Você pensaria que eu ficaria brava ao ouvir um zumbido incessante em uma hora estupidamente cedo em um fim de semana, mas quando gemo no travesseiro e o cheiro de Freen me atinge e me lembro do braço em volta da minha cintura, nada pode apagar o sorriso no meu rosto.
Memórias da noite anterior voltam à tona (como se eu não tivesse passado a noite inteira sonhando com isso). Lembro-me de como ela me fez sentir desejada. Lembro-me da expressão em seu rosto quando me viu nua pela primeira vez. Lembro-me de como ela me tocou, do quanto gostou de me tocar. E então me lembro de como tudo ficou tão natural entre nós depois disso: escovar os dentes juntos, ir para a cama e Freen me pegar nos braços. Ainda estou meio adormecida e sorrindo em seu travesseiro.
Mas ela ainda não desligou a porra do alarme.
— Freen. — Eu cutuco seu braço, tentando acordá-la. — Freen. — Eu falo um pouco mais alto.
— Hum? — Ela responde sonolenta, enterrando o rosto ainda mais na minha nuca.
Adormeci enrolada de frente para o peito dela e acordei de costas para ela, com ela me abraçando por trás, como fez naquela manhã que Nam nos pegou. Seu corpo pressionou contra o meu e seu braço envolveu possessivamente minha cintura.
— Alarme.
— Hum?
— Freen, desligue esse maldito alarme.
— Sim senhora.
Freen se vira ligeiramente para extinguir a fonte do meu desconforto, a posição fazendo com que sua pélvis se projete e se pressione mais perto da minha bunda; sua ereção matinal se tornando mais proeminente. Ela rapidamente desliga o alarme e cai ao meu lado novamente, embora não esteja mais me abraçando, em vez disso esfregando os olhos preguiçosamente.
Não penso muito no fato de já sentir falta do calor dela, sua proximidade e seus braços me segurando com segurança. Eu me viro, deitando de lado.
— Por que seu alarme toca no fim de semana? — Eu ainda pergunto irritada por ter acordado tão cedo. Pare de esfregar olhos e deita-se de lado, para ficarmos de frente uma pra outra. — Você não precisa trabalhar, certo?
— Às vezes meu chefe me liga nos finais de semana, mas hoje não. Hoje tenho outros planos. — Ela explicar.
— Mas é muuuito cedo.
— Becky, são 9h. Dormimos o suficiente.
— O quê? Você só pode estar brincando. Moro com duas meninas e ainda consigo dormir mais nos finais de semana. — Explico, tentando ignorar o fato de que com nossas pernas entrelaçadas, sua coxa está bem próxima do meu sexo nu, assim como seu pênis.
— Bem, provavelmente é o mais tarde que eu vou acordar, então é melhor você se acostumar!
— Me acostumar com isso? Você está insinuando que essa coisa de passar a noite juntas vai acontecer com frequência?— Eu brinco, sorrindo enquanto suas bochechas ficam vermelhas.
Meu sorriso desaparece quando ela começa a atacar minhas costas com os dedos, provavelmente lembrando da noite passada o quão sensível eu sou. Também sou sensível em outros lugares, mas ela convenientemente esqueceu disso...
Logo seus dedos me liberam e eu me movo, sentando em sua barriga, inclinando-me para ela. Para me defender dela, passei a ficar em cima dela, aprisionando suas mãos, uma de cada lado da cabeça. É evidente que ela é forte, mas é submissa à minha defesa e à minha posição sobre ela.
Sento-me firmemente em sua barriga e não faço nenhuma tentativa de me mover, em vez disso fico olhando como ela está linda. Seus olhos cor de mel são mais claros e seu olhar é terno, seja de felicidade ou de cansaço. Seu cabelo escuro está solto por todo o travesseiro e sua pele pálida brilha com a luz do sol que entra pelas cortinas. Ela me faz soltar seus pulsos e entrelaçar seus dedos nos meus.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Donor
Fanfiction𝙵𝚒𝚌 𝚊𝚍𝚊𝚙𝚝𝚊𝚍𝚊 𝚎 𝚝𝚛𝚊𝚍𝚞𝚣𝚒𝚍𝚊 ғɪᴄ ɪɴᴛᴇʀ 𝗖𝗿é𝗱𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗮: @𝘄𝗶𝘀𝗵𝗳𝘅𝗹𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻𝗸 𝗗𝗼𝗻𝗮 𝗱𝗮 𝘃𝗲𝗿𝘀ã𝗼 𝗲𝗺 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗻𝗵𝗼𝗹: @𝗶_𝗮𝗺𝗿𝘂𝗶 🩵🦝