Pela manhã, Jimin e Jungkook retornaram para o hospital, e estavam indo até o quarto de Lisa. Hoseok e Taehyung, como prometeram, deram notícias, e avisaram que ela havia acordado. Porém, Jeon achou melhor segurar isso para ele ao invés de dizer. E, bem, Jimin não gostou muito.
Obviamente, estava fazendo aquilo que achava melhor, e somente isso. Porém, Jimin tinha o direito de não gostar. Era a sua irmã em questão, e ele havia se preocupado bastante na noite anterior.
Entraram em silêncio no elevador, Jimin cabisbaixo e Jungkook com as mãos no bolso, o observando. Preocupado, internamente, sobre os sentimentos atuando agora na cabeça pensativa de Park. Aquilo poderia ficar uma verdadeira bagunça em situações caóticas.
— Meu bem... — Tentou, mas Jimin fez um sinal para ele parar — Eu só...
— Não. Agora não, Jungkook.
Park evitou encará-lo. Preferiu ficar de braços cruzados olhando para a porta do elevador, esperando o momento em que ela fosse abrir e ele fosse ver a sua irmã. Só então, ele estaria bem o suficiente para conversar.
A porta deu um breve apito, anunciando o andar de internação, e a porta foi aberta. Bem à esquerda, seguido de um corredor de espera, localizava-se o quarto de Lisa. E mais ao lado, os três bancos que Hoseok e Taehyung estavam sentados durante a madrugada, revelavam-se vazios.
Automaticamente, Jungkook supôs que eles estariam comendo algo.
Seus pais ainda estavam no quarto, e Lisa estava sendo levantada, com o intuito de deixá-la sentada para o café da manhã.
Jimin parou na porta, e observou a irmã gemer de dor, segurando em seu pai para conseguir se sentar, com o auxílio das enfermeiras. Nada de anormal havia acontecido com as suas partes, mas as drogas no sistema causavam uma debilitação imensa, impossibilitando parte de seus movimentos. Fora que, com o capotamento repetido, seu corpo bateu inúmeras vezes no volante e na porta do carro, a pancada da cabeça também não foi ilesa. Houve danos, mas não estrondosos o bastante para alarmar a família.
Porém, apesar de tudo parecer estar melhor, o sentimento de estranheza ainda acompanhava Park nas costas.
— Ah, olha se não é o garoto mais gatinho de Miami — A irmã, mesmo nessas condições, sorriu. O mesmo brilho de sempre.
Ele tentou segurar, mas foi atoa. Seu sorriso disfarçado abriu e na mesma hora seus olhos se encheram de lágrimas. Em seu peito, cada palpitação doía.
— Quando me ligaram e disseram que você tinha sofrido um acidente eu pensei o pior, e achei que...— Que eu estava morta? — Interrompeu — Eu não morro fácil, Jimin.
Ela disse aquilo como se fosse algo impossível de acontecer, garantindo uma forte convicção de que estava tudo bem.
Jimin permanecia abraçado com seus próprios braços, apertando seu corpo em busca de qualquer pressão externa que o aliviasse daquele nervosismo, daquela sensação contínua de culpa e medo. Amedrontado por imaginar que a reação da irmã seria péssima, ela o odiaria a partir dali. Mas, não. Ela jamais o culparia.
— Eu só... — fungou baixinho, e foi até ela — Você me assustou, merda.
Ela correspondeu o abraço no mesmo instante, por mais que todo o seu corpo estivesse sensível, e sua cabeça ainda latejando um pouco.
— Eu sei, eu também fiquei assustada — revelou, sem demonstrar nenhum desconforto — Mas, por incrível que pareça, quando os médicos estavam descarregando bombas de eletricidade em meu corpo, tive um sonho.
O assunto do qual ela estava entrando era, provavelmente, uma dúvida que ficou implantada em sua cabeça assim que acordou. O que Jennie estava fazendo lá? E por que estava lá?
— Primeiro, eu sonhei com você. Nós dois, em um parque, brincando no balanço e desafiando para ver que conseguia ir mais alto — ela sorriu, lembrando.
