Pov Becky
- Então a mamãe tem pênis? - Emily pergunta com curiosidade, jogando a cabeça para o lado.
Freen está sentada no sofá ao lado dela, curvado ao meio, segurando um saco de ervilhas congeladas na área ofendida. Sento-me à mesa de centro em frente à minha filha, lutando para conter o riso diante da agonia de minha esposa. Meus olhos vão de um para o outro, enquanto Emily procura uma explicação em sua cabeça e Freen tenta aliviar a dor entre as pernas. Emily estava praticando arremessos de softball quando bateu na virilha da mãe. Isso machucaria qualquer um, mas quando Freen caiu no chão, segurando a barriga, a menina teve algumas dúvidas.
- Eu te disse que sua mãe é diferente. Seu corpo é diferente do nosso. Ela não nasceu como você e eu, Emily. Ela é muito especial.
Freen grunhe e se recosta no sofá, segurando o saco de ervilhas firmemente contra a virilha, e bebe um pouco de água. Seus olhos olham para mim enquanto eu rio por um segundo.
- Você nasceu como Harry?
O tom de sua voz aumenta com a menção de seu irmão, tentei explorar as possibilidades do que poderia ser tão especialmente sobre sua mãe.
Fizemos questão de ensinar anatomia e diferenças corporais, mas tivemos cuidado e não associamos essas características a nenhum gênero específico. Sabíamos que ela não entenderia a condição de sua mãe nessa idade, então mantivemos tudo o mais transparente possível para não derrubar nada que ela já tivesse aprendido antes. Ainda é um assunto delicado para Freen e não queríamos que nossa filha contasse a todos que ela conhece sobre a condição de sua mãe, então a conversa foi adiada para além da conversa geral.
- Mais ou menos. Mamãe nasceu diferente de você e diferente de Harry. Nenhum corpo é igual a outro, lembra?
- Está bem. Então mamãe tem pênis e não vagina?
Fico vermelha com os termos que minha filha usa, mas sei que a terminologia correta é melhor do que eufemismos terríveis. Eu certamente teria usado “wiwi” e “chocho”, mas Freen não aprovou.
Harry corre para dentro da sala, rindo porque Tulip o está perseguindo de perto. Eles ficaram perseguindo um ao outro pela casa o dia todo. Freen se anima com sua entrada, mas congela novamente quando o garotinho o abraça a virilha e procura pelo gato cansado.
- Você se importa, homenzinho? - minha esposa rosna, movendo os braços do nosso filho até as pernas. Ela respira fundo enquanto vira a sacola e a arruma de volta em suas partes.
- O gelo está fazendo algum bem? - ele perguntou entre risadas.
- Para nada. Isso só me deixa um pouco entorpecida, o que é melhor do que ficar dolorida.
Balanço a cabeça e me volto para meus filhos: Emily está agora no chão, brincando com o gato, enquanto Harry ri e casualmente leva as mãos à própria virilha.
Os meninos são nojentos.
- Você entende agora, Emily?
- Eu penso que sim. Todos eles têm corpos diferentes. Algumas têm pênis e outras vagina – responde ela, balançando a cabeça, como se estivesse recitando uma lista.
- Alguns têm ambos e outros não. Espere, alguém pode não ter nenhum? - pergunto a Freen que me olha com grosseria. Acho que ela está com raiva porque não a ajudei. Que pena.
- Eu tenho um pênis! - Harry diz com um sorriso, segurando a perna de Freen para se equilibrar enquanto balança os quadris. Ele parece orgulhoso de si mesmo. Algo estranho.
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The Donor
Fanfiction𝙵𝚒𝚌 𝚊𝚍𝚊𝚙𝚝𝚊𝚍𝚊 𝚎 𝚝𝚛𝚊𝚍𝚞𝚣𝚒𝚍𝚊 ғɪᴄ ɪɴᴛᴇʀ 𝗖𝗿é𝗱𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗮: @𝘄𝗶𝘀𝗵𝗳𝘅𝗹𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻𝗸 𝗗𝗼𝗻𝗮 𝗱𝗮 𝘃𝗲𝗿𝘀ã𝗼 𝗲𝗺 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗻𝗵𝗼𝗹: @𝗶_𝗮𝗺𝗿𝘂𝗶 🩵🦝