The Donor

capítulo 18

Já aviso que vai ter peripécias de novo

Pov Freen

Meus olhos ardem com os raios de sol que passam pela cortina. Acordo com um barulho lá embaixo. Esfrego os olhos e me afasto do sol na cama, indo para onde esperava que Becky estivesse. Mas não me preocupo, ouço mais barulho vindo da cozinha e sei que ela ainda está aqui e que está acordada lá fora. Nada pode impedir o sorriso que se forma em meus lábios quando penso naquela garota. Exceto depois de ontem à noite.

Ontem à noite: a melhor noite da minha vida. E não é porque finalmente fiz sexo... aos 28 anos. Bem, talvez sim. Mas foi com Becky e por isso foi a melhor noite da minha vida. Eu me compartilhei pela primeira vez com a mulher por quem estou me apaixonando. A mulher que, nos meses que a conheço, mudou minha vida de maneiras inesperadas. Becky me fez aceitar como sou e nunca pensei que isso aconteceria. Isso me fez aprender a me amar. Claro, minha vida seria mais fácil se eu tivesse nascido normal e por muito tempo sempre odiei quem sou, mas sem a minha condição não teria Emily. Eu não teria Becky. Eu não teria minha família.

Ainda tenho medo de me mostrar para Becky porque isso é algo com o qual não estou acostumada, e não quero que ela sinta de alguma forma nojo de mim quando vir minha anormalidade. Tenho certeza que um dia serei tão aberta com ela, e depois de ontem à noite, tendo dado o maior passo com ela, talvez isso aconteça em breve. Talvez se ela ameaçar “sem sexo” seja muito cedo porque isso foi incrível e não quero que isso nunca mais aconteça.

Memórias da noite passada vêm à mente e sinto um calor nas bochechas e um frio na barriga porque não quero parar de pensar nisso. Becky é linda, amorosa, mas sexy e estimulante, e a experiência que tive com ela ontem à noite é algo que preciso que aconteça de novo e de novo. Você pode prever um vício em sexo depois de experimentá-lo apenas uma vez?

A risada abaixo me tira da memória de penetrá-la, levando-a ao clímax, e então da minha própria natureza avassaladora antes de segurá-la com segurança. Saio da cama em busca de roupas, esquecendo que adormeci nua, então procuro também uma boxer. Considerando que na maioria das manhãs eu acordei com uma ereção, não me surpreende que hoje também esteja assim, então coloquei um moletom para cobrir, esquecendo a boxer, também a camisa que Becky estava usando ontem, e desci correndo para ver minha família.

O cheiro de bacon, ovos e torradas queimadas preenche meus sentidos. Entro na cozinha e vejo Becky linda como sempre, vestindo um dos meus shorts e uma camiseta. Nossa filha está sentada no meio do balcão, vestindo um macacão rosa, observando a mãe cozinhar.

- Algo cheira muito bem aqui - Anuncio. Becky imediatamente se vira, sorrindo, e cora quando pisco.

- Mamãe! - Emily grita, rastejando em direção à beira do balcão. Becky rapidamente vai até ela e a ajuda a sair com segurança. A garotinha corre em minha direção para um abraço, sua cabeça batendo em uma área excessivamente sensível abaixo da minha cintura, me fazendo grunhir e me curvar para pegá-la. A noite passada me deixou com uma sensação de ternura e quase um pouco dolorida por ter passado tanto tempo desde que liberei minha frustração sexual - Feliz aniversário, mamãe! - Emily grita novamente, com um sorriso enorme, abraçando meu pescoço com todas as forças. Mas não é meu aniversário. Confusa, olho para Becky que já desligou o fogão e nos observa com adoração. Silenciosamente, com as sobrancelhas levantadas, pergunto do que Emily está falando.

- Feliz aniversário, Freen. - Ela diz, divertida. Ela se aproxima de mim e me beija na bochecha. Estou um pouco desapontada que tenha não sido exagerado, mas com nossa filha observando nossa interação de perto, sei que não poderia ter sido mais. Becky estava um pouco brava ontem porque eu não contei a ela que era meu aniversário, ela sem dúvida disse a Emily que é hoje para que possamos comemorar novamente - Fizemos o café da manhã para você.