Jimin arregalou os olhos aos poucos, mostrando-se concentrado no que ela falava. E de fato estava, pois relembrou daquela cena passada assim que ela disse. Abriu a boca, e tentou dizer algo:
— Eu me lembro, foi o dia em que eu caí e ralei o joelho. Na hora, não parecia nada, mas semanas depois eu percebi que havia ficado uma cicatriz — ele afirma.
Jungkook indicou o sofá livre para Jimin se sentar, e ele não negou. Nesse intervalo de tempo, Melissa e Davi se despediram para ir até a lanchonete do hospital e tomar um café da manhã relativamente bom. Após saírem do quarto, ela continuou:
— Exatamente. Foi meio louco, sabe? Cada detalhe parecia real e parecia se repetir, mesmo que eu não tivesse consciência disso na hora — Ela contou, tentando explicar a sensação única que passou — E, depois...
Jimin repara em seu rosto, e vê suas expressões fechando-se para algo mais indescritível, difícil de se expressar. Ela, então, colocou o cabelo atrás da orelha, e começou a brincar com os dedos, ansiosa.
— Depois o que, Lisa? — Insistiu, estava começando a ficar assustado.
Ela levantou o olhar, abandonando a atenção nos dedos, e suspirou fundo.
— Sei que vai parecer loucura, mas... Eu sonhei com a Jennie.
Quando sua irmã havia dito aquilo, uma rápida expressão de tristeza vazia tomou conta de seu rosto. Ele não precisou olhar para Jungkook, o garoto reconheceu o desafio imediatamente, e deu suporte pressionando uma de suas mãos delicadamente no ombro de Jimin.
— Lisa...
— Eu sei, é doido. Eu disse a você, foi tudo uma loucura, mas ela me ajudou, sabe? Ela meio que me guiou de volta — A euforia de Lisa contando a história destruiu ainda mais o coração do irmão — Eu até me arrisco a dizer que ela salvou a minha vid—
— Ela morreu — Ele disse, da boca para fora. Frio, e olhando para um canto do quarto — A mamãe contou assim que você sofreu o acidente, Lisa.
Os últimos segundos foram em total silêncio. Ela parecia tentar digerir aquilo, paralisada na cama. De repente, seu olhar baixou e sua expressão séria transformou-se em algo triste, pesado.
— Morreu? — Perguntou, tentando aceitar aquela ideia — Mas...
— Ela morreu em um acidente de carro, Lisa.
A irmã sentiu o sangue gelar, seu rosto ficou pálido e suas mãos trêmulas tentavam cobrir sua boca. O fato de que poderia ter sido ela foi tudo o que conseguiu pensar, e isso soava desesperador.
— Meu deus... — seus olhos lacrimejaram — Eu sonhei com ela, Jimin. E-eu... ela me ajudou a voltar, você entende? Eu ficava me perguntando porque ela estava lá mas eu nunca...
Repentinamente, começou a chorar. Seu peito transbordava em uma súbita agonia e a ardência nos olhos pela dor de cabeça a atormentava até mesmo na hora de desabar.
Quando estava no seu segundo devaneio, o sentimento que tinha era de que tudo estava bem. Jennie estava lá, elas ainda estavam juntas e a presença dela ajudou a perceber coisas que em sã consciência jamais teria percebido. Foi como se estivesse vivendo tudo pela primeira vez, de novo. Seria uma grande mentira se Lisa dissesse que ela não foi importante para a sua vida.
— Eu sei, eu sei... — o irmão reconforta — Mas está tudo bem, ok? Você está bem, e é isso que importa.
Foi uma sequência radical de tragédias desde o Halloween. Sabem o quanto Jimin odeia essa palavra? Radical.
Sua irmã agora chorava em seu abraço, relembrando automaticamente das lembranças que teve com ela, e quantas risadas tiveram juntas. A vida consegue ser engraçada, afinal. Durante meses, Lisa optou por viver no material, curtir as festas até não conseguir mais, beber até o fígado ameaçar parar de funcionar e recomeçar. Mas, quando a vida estava a um milímetro de se esvair... bem, ela percebeu a real importância das entrelinhas.
— Por isso ela estava lá. Por isso ela estava no meu sonho — disse, quase soluçando — Eu não sabia, Jimin. Meu Deus, eu não sabia!
