𝟎𝟕 • 𝘦𝘭 𝘵𝘪́𝘰 𝘩𝘦𝘳𝘰𝘪𝘯𝘰

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RAPHAEL VEIGAsão paulo, no dia seguinte(🔒 meta de 100 comentários para liberar o próx

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RAPHAEL VEIGA
são paulo, no dia seguinte
(🔒 meta de 100 comentários para liberar o próx. capítulo.)

MINHA VIDA 'TÁ UMA BAGUNÇA depois da coletiva de ontem, a internet virou uma loucura com meu nome.

Todo mundo ficou chocado com o que revelei depois do jogo. Não foi um bagulho que eu conversei, pensei, discuti com minha família ou algo do tipo.

Mas cara, eu escondi a Melinda por 4 anos! Não por vergonha. Isso nunca! Sei que apesar dos pesares, pela forma em que descobri que ela era minha filha, fruto meu e da Luísa, eu a aceitei do mesmo jeito.

Melinda é minha filha e ponto final. Ela não tem culpa pelas decisões tomadas pela sua mãe.

Eu a escondi pela segurança dela. Quando a gente se torna pai, pensamos totalmente diferente. A gente se preocupa só com eles. O que importa são nossos filhos e com Melinda não seria diferente.

Naquela época eu estava confuso demais, Luísa literalmente fodeu a minha cabeça e eu só conseguia pensar na minha filha e em como eu poderia fazer para protegê-lá.

Meu coração se apertou também, porque eu sabia de sua situação e sabia onde encontra-la mas ela sabia e ainda sabe onde me encontrar também.

Se quisesse me procurar para esclarecer as coisas pessoalmente, teria feito isso.

Minha única preocupação é como vive hoje. Se sua mãe está bem, se curou do câncer - que estava em fase terminal - ou se realmente seu estado não teve reversão.

Queria saber se precisava de ajuda para pagar o tratamento de Dona Lúcia. Sei lá, qualquer coisa que eu pudesse fazer para ajudar.

Dona Lúcia sempre apoiou nosso relacionamento. Era completamente apaixonada por mim. Se dependesse dela, Luísa e eu morávamos juntos sem eu nem a ter pedido em namoro, mas pra mim as coisas tem que serem feitas do jeito certo.

Quando contei para meus pais a situação e mostrei a carta, minha mãe insistiu que eu procurasse Luísa. Insistiu que eu desse apoio a ela, que a procurasse e esclarecesse as coisas, que conversássemos como adultos maduros, mas eu não quis.

Eu tive raiva de Luísa. Não queria a ver nem que se pintasse de ouro e aparecesse na porta da minha casa.

Pro Raphael de 4 anos atrás, era um absurdo abandonar um filho assim. E ainda é, -- devido as circunstâncias -. Mas naquela época eu era menos compreensivo.

Tudo bem que uma coisa dessas é difícil de se compreender.

Pensando bem, Luísa pensou sim em nossa filha. Entendi o constrangimento que ficou de mim. Entendi o medo que teve em aparecer na minha frente com uma surpresa inesperada, como quem chegasse e dissesse: Tcharam! Temos uma filha agora e você vai cuidar dela.

𝗗𝗘 𝗥𝗘𝗣𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗣𝗔𝗜 ─ 𝗥𝗔𝗣𝗛𝗔𝗘𝗟 𝗩𝗘𝗜𝗚𝗔Onde histórias criam vida. Descubra agora