Ela consegue sentir o fogo em sua pele, o vermelho ardente em seus lábios.
Oh céus, eles dizem que ela fez uma coisa ruim.
Foda-se foi tão bom.
Ela merecia, o sofrimento nunca poderia ser eterno.
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A noite se desenrolava como uma sinfonia silenciosa, cada floco de neve dançando lentamente até encontrar seu lugar no chão. A música alta atrás de si parecia quase inaudível com os seus pensamentos turbulentos, a semana não havia sido cansativa pelo contrário, o problema era que: Benny voltou a rondar sua mente como um pária, parecia como uma tormenta eterna.
Ela jurou que estava bem, que estava passando. Isto é, até que ela colocasse os olhos carmins novamente em Benny e Bell depois de alguns dias longe da universidade. Berserk sentiu como uma enorme âncora estivesse empurrando seu peito para baixo dentro do oceano. Uma sensação sufocante
Ela estava mergulhando na solidão em meio à efervescência das celebrações de Ano Novo. Sozinha na sacada do segundo andar da mansão de Morbucks e Brute, ela mergulhava na imensidão do inverno, onde o frio se misturava com a melancolia que envolvia seu coração nesse momento.
Berserk debochou da situação sozinha, soltando um risinho breve de escárnio. Uma semana atrás ela jurou estar magnificamente bem, talvez fosse o álcool. Talvez fosse a energia do final de ano que muitas vezes foram boas e festivas. Vestida com um longo e deslumbrante vestido vermelho, a representação visceral da paixão que fugiu dela. O tecido acariciava suas curvas, a fenda revelava uma das pernas esculpidas, enquanto os saltos Louboutin, também escarlates, elevavam sua estatura para um patamar que desafiava a solidão que a envolvia.
Ela culpou o álcool por sua recente tristeza, pois era evidente que não estava se sentindo tão depressiva assim faziam-se alguns dias. Berserk não podia ver os prédios enormes ou as luzes da cidade, o condomínio era fechado e por mais que fosse belo visualizar as mansões de arquitetura antiga, ela simplesmente não conseguia sentir o esplendor que deveria ser.
Estava frio.
Frio até para ela que tinha a mistura do fogo e gelo dentro de si. O inverno estava rigoroso
Berserk segurava com elegância a taça de champanhe, uma relíquia das elites que mais uma vez refletia a magnitude de seu vazio interior. O líquido dourado brincava nas bordas da taça, refletindo as luzes alaranjadas dos candelabros que piscavam como as estrelas escondidas na imensidão gelada do céu.
O vento gélido acariciava seus cabelos enquanto Berserk observava os flocos de neve dançando ao seu redor, uma dança efêmera que ecoava a fugacidade do tempo.
Ela ainda escutava a batida sonora da música. Charlotte decidiu fazer uma festa de réveillon, era verdade que a cunhada é conhecida desde sua adolescência por fazer festas icônicas que muitas das vezes beirava a insanidade. Mas, outras vezes eram elegantes a um nível exemplar, a despedida do ano seria apenas para os mais íntimos
Brute se recusou a chamar Benny, a irmã ainda estava chateada por Berserk. Porém a ruiva insistiu para que o convidasse e também quem fazia parte do grupo em geral. Seria ridículo, uma atitude infantil que Berserk poderia sair como culpada.