— Eu estou aqui. Eu sempre estarei aqui — ele respondeu, tentando consolar a irmã a qualquer custo.
Enquanto isso, Jungkook decidiu por deixar os dois ter um momento a sós, e foi ao encontro de Hoseok e Taehyung na lanchonete, que continuavam sentados no banco, rindo de piadas internas e reclamando que a comida do hospital conseguia ser pior do que uma preparada em algum restaurante barato de esquina.
— O que foi? É sério, se eu estivesse internada aqui e precisasse comer essa coisa horrível eu ficaria pior!
— Pacientes só comem geléia, das piores — Taehyung adicionou.
— Cara, não. Eu iria obrigar você a trazer salgadinho escondido na bolsa junto com dois litros de refrigerante.
— Ir contra a recomendação do hospital não é uma boa ideia. Há nutricionistas especializados por trás dessa decisão, entende?
Taehyung admirava a beleza de Hoseok, e como o seu sorriso tinha o poder de ser tão energizante, mesmo pela manhã. Aquela cena poderia se repetir pelo resto da sua vida, ele seria um cara feliz.
— Fodam-se os nutricionistas, viva o sódio! — Os outros familiares olharam para ele — Brincadeira...
— Todos as pessoas com problemas cardiovasculares internadas neste hospital estão revoltadas nesse exato momento.
— Eu já me senti horrível, pode parar. Foi uma brincadeira pesada, cara — olhou ao redor, envergonhado.
Taehyung caiu na gargalhada, e Hoseok o beliscava disfarçadamente para que ele calasse a boca e não chamasse atenção.
— Bom dia, gente — Jungkook chegou — Foi você que celebrou a existência do sódio? Eu ouvi da porta do elevador.
Hoseok quis se esconder debaixo da mesa.
— Mas que merda — respondeu — E aí, como está a Lisa?
Buscou mudar de assunto, talvez assim Taehyung parasse de rir igual uma criança e seu recente constrangimento fosse esquecido.
— Está bem, eu acho — pegou a comida da bandeja — Jimin contou à ela sobre a morte da Jennie, e ele pareceu tão frio quando falou...
— Ah, eu entendo o lado dele também. Ele passou por muita coisa, ainda está passando. E, ainda, depois desse susto, ter que dar a notícia que uma pessoa importante para ela morreu, em um acidente de carro. Cara, isso é doideira, me assusta.
Taehyung finalmente parou de rir, e concordou. É sempre meio abstrato quando é outra pessoa passando por essa situação, mas se lembrava exatamente da sensação que teve no mesmo hospital, junto com Jungkook. E, a partir desse pensamento, tudo muda.
— É foda, realmente — disse — Quer um conselho?
Jungkook levantou seu olhar da comida, ainda de boca cheia, e assentiu.
— Por favor.
— Não sai do lado dele, e nem dela. Você e eu sabemos o quanto ficar sozinho nesses momentos pode foder com tudo.
Então, com aquilo, Jungkook se pegou pensando. Tudo o que aconteceu desde a noite do acidente foi uma imagem reproduzida quase que igual da vez em que seus pais tiveram um acidente, e apesar de seu pai ter falecido na hora, sua mãe resistiu. Ela pode ter passado pelos mesmos devaneios que Lisa passou, pelo medo, pela dor. E de certo modo, isso conseguia ser pior do que ir durante o impacto.
Jennie foi durante o impacto, e por mais que o bom fosse se isso não acontecesse, ela não sofreu. Não como a sua mãe, não como Lisa. Às vezes, as sequelas de um acidente é muito pior do que não resistir a ele.
— Não vou, não se preocupe — sorriu de leve.
Desde que conheceu Jimin, seus momentos juntos foram repletos de bons e ruins acontecimentos. Mas, depois daquilo que tiveram na noite anterior, da sensação de que lá, com Jimin, era a sua casa e que se sentia bem para cantar e observá-lo tocando perfeitamente uma música extremamente difícil... ele jamais iria embora. Os desafios eram apenas um meio para provar a sua determinação em continuar ao lado de garoto de LA. Ele era seu, e ele era dele. Pertenciam um ao outro e isso nunca foi questionado, nem no primeiro dia.
