Hae-jin
-Amy, você bebeu duas garrafas de Soju de uma vez e quer apostar corrida? - Conheci a mulher mais maluca de toda a minha vida há seis meses. Quando a vi no estúdio, jamais imaginei o quão apocalíptica a Amy poderia ser. - Tae, pelo amor de Deus, pega ela! - Grito para o meu amigo, que ri enquanto ela corre cambaleando, claramente bêbada. Nos tornamos amigos muito próximos, o que ajuda nas gravações. Vejo uma Amy mais solta e segura; ela costuma dizer que eu e o Tae somos mais do que fãs dela, somos os melhores amigos. Nem mesmo Augusto, que é meu agente e consegue ser o mais chato de todos, fica me falando o que devo ou não fazer. Acho que é puro ciúmes de mim e do Tae.
-Volta aqui, bebum! - Tae grita, e ela cai no chão logo em seguida. Meu sorriso desaparece, e eu corro com meu amigo até ela. Amy está deitada no chão rindo.
-Assustei vocês.
-Amy! - Gritamos em coro, e meu amigo a pega, colocando-a nas costas.
Preciso expressar meus sentimentos e dizer que estou cada dia mais encantado com a Amy. É como se eu estivesse me apaixonando aos poucos e me condenando ao mesmo tempo. O sorriso de Tae quando ela está por perto não me deixa desconfiado, só me enche de certezas. Meu amigo também está apaixonado!
-Tae- ela mal fala o nome dele e deita a cabeça no ombro dele.
-Fala bebum.
-Você é altão, né? - ele ri - e balança tudo, o cavalinho! - solto uma risada, mas meu coração está cheio de ciúmes dessa cena.
-Você vai vomitar Amy- ele fala em tom de preocupação.
-Amy, Soju não é água, meu bem - falo devagar - a gente ia te apresentar a bebida, e você virou achando que era suco de uva.
-E pior - Tae a coloca nas costas - disse que não ficava bêbada fácil.
-Quer me dar ela?- ofereço minhas costas e meu amigo nega.
-Eu amo vocês - ela chora, apertando o pescoço do meu amigo - nunca tive amigos homens, e vocês são tudo pra mim - chora mais, e a gente ri do jeitinho dela.
-A gente ama você também Amyzinha- falo de volta.
-Como se diz "eu te amo" em italiano? - Tae solta uma gargalhada, e eu não seguro o riso - vocês são italianos ou tailandeses? - ela mal raciocina, e eu me acabo de rir.
-Nossa, meu bem, você foi bem perto - Tae zomba - coreano, Amy.
-Isso que eu quis dizer - ela completa - como se diz "eu te amo" em coreano?
-Vai se declarar para alguém? - arqueio a sobrancelha, e Tae torna seu semblante vazio.
-Quero falar para vocês que amo vocês em itailandês.
-Meu Deus Amy- Tae ri.
-Saranghae- falamos em coro.
-Saraaanhanme?- ela mal fala palavras simples e quer aprender coreano.
-Saran-ghae- falo pausado e ela me olha quase sem forças.
-Saraaam... - ela enrola a língua - cansei, quero vomitar - Tae a coloca depressa no chão, e eu me aproximo, levando-a para um canto com grama. Ela agacha e vomita, Tae segura seu cabelo, e mesmo que eu fosse fazer isso, ele não me dá tempo. Agacho ao lado dela, segurando sua mão e afagando suas costas.
-Está tudo bem? - ela assente e volta a chorar. - Eu a carrego até a casa dela, Tae - ele assente e me ajuda a colocar a Amy nas minhas costas.
A ideia era os três beberem, por isso não fomos de carro, mas ela resolveu ficar muito bêbada antes, e fomos sensatos em não beber muito e cuidar dela.
Assim que abro a porta da sala dela, eu e Tae, por costume, tiramos os sapatos na porta. Ele me ajuda a fazer isso, e Amy vem dormindo desde que a peguei nas costas. Eu e meu amigo viemos em silêncio e, com certeza, aprofundando-nos em pensamentos sobre ela.
-Vou colocá-la na cama; acho que podemos ficar por aqui e amanhã fazer uma sopa de ressaca para ela - Tae assente.
-Eu te ajudo - ele se dirige até o quarto e me ajuda a colocar Amy na cama. Seu quarto tem várias prateleiras, com fotos da família, Samantha e de um cachorro Golden Retriever que está ao lado de uma mini Amy. Mesmo tendo várias coisas delicadas, suas roupas jogadas no chão e as gavetas do closet mal fechadas são iminentes nesse cenário meio caótico. - Bagunceira não só no set - Tae comenta rindo e pega o quadro dela pequena com o Golden. - Ela sempre foi linda, né?
-Hum - falo de boca fechada. Ajeito ela na cama e a cubro, ela está dormindo tão pesadamente que nem parece a maluca de minutos atrás - Vamos para a sala? - tomo coragem para fazer o que estou me remoendo, ele assente e segue até o cômodo, vou atrás e me sento no sofá. - Posso te fazer uma pergunta? - ele se senta ao meu lado e me encara.
-Sim, Hae, estou apaixonado pela Amy - ele sabia o que eu ia falar - e eu juro que estou lutando contra. Sei que você também está e ela possivelmente por você - engulo seco lembrando da nossa primeira cena de beijo. Eu não me segurei, estávamos em tanta sintonia que eu senti que ela também queria que fosse verdade. - Eu queria ser sincero desde o início. Não vou mentir e nem florear. Se ela demonstrar interesse por mim, eu vou lutar por ela. Se for você, como eu tenho certeza que é, eu vou respeitar.
-Não quero que você se machuque, mas, não quero me machucar. Sabe como foi ruim pra mim quando perdi a Aera - ele assente - eu juro que não queria me apaixonar pela mesma mulher que você.
-E você acha que eu queria? - ele ri - o problema é termos o mesmo gosto e gostar daquela apocalíptica bagunceira e bêbada que está roncando feito um caminhão - percebo seu ronco e dou uma risada alta. - Não quero perder a sua amizade, Hyung. - ele me abraça forte, e eu retribuo.
-Muito menos eu, você é muito importante na minha vida! Quero envelhecer batendo na sua cabeça- dou um soquinho no meio do cabelo e ele me encara nervoso.
-Aigoo, não se aproveita da sua idade não, aqui em Toronto eu te quebro- dou uma risada e ele me abraça de volta.
Confesso que tenho medo do que pode acontecer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um ator para chamar de meu
RomanceQuando aparece aquela pessoa que faz seu coração bater mais rápido, as mãos suarem e a respiração acelerar, jamais imagina que... "Ver Hae-jin seminu naquela cama, com minha melhor amiga deitada em seu peito como se tivessem vivido a noite mais perf...