Atenção! Esse capítulo possuí instancias de violência e cenas levemente grotescas. Leia com cuidado.
Narrador - Elio
Abri os olhos sentindo meu corpo inteiro dolorido, estava em cima de algo não muito macio e com o cheiro de pinheiro.
Olhei para baixo, e vi a cabeleira ruiva de Calypso, fui para trás apressado:
- Desculpe! - Falei.
O bruxo grunhiu e começou a se erguer para sentar, tinha um vermelho na sua testa e ele tirava o cabelo dos olhos com um sorriso sarcástico:
- Por que será que é sempre eu e você que acabamos dando de cara um com outro?
Bufei:
- Um tanto literalmente, por algum motivo.
Nesse momento cheiro de fumaça invadiu meu nariz, e eu tossi:
- O que é esse cheiro?
- Ah, deve ser o teatro que está pegando fogo.
- O que??
Olhei para o teto, e vi as chamas consumindo a madeira esculpida em uma velocidade assustadora, começando pela cúpula aberta.
Vi pessoas correndo desesperadamente tentando escapar, Ava e Harley em nenhum lugar para ser visto.
Ouvi um grunhido atrás de mim, e ao me virar Daphne e Layla acordavam em um canto do palco. Olhei para o meu outro lado, e vi Agan encostado em uma pilar com Polaris ainda no colo.
O condutor grunhiu parecendo finalmente acordar, ele tocou a cabeça:
- O que…?
E tentou se levantar, logo depois torcendo o rosto de dor e abraçando o próprio torso ferido.
Agan voltou a si nesse momento, e o segurou mais firmemente:
- Cuidado! - Falou.
Polaris o olhou surpreso, só agora parecendo notar que estava no colo de alguém, e pelo rubor em suas bochechas, alguém bastante atraente.
Ele perguntou soando um pouco fascinado:
- Você é meu salvador?
Agan mexeu na nuca parecendo com dor e se ajeitou sentando e carregando o outro bruxo, disse:
- Não exatamente, mas eu te carreguei até aqui.
- Isso é suficiente para mim - Polaris disse com um sorrisinho sem vergonha no rosto.
Agamenon levantou uma sobrancelha parecendo confuso mas curioso.
Nesse momento ouvi um estalo alto e fiz um gritinho me abraçando com Calypso, atrás de nós havia caído uma enorme tábua em chamas do teto. Mas havia mais alguma coisa, e da grande tábua se ergueu um monstro como os que vi no mirante, coberto de penas e com a boca cheia de dentes.
- Isso provavelmente é um sinal para sairmos daqui - Falei.
- Tenho que concordar - Calypso acrescentou.
A criatura rugiu um rugido fino mais similar a um grito e se atirou no palco para nos atacar, no momento exato Calypso me colocou para trás e ergueu uma mão que brilhou um escudo esverdeado, atirando o monstro de volta para as arquibancadas com um grunhido.
- Nós temos que sair daqui! - Ouvi na voz de Daphne.
- Não precisa me dizer duas vezes - O bruxo ruivo respondeu.
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Solstício de Adélio
General Fiction- Nessa terra de bruxas e monstros, você já ouviu falar de criaturas divinas? Calypso faz parte de um trio de bruxos comissionados por um colecionador de artefatos para encontrar o domínio mágico Jardim das Memórias. Ninguém do trio está muito in...