— A meta de relacionamento são vocês — Hoseok comentou — Sim, sim, vocês ainda não se assumiram, inclusive que demora! Porém, é nítido que já vivem como um casal e apesar de um título não mudar isso, acho que está na hora.
Jungkook voltou de seus pensamentos e olhou o amigo em sua frente, com o braço de seu irmão em volta dele. Ficou contente por seu melhor amigo conseguir achar alguém que poderia aturá-lo, assim era menos trabalho para si. Ouvir ele reclamando de que não era amado o suficiente já estava começando a encher.
— Agora? A irmã dele está no hospital — argumentou, e Hoseok revirou os olhos, dando um tapa em seu ombro — Calma, não precisa agredir. Eu sei, eu sei que está na hora, eu só estou esperando o momento. Sabe? A hora é certa, mas a oportunidade ainda não chegou.
— Ainda?
— Sim, bom, quase chegou ontem. Mas como eu falei, achei que não era um bom momento. A condição, enfim.
— Como assim quase chegou ontem? Conta essa fofoca direito — Hoseok insiste.
— Nós estávamos no carro, eu levei ele dormindo até lá e preferi não dizer nada. Ele não iria para casa, caso eu pedisse. E daí ele acordou, e nós começamos a conversar e a coisa foi fluindo, tão naturalmente como sempre. É engraçado, nunca tivemos nenhum problema em conversar abertamente e ele não é muito social — parou para se recordar dessa característica, e sorriu para si mesmo — Enfim, depois em um certo momento, eu estava tão cansado que sei lá, comecei a me declarar que nem um idiota apaixonado...
— Que você é — Taehyung comenta
— ...E eu acabei dizendo que o amo. Não era uma surpresa, eu nem sei se já havia dito isso sem querer outras vezes ou se ele prestou atenção. Parando para pensar, é um pouco preocupante eu ser distraído assim. Mas, então, ele respondeu.
Hoseok permanecia completamente atento, focado em cada palavra que Jungkook estava dizendo e quase agarrando a mesa para sustentar a sua ansiedade para o seu amigo assumir que eles quase decidiram se assumir.
— E aí? Fala logo, demônio — Os familiares olharam de novo.
— Hoseok! — Taehyung começou a rir de novo.
— Ele zoou com a minha cara, e respondeu um "obrigado".
— Nossa, eu teria chorado. Ou, melhor, mandado sair do meu carro. Depois dessa, eu entendo se você quiser sair daqui e ir atrás de outros garotos.
— Não seja idiota — ele respondeu
— Todo apaixonadinho... — Taehyung ressaltou.
— Eu até pensei, realmente, em mandar ele sair do meu carro. Estávamos praticamente na esquina da casa dele e eu parei o carro, facilmente mandaria ele ir a pé dali — disse como se fosse uma grande punição — Mas daí ele começou a rir e eu entendi tudo. Ele correspondeu, e foi muito bom, o alívio principalmente porque o tanto que eu me esforcei para que esse garoto se sentisse bem comigo... mas eu continuaria. Por incrível que pareça, continuaria tentando fazer ele se sentir bem comigo, porque eu... amo ele pra caralho! Como um idiota apaixonado que eu sou.
— Está vendo? A meta de relacionamento da qual mencionei — Hoseok olhou para Taehyung, que concordou.
— E não o suficiente, quando entramos na casa dele, depois de tomarmos banho...
— Juntos? — O irmão pergunta, curioso
— Não enche — retruca — Bem, como eu estava dizendo, depois de tomarmos banho, ele começou a tocar uma música no piano. John Lennon, e eu comecei a cantar, e aquilo pareceu tão mágico, entende? A gente se completou, e foi tão lindo de ver, de participar. Eu pensei, naquele exato momento, que ele com certeza é a pessoa com quem eu quero dividir boa parte da minha vida, para não dizer o resto dela. Ele é excêntrico, maduro, gato para caralho e uma das pessoas mais inteligentes que já conheci, gosta de pop rock e é constantemente alegre, genuíno.
A felicidade com que ele contava essa história deixava qualquer situação ruim de lado, passava uma imagem de que tudo estava na verdade perfeito, e que Lisa não havia sofrido um acidente, e muito menos que Jennie tinha morrido em um, ou ainda, que aquele lugar era um hospital. Durante as cenas que Jungkook contava, só existia o azul infinito da praia e o barulho do mar.
