te amo. - Sorri abertamente pra ele pelo espelho sentindo o jato quente sobre meus fios. Ele revirou os olhos e continuou fazendo seu trabalho.

Amo um escravo rs.

...

Um século depois apareci. Feliz natal atrasado e um próspero ano novo. 🤍

𝙸𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜 | 𝚃𝚘𝚖  𝙺𝚊𝚞𝚕𝚒𝚝𝚣Onde histórias criam vida. Descubra agora