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Kevin Walken.
Garotinha ingênua.
Alissa tem a capacidade de achar que ninguém sabe o que ela tem a esconder. Mas eu sei. Sinto pena dela, ela consegue esconder tão bem. Dos outros. Alissa não me engana desde que veio ao mundo, eu à conheço desde que ela estava no fundamental 1.
Sei que ela não bate muito bem da cabeça, e sei de tudo que ela faz no dia a dia. Não foi o suficiente ela achar que fugiria de mim depois que se declarasse.
Instalei uma câmera na parede de seu quarto, isso pode ser crime mas só estou cuidando do que é meu. Já me julgaram diversas vezes por dizer que ela é minha mesmo a gente não se falando.
Ou melhor.
Ela não falando comigo.
Alissa deve se sentir tão tristonha, mas só era uma garota de 10 anos, não tinha certeza de seus sentimentos, Alissa deveria esperar. Infelizmente minha garota é muito apressada, cada coisa tem seu tempo.
Gostaria de dizer isso para ela, mas vou seguir seu plano de se esconder nas sombras para não aparecer no mundo. Alissa, quantos segredos você tem?
Tantos obscuros, tantos inúteis, e eu sei tantos.
Mas à tantos que eu não sei.
Alissa é inotável na sociedade, por onde ela passa sempre tem olhares dirigindo para sua pessoa, não só para o corpo com também para o rosto. Alissa é tremendamente linda, mas é a única que não consegue enxergar isso.
Sei que ela tem distorção de imagem e eu fico neurótico quando ela fala que é estranha e feia perto dos nossos amigos. Gostaria de foder sua boca o tempo inteiro por dizer palavras tão horrendas.
— Zion, cheguei. - Aviso pelo radinho entrando no contêiner.
Não tem ninguém, está vazio.
Totalmente vazio.
Sorrio ao ouvir a porta se abrir e me viro de frente para o homem de 32 anos atrás de mim. Ele está segurando uma faca.
Meu Deus, que perigoso!
— Kevin Walken... - ele cantarola meu nome - já disse para sua família não mexer com quem está quieto, afinal..., vocês nunca aprendem, né? - ele levanta a faca na minha direção. - fracassam, fracassam e fracassam.
Sorrio de lado e caminho até ele vendo seus olhos se abrirem mostrando um pequeno brilho enquanto seus lábios se contraem.
— Pequeno e inocente August, eu não entendo que uma pessoa tão velha nesse ramo consegue ser tão burra e hipócrita. - seu corpo se move para frente assim como a faca. - não deixe seus inimigos notarem seu medo e nem deixe que eles vejam seus planos.
— Esse é seu último dia de vida filho da puta. - ele grita fechando o maxilar com força.
— Poupe sua garganta e meus ouvidos. - cruzo os braços. - não quer chamar atenção de ninguém, não é? - fecho meu sorriso e vejo Zion entrar e trancar o contêiner.
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Desejo Abissal
Romanceenemies to lovers? Em um cenário carregado de tensão, onde hostilidade preenchia o ar sempre que se encontravam, os dois protagonistas se viam como inimigos. Cada interação era permeada por trocas afiadas de palavras e olhares cortantes. No entanto...