— Cara, se ele não aceitar namorar com você, eu aceito — Hoseok determinou — Receba como indireta, Taehyung.
— Meu irmãozinho, o último romântico — chutou a canela dele por debaixo da mesa, e ele fez uma careta de dor em resposta.Hoseok caiu na gargalhada e terminou se perguntando o que fazia com aqueles dois idiotas todo esse tempo.
— Enfim, eu sei que devo pedir ele em namoro e eu quis isso desde o primeiro dia, mas acho que vou esperar tudo isso passar.
— Desde o primeiro dia? Que emocionado — o irmão como sempre, não evitando os comentários — Mas falando sério, eu fico feliz que você está feliz, em meio a tanta merda acontecendo... e sim, espere tudo isso passar. Ele não vai aguentar outra bomba no coraçãozinho dele agora.
Taehyung dando seus conselhos de irmão mais velho e incrivelmente ajudando, uma evolução e tanto para ele, considerando as piadas que amava fazer em momentos inoportunos.
— Olha só, até parece adulto agora — Hoseok jogou, e recebeu um par de olhos revoltados em seu rosto — E a criança birrenta voltou.
Jungkook não evitou um sorriso largo no rosto. Não só pelo comportamento infantil do irmão mais velho, mas sim porque estava feliz. Estava completamente alegre com a ideia de que estava realmente apaixonado por Jimin, e que precisa contar isso à ele o quanto antes. Dizer o quanto o garoto é incrível, bonito, único e extremamente adorável parecia ser a sua nova idealização de missão, e só então seria cumprida. Assim, ele saberia que fez de tudo para tê-lo ao seu lado, e mesmo que ele não aceite, a escolha é dele. Jungkook fez tudo o que alguém que realmente merece ser amado deveria fazer.
Portanto, decidiu que faria aquilo. Esperaria as coisas melhorarem e aproveitaria qualquer oportunidade que surgisse.Jungkook estava quase terminando de comer, à medida que observava Hoseok e Taehyung subir através do elevador até o andar em que Lisa estava.
Quando ia se levantar, uma senhora com uma vestimenta do hospital se aproximou, e começou a falar com ele.
— Garoto, eu não pude deixar de ouvir a sua história — a voz demonstrava a idade avançada — Fiquei admirada, eu confesso. Há anos, não via gestos românticos como o seu.
Ela sorria, docemente, com uma das mãos na base das costas, como se fosse vítima de uma dor quase insuportável.
— Oh, eu agradeço, senhora — foi gentil.
— Fico encantada em saber da sua paixão. Agora, você poderia ajudar uma doce senhora? — ela focou seu olhar pedinte para Jeon, ao tempo em que tocava uma de suas mãos — Achei a sua carteira tão bonita, você mostraria ela para mim? Eu queria alguns trocados para comprar uma comida que não seja a daqui.
O sorriso daquela idosa poderia convencer até o diabo, caso ele estivesse em sua frente. Portanto, não seria Jeon que resistiria àquela velha.
— Claro, tome aqui essa quantia — ofereceu, e a doce senhora preferiu agradecimentos enquanto se afastava.
O surfista realmente achou tudo aquilo muito estranho, mas prosseguiu o seu caminho até o elevador normalmente após pagar a comida realmente ruim da lanchonete do hospital.
E tudo continuaria normal, se não fosse por dois seguranças correndo pelo corredor com as mãos no cacetete, dizendo coisas pelo walkie talkie como: "ela passou pela lanchonete, estamos indo atrás".
Em pouco tempo e um cenho franzido depois, os alto-falantes anunciavam que o hospital tinha uma paciente em fuga da ala psiquiátrica. Em seguida, as descrições da mulher foram o suficiente para Jeon se enfiar no elevador e sumir daquele andar o mais rápido possível.
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Paradisíaco • Jjk + Pjm
DiversosSe mudar para Miami, definitivamente, não estava em seus planos. Park Jimin odeia mudanças, e se adaptar em um local tão diferente seria um desafio. Entretanto, ironicamente, pessoas incríveis surgiram em sua vida, tornando aquele tormentoso sentime...