Bônus - Parte Um

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Hope decidiu caminhar naquela manhã. 

Não uma caminhada de alguém que precisa fazer exercícios físicos ou algo assim, era apenas uma caminhada comum. Ela havia acordado, tomado banho, café e ido deixar Josie na escola Salvatore, poderia ter ficado lá com as gêmeas e Caroline, no entanto, precisava espairecer. Passou-se alguns meses desde o jantar em New Orleans. Apesar dos seus tios a chamarem para ficar na cidade, Hope optou por continuar em Mystic Falls, tinha uma vida com Josie, uma casa e até adotaram uma cachorro recentemente. Ele era pequeno ainda, Josie o corregava para todo canto com ela, era um husky siberiano, ou seja, bem próximo de um lobo e sim, o que cachorro odiava a Tríbrida. 

Hope recordava perfeitamente o dia que Josie havia chegado com o pequeno filhote em casa. Ainda incapaz de latir, ele corria de perto dela sempre que Hope tentava uma aproximação e quando o animal conseguiu latir, não permitia que a tríbrida chegasse perto dele. Josie, é claro, se divertia com toda a situação. 

... 

Dois meses antes 

Hope pôde ouvir a porta bater e é óbvio que sabia quem era. Estava fazendo o jantar, vestia uma calça de moletom cinza e uma regata branca, seus cabelos estavam soltos e quando ouviu o barulho da porta, foi até a sala receber sua namorada. Ficou confusa ao ver Josie com uma bola de pelos preta nos braços.

- Oi amor. - Disse, com um sorriso largo no rosto, beijando os lábios da tríbrida. 

- Oi... O que é isso? - Hope apontou para o cãozinho em seus braços. 

- É nosso filho. - Hope franziu o cenho, completamente confusa. 

- Não lembro de termos evoluído a esse ponto e bom... Nunca nem cheguei perto de você transformada em lobo. - Josie revirou os olhos para a piada sem graça de Hope. 

- Pare com isso. Dê "oi" ao Fred. - Josie ergueu o cachorro estilo rei leão, o que deixou o focinho do bicho bem próximo do seu rosto. Ele estava com os olhos fechados. 

- Oi, Fred. - Hope disse, sem graça. 

Depois disso, os dias foram passando, Josie andava com o cachorro para cima e para baixo, o colocava para dormir com elas as vezes e então, o cachorro finalmente começou a latir e foi aí que o animal deixou claro o ódio por Hope. 

Hope chegou em casa naquela tarde, percebendo que o cão estava sentado em seu sofá, estava um pouquinho maior. Josie, estava acariciando os pelos do cachorro e também sentada ao lado dele. Quando ele a viu, correu para seus pés e começou a latir. 

- Esse cão me odeia, Josie. - A outra apenas riu. 

- Ele não odeia você. Só está te cumprimentando. - Disse, calma, observando o cão latir tanto, que chegava a dar pulinhos. 

- Ah, claro. - Afirmou. Hope foi direto para o quarto, tomou banho e colocou roupas confortáveis, em seguida, sentou-se ao lado de Josie e então, o cachorro pulou, ficando entre elas. Hope tentou uma abordagem, tentou acariciar o pelo dele, aquilo pareceu enfurecer o bicho. Rosnou e latiu para ela, que retirou a mão vagarosamente. 

- Fred, não faça isso com sua mãe. - Hope a olhou entediada.

- Acho que ele sente o que eu sou. E não vou deixar ele mandar na casa. - Josie a olhou séria. - Sabe... Ninguém manda na casa, nem o cachorro. - Josie pareceu não se convencer com seu discurso, mas deixou para lá. 

- Ele não deveria... Amar você ou sei lá, te seguir? - Nem Hope soube responder aquela pergunta. 

- Não sei. Você deveria ter comprado outra raça de--

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