ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ

em sua defesa

Surpreendentemente , o jantar com os amigos de Vinnie não foi tão estranho quanto ela pensava. Esta foi a primeira vez que ela os conheceu e, honestamente, ela estava um pouco nervosa no começo. Não é como se ela não tivesse uma razão para estar, no entanto. Claro, não era como se ela fosse conhecer a família dele, mas ainda assim, eram amigos. Essas eram as pessoas com quem ele passava a maior parte do dia – além dela. A aprovação deles significava tudo para ela, porque se eles não gostassem dela, isso definitivamente poderia prejudicar o relacionamento dela e de Vinnie, e ela definitivamente não queria isso.

O grupo chegou ao restaurante chique por volta das nove. Eram quase onze horas. Eles passaram quase uma hora e meia conversando entre si e compartilhando histórias embaraçosas que todos tinham sobre Vinnie. Foi só no meio da história de Jack sobre Vinnie quase se eletrocutando que S/n sentiu necessidade de usar o banheiro. Ela cruzou as pernas, lutando contra a bexiga na esperança de não perder essa história. Mas sua bexiga estava lutando bem, uma luta que ela estava prestes a perder.

Ela voou da cadeira e se virou para Vinnie. "Eu já volto. Vou usar o banheiro."

Vinnie assentiu em resposta, enviando um sorriso em sua direção. "Tudo bem, querido. Não tenha pressa."

Depois de beijar a bochecha do menino, S/n correu para o banheiro. Ao chegar ao banheiro feminino, ela voou para dentro e tropeçou na cabine mais próxima. "Oh, isso é legal." Ela sorriu, aliviando-se da pressão na bexiga. Assim que terminou, ela saiu da cabine e foi em direção à pia. Quando ela começou a lavar as mãos, ela se deu ao trabalho de se examinar, certificando-se de que não parecia uma bagunça completa. Enquanto ela fazia isso, ela percebeu algo estranho... algo que parecia não pertencer ao banheiro feminino. Desligando a pia, S/n se virou lentamente, esperando para si mesma que o que viu fosse apenas sua imaginação. Infelizmente, não foi.

Ali, agarrados à parede, a poucos metros de distância, havia uma fileira de mictórios perfeitamente polidos.

"Sem chance." ela engoliu em seco.

Certamente havia uma explicação razoável para isso, certo? Tinha que haver uma razão para os mictórios estarem no banheiro feminino. Depois de tentar encontrar todas as explicações possíveis, S/n concluiu que ela estava de fato no banheiro masculino. Não é como se ela tivesse entrado aqui de propósito; ela realmente precisava fazer xixi e nem pensou em olhar as placas na porta.

"Eu tenho que sair daqui." Ela começou a correr em direção à porta, pronta para escapar. Mas antes que ela pudesse colocar um dedo na maçaneta da porta, ela ouviu o som de uma risada se aproximando. Mas não foi apenas uma risada qualquer; não, isso foi... risada masculina .

"Merda." Ela tapou a boca com a mão perfumada de lavanda e correu para uma barraca antes que pudesse ser pega. Trancando a porta atrás dela, ela subiu no vaso sanitário e se agachou para que ninguém visse sua cabeça para fora.

Os caras entraram no banheiro e, pelo que S/n estava ouvindo, eram apenas dois. No entanto, essa não foi a única coisa que ela ouviu. Havia algo familiar naquelas vozes. Demorou apenas um segundo para S/n reconhecer aquelas vozes como pertencentes a Vinnie e seu bom e velho amigo, M*x.

"Jack é um idiota", Vinnie riu, seu fluxo seguindo sua voz. "Graças a Deus ele não disse nada disso na frente de S/n. Ela provavelmente me deixaria em um piscar de olhos se ouvisse tudo isso."

M*x juntou-se às risadas. "Não posso argumentar contra isso, cara. Não posso discutir contra isso."

Houve silêncio entre os dois enquanto eles tilintavam. No entanto, assim que terminaram, M*x pigarreou. "Uh, posso te fazer uma pergunta?"

Depois de dar descarga nos mictórios, os dois meninos foram até as pias. "Com certeza. O que houve?" Vinnie perguntou.

