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Alissa Awdrey.
— Dayan. - o repreendo. - você está louco? Eu não vou matar uma pessoa!
Dayan está ficando completamente maluco. Ele sempre me pediu para que eu batesse em alguém, procurasse fulano ou invadisse as câmeras de sicrano. Mas nunca, nunca ousou falar para eu matar alguém, esse trabalho sempre foi dele e do resto da equipe. Não tenho capacidade e nem coragem para fazer isso.
Ele me olhava com os olhos atentos esperando minhas próximas palavras, acredito que não consigo falar nunca mais. Suspiro fundo e olho para seus pés.
— Eu nunca mataria uma pessoa, você sabe que eu nunca fiz isso. - digo e coloco meus braços atrás de meu corpo cruzando minhas mãos.
— Eu sei Alissa, mas nem passava pela sua cabeça que isso aconteceria? - ele parece estudar meu rosto pois seu olhar não se desvia em momento nenhum. - todos nós fazemos coisas desse tipo, e sinto muito se você ainda não consegue. Mas teremos que adiar? Teremos que esperar você criar coragem?
— Dayan, eu nem sei como segurar uma arma, como utilizar uma faca - solto meus braços tentando ficar relaxada. - ao menos sei cortar uma fatia perfeita de pão, e você quer que eu mate alguém? E outra, o que raios esse menino fez para você querer matá-lo? - digo sentido meus pés fraquejar.
— Já que não consegue, terei que providenciar outra pessoa. - ele estala sua língua e mira sua atenção na janela atrás de seu corpo alto. O dia nublado ameaça chover, novamente. - Vou lhe dar um ano e meio para que você aprenda a atirar em algo, espero que entenda que isso será muito útil futuramente. - seus lábios pareciam se mexer com tranquilidade, apesar das atrocidades que saiam de sua boca. Dayan estava pensativo, nunca o vi dar chances para as pessoas que trabalham para ele. - E claro, você vai ter que se mudar.
Minhas pálpebras piscam rapidamente ao ouvir sua última frase, meus pés me impulsionam para trás e seu enorme corpo se vira na minha direção novamente com um sorriso de lado. Ele está se divertindo?
Abro a boca mas não consigo dizer nada, nem sequer uma palavra, seus olhos intensos e vibrantes fixos em mim como se eu fosse uma minúscula presa e ele fosse o predador com a mordida mais perigosa e venenosa do mundo. Meu coração parece parar, pois sinto bater rapidamente. Meus belíssimos olhos se encontram e se juntam com os seus e me vejo no meio de uma ponte prestes a se quebrar. É como se o meu amor estivesse de um lado e o meu futuro estivesse do outro.
A escolha de seguir o meu amor parece a mais ingênua a se fazer, apesar de eu amar Kevin com todos os meus suspiros, seus sentimentos não são os mesmos por mim, correria feito uma criança atrás dele mas nunca receberia o mesmo. Tem meus amigos e minha família, mas amigos a gente não precisa de amigos. Provavelmente sentirei muita saudades de meus pais, mas eles não me procuram se eu não for até eles.
Uma criança rejeitada.
A escolha de seguir meu futuro e transformar minha empresa mais rica e famosa nacionalmente e internacional através de trabalho sujo é a mais perigosa, mas não impossível. Confio em Dayan, e sei que os seus negócios sempre dão certos, ele está comigo a 5 anos e nunca me decepcionou, sempre manteve sua promessa. Desde que comecei trabalhar com ele, abri uma conta no banco sem a autorização de meus pais, apenas com o apoio de Dayan que sempre se manteve de pé para me mostrar o futuro digno sem roubar e desmerecer os pobres e arrancar dinheiro dos fodidos e mesquinhos ricos. Já fizemos uma fundação de milhões de reais para ajudar as crianças com doenças mortais. O que muitos ricos investiriam em bares, boates, bebidas e prostitutas.
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Desejo Abissal
Romantikenemies to lovers? Em um cenário carregado de tensão, onde hostilidade preenchia o ar sempre que se encontravam, os dois protagonistas se viam como inimigos. Cada interação era permeada por trocas afiadas de palavras e olhares cortantes. No entanto...