Capítulo 4

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Os dias seguintes ao acordo de paz entre Max e Antônia trouxeram uma nova dinâmica aos corredores da faculdade.

Sempre que se esbarravam, o cumprimento agora era acompanhado de sorrisos e piadinhas, criando um clima descontraído entre eles.

Numa tarde ensolarada, Max estava à porta da sala de aula quando Antônia apareceu. Ele a cumprimentou com um sorriso brincalhão.

— E aí, Antônia! Cuidado com as tintas hoje. Estou armado com pincéis perigosos!

— Não se preocupe, Max. Já estou treinando meu desvio de tintas ninja. - Disse Antônia, rindo.

Os encontros casuais tornaram-se um jogo amigável. Max e Antônia começaram a competir com piadas criativas sempre que se cruzavam nos corredores.
Certo dia, Max surpreendeu Antônia com uma observação romântica.

— Antônia, você é como um quadro perfeito: não importa o que aconteça, sempre deixa o ambiente mais colorido.

Antônia, entrando na brincadeira, respondeu:

— Uau, Max, você anda praticando seus elogios, hein? Pode continuar, estou adorando!

As risadas eram constantes, mas havia algo além das piadas. Entre um comentário engraçado e outro, trocavam olhares que revelavam um interesse mais profundo. Max, sempre um brincalhão, aproveitou a oportunidade para fazer uma revelação.

— Antônia, você sabia que pintar é como se apaixonar? Às vezes, você faz um traço e não sabe exatamente como vai ficar, mas é aí que a magia acontece.

— Interessante comparação, Max. Talvez a vida seja um grande quadro em branco esperando para ser preenchido.

E assim, entre risadas e comentários românticos, Max e Antônia construíram uma relação especial, onde a leveza das piadas se misturava à profundidade de sentimentos que começavam a florescer. Cada encontro na faculdade era mais uma pincelada nessa tela em constante evolução.

Alguns meses se passaram e a noite de Halloween envolvia a faculdade em uma atmosfera misteriosa e festiva. Antônia, vestida com uma fantasia criativa, uma espiga de milho ensanguentada, dançava animadamente na pista de dança da festa, aproveitando ao máximo a energia contagiante da ocasião.

Enquanto isso, Max, com expressão preocupada, percorria a multidão em busca de seu irmão mais novo, que não deveria estar na festa. O estresse marcava cada linha de seu rosto enquanto ele tentava manter a compostura em meio às risadas e ao clima descontraído da celebração.

Finalmente, Max avistou seu irmão entre a multidão, trajando uma fantasia peculiar. A confusão estampada no rosto de Max era evidente quando ele se aproximou.

— O que você está fazendo aqui? Era pra estar em casa, você operou recentemente, não pode fazer esforço!

O irmão de Max, sem se intimidar, respondeu com um sorriso travesso.

— Relaxa, Max! É Halloween, todo mundo tá aqui. Que mal pode fazer?

A tensão aumentava entre os irmãos, e Antônia percebia a mudança de clima. Tentando dissipar a tensão, ela se aproximou de Max, sorrindo.

— Ei, o que está acontecendo? Halloween é para se divertir!

Max, ainda frustrado, murmurou:

— Desculpe, Antônia. Meu irmão não deveria estar aqui, e isso está me deixando louco.

Antônia, compreensiva, sugeriu:

— Vamos dar um tempo. Talvez ele esteja só curtindo a festa. Você não quer se preocupar demais.

— Você não entende, ele não PODERIA estar aqui, fez uma cirurgia recentemente mas aparentemente minha opinião e nada dá na mesma.

— Mas…

— Desculpe, Antônia com licença. - E saiu atrás do irmão, deixando Antônia irritada.

No entanto, Max, preocupado com as responsabilidades familiares, não conseguia deixar a situação de lado. A festa, que inicialmente era repleta de risos e diversão, agora carregava uma nuvem de tensão.

A noite seguiu com um clima estranho entre Max e Antônia, enquanto ele tentava resolver os problemas familiares. O incidente na festa de Halloween serviu como um teste de fogo para a relação dos dois, colocando em xeque a estabilidade construída até aquele momento. O futuro incerto pairava sobre eles, enquanto enfrentavam não apenas as máscaras do Halloween, mas também as máscaras emocionais que a vida impõe.

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