"Você tem certeza de que ela é a única?"

A pergunta deixou S/n e Vinnie confusos. Com base em como as coisas estavam indo no jantar, S/n estava confiante de que causou uma boa impressão em todos os amigos de Vinnie. Embora, pensando bem, M*x fosse um pouco reservado. Talvez ela não tenha deixado uma marca tão boa quanto pensava.

"Uhm, sim. Tenho certeza ." Vinnie riu. "Por quê? Há algo errado?"

"Eu só... eu só não acho que ela seja a pessoa certa para você, cara."

"E por que isto?" Todos os vestígios de diversão haviam desaparecido do tom de Vinnie. Agora, tudo o que havia era curiosidade e uma pitada de raiva.

M*x engoliu o nó na garganta antes de dizer o impensável. "Não vou mentir, mano, acho que ela é uma vadia."

S/n sentiu suas unhas cravarem em sua pele enquanto ela lutava contra a vontade de voar para fora daquela cabine e dizer àquele idiota o que pensava. Quem diabos ele pensa que é? Ele mal disse duas palavras para ela e já chegou a essa conclusão. Que idiota!

Vinnie zombou, claramente ofendido pela acusação de M*x. "Que diabos, cara? Por que você acha que minha namorada é uma vadia?"

"Quero dizer, ela estava praticamente flertando com todos os caras na mesa. Você viu o jeito que ela ficou toda mansa com Jett. Não aja como se não tivesse feito isso."

Agora, S/n acreditava em muitas coisas. Ela acreditava em fantasmas, alienígenas e sereias, mas não nisso — e esperava que Vinnie também não. Como M*x poderia confundir ela sendo legal com flerte? E o que diabos ele quis dizer com ela ficar "acessível" com Jett? Ela estava tirando um fiapo do suéter dele. "Hmph, fale sobre tirar conclusões precipitadas", ela pensou.

"Quer saber, M * x, você é um idiota." Vinnie afirmou.

Desta vez, M*x ficou ofendido. "Vinnie, como sou um idiota por te contar a verdade? Só estou te contando o que estou observando, e pelo que estou observando, sua namorada está brincando com você."

"E é isso mesmo", disse Vinnie. "Isso é o que você está observando, e mais ninguém."

"Mano, eu sou seu amigo. Isso não deveria contar para alguma coisa?"

"Seria se você tivesse provas sólidas, mas você não tem, então não, isso não conta nada."

"Por que você está agindo como esse homem?"

"Você acabou de chamar minha namorada de vadia e depois a acusou de flertar com vocês sem nenhuma prova." Vinnie rosnou. "Como você se sentiria se eu acusasse sua namorada de flertar conosco sem qualquer prova?"

Max ficou quieto.

"Certo, você não gostaria disso. Então, se você tiver algum tipo de problema com ela, é só dizer isso. Caso contrário, mantenha o nome dela fora da sua boca. Tudo bem?"

"Sim, claro. Estamos bem."

Com isso, os dois meninos saem do banheiro, o fedor da tensão logo atrás. Saindo da barraca, S/n não conseguiu conter o sorriso que surgiu em seu rosto. Ela estaria mentindo se dissesse que não estava preocupada com o fato de Vinnie acreditar no que M*x disse. Em situações como essas, os meninos tendem a acreditar nos amigos e, considerando o fato de que ela e Vinnie não estavam juntos há tanto tempo, ela realmente não sabia se ele perceberia aquela besteira. Felizmente, ele fez isso, e S/n não poderia estar mais feliz.

Escapando do horror que era o banheiro masculino, S/n praticamente pulou de volta para a mesa. Pouco antes de se sentar, ela deu um beijo na testa de Vinnie.

Ele riu, corando como um estudante. "Para o que foi aquilo?"

"Só um agradecimento."

Com as sobrancelhas franzidas, ele perguntou: "Para quê?"

"Por ser o melhor namorado de todos os tempos", respondeu S/n. "Além disso, você vai ter que me contar o que Jack disse e por que diabos isso me faria querer deixar você."

"Sim, com certeza." Vinnie riu. Quando estava prestes a encher o rosto com uma colher de purê de batata, ele fez uma pausa. "Espere  o que?"