Capítulo Dez

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Valentina sabia que não tinha sido uma boa ideia sair com suas amigas, quando acordou no sábado com uma baita ressaca. Tinha bebido muito. Uma hora até achou ter visto seu deus grego no bar. Fechou os olhos e quando os abriu novamente, ele não estava mais lá.

Aquele homem não saia da cabeça. Aqueles olhos. Aquela voz. Queria vê-lo novamente. Ah, como queria. Só de pensar, já começava a sentir um calor percorrendo o corpo. Ainda na cama, ficou imaginando como seria os dois ali deitados. Se beijando. Imaginou ele descendo aos seios, mordendo-os e sugando-os. Enquanto ele descia mais na sua imaginação, ficou sem ar ao imaginar aqueles olhos cor de mel, fitando-a, enquanto a boca estava ocupada lhe dando orgasmos. Com um gemido de frustração, Valentina se levanta da cama.

- Você precisa parar de pensar nesse homem. Ainda mais, porque você não pode tê-lo. - repreende-se ela, indo pro banho. - Ai que dor de cabeça, nunca mais vou beber na vida.

Depois de tomar banho, vestiu um moletom e uma calça de malha. Foi até a cozinha para comer alguma coisa, já que já tinha passava da hora do almoço. Esquentou uma lasanha congelada e foi sentar no sofá para comer, vendo TV. Mais tarde resolveu continuar o projeto da New Tech, tinha que entregar o pré-projeto para aprovação nessa semana. Faltava somente definir alguns materiais. Sabendo que o ponto de interesse do cliente era a vista da cidade, posicionou a mesa para que ficasse ao lado da janela, assim, bastava ele levantar da cadeira. Atrás, na parede que tinha a porta para o banheiro anexo, projetou um balcão e ao lado da porta, um outro para o frigobar e bebidas. Em frente a sua mesa havia uma mesa de reuniões para cincos pessoas e um painel para tv. Do outro lado ficava um sofá e uma poltrona, junto com uma mesa lateral. Ainda não tinha projetado o local para a coleção. Pegando a caixa na sacola que havia trazido para casa. Valentina ainda não tinha aberto a caixa para ver seu conteúdo. Tinha saído tão atordoada depois daquele esbarrão que não tinha parado para olhar.

Meio nervosa, com medo de estragar alguma coisa, ela vai abrindo muito lentamente retirando os plásticos bolhas do caminho, até encontrar:

- O quê?! - Valentina fica pasma olhando para o conteúdo da caixa - isso só pode ser uma brincadeira! - Sem esperar deixa a caixa de lado e pega seu notebook em cima da mesa. Precisava descobrir se aquilo era verdade. Rapidamente digita um email, enviando em seguida. Com raiva da situação, Valentina resolve sair e dar uma corrida. Precisava de ar para pensar. Aquilo já estava indo longe demais. Trocando de roupa e colocando seus tênis de corrida, pega seu mp3 e sai em direção ao parque que tinha próximo a sua casa.

Valentina corria como nunca. Era tanta raiva e frustração. Sua maior chance estava se tornando um pesadelo. Nunca pensou que pudesse ter seu trabalho tão desrespeitado. Seu cliente era arrogante, inflexível, sarcástico, enfim, tudo que ela mais detestava. Sem ar e exausta, Valentina pára para recuperar o fôlego e tomar um pouco de água. Com a cabeça baixa, ela derrama água sobre a nuca. Fica com as mãos nos joelhos, relaxando um pouco. Tinha corrido por mais de uma hora.

Volta para casa caminhando, fazendo alguns alongamentos no caminho. Já tinha anoitecido.

Chegando em casa, tira os tênis na entrada do apartamento e vai até seu banheiro. Merecendo um banho de banheira, começa a enchê-la, acende umas velas e liga o som que ficava no banheiro. Volta na cozinha pra pegar uma garrafa de vinho e taça, servindo-o em seguida. Tomando um gole, volta no banheiro. Fecha a torneira e derrama uma espuma de rosas na água, em seguida tira a roupa. Com a taça e a garrafa na borda, Valentina entra na banheira. Com a água cobrindo-lhe os seios, ela deita a cabeça no encosto e toma mais um gole do vinho.

- Que paraíso... - diz ela começando a relaxar. Andava tão tensa, desde que Carlos tinha lhe partido o coração. Aqueles tinham sido seus quatro meses mais terríveis. Agora que ela começava a ficar bem, aparecia esse cliente, querendo lhe tirar a alegria de ser arquiteta. Toma mais um gole de vinho. Ela não iria permitir. "Esqueça esse idiota" pensou ela. Afundando mais na banheira e fechando os olhos. Sua mente viajando em recordações felizes. De repente, um par de olhos cor de mel lhe invade a mente. Dando um sorriso de satisfação, ela dá total liberdade para sua mente.

Era um quarto diferente. Valentina vestia uma camisola de seda preta com rendas vermelhas. Ela ofegava enquanto olhava para ele, seu corpo queimava. Ele parado à sua frente, apenas de cueca preta. A observava com um olhar de desejo no rosto. Seu corpo era perfeito, abdômen definido, tinha alguns pelos que desciam do umbigo, indo até a cueca. Ela abriu a boca, lambendo os lábios ansiosa ao notar o tamanho de sua excitação. Ele vinha em sua direção, sem desgrudar os olhos dos dela. Parando alguns centímetros dela. Deslizando um dedo em cada braço de Valentina, ele chega no ombro, segurando as alças da camisola. Com as alças nas mãos ele as desliza pelo ombro, fazendo a camisola cair no chão. Recuando um passo para trás, ele baixa o olhar para seu corpo amostra. A pupila dilatada, deixando os olhos negros de desejo. Ele a pega nos braços, fazendo ela envolver as pernas em sua cintura, e vai em direção a cama.

Deitando na cama, ele a beija, um beijo intenso, cheio de desejo. Ela retribui o beijo, ambos pareciam ansiar por esse momento. Soltando os lábios dela, ele beija o lóbulo de sua orelha, mordendo em seguida. Ela geme. Ele desce pelo pescoço, beijando, mordendo e lambendo. Passa pela clavícula. Enquanto ele beija um dos seios, a mão livre vai passeando pelo corpo dela, chegando as coxas, apertando-a ele vai em direção a sua calcinha. Com o polegar ele esfrega o clitóris, por cima da calcinha. Ela geme baixinho. Puxando sua calcinha para o lado, ele percebe o quanto Valentina estava excitada. Soltando o seio, ele volta lhe beijar os lábios, enquanto ele a penetra com um dedo. Surpresa, ela empina os quadris em direção a mão dele. Sem parar de beijá-la, ele enfia dois dedos em sua entrada. Entrando, saindo e girando. E com o polegar estimula o clitóris.

- Goza pra mim, Valentina. - sussurra ele em seu ouvido. E como se fosse uma ordem, ela explode num orgasmo nunca antes sentido.

Valentina acorda assustada, olhando em volta. Ainda estava na banheira. Tinha dormido, a água já fria. Ela sentia os espasmos pós-orgasmo lhe percorrendo o corpo, ofegava. Trêmula, ela sai da banheira e vai pro chuveiro. Ela não acreditava no que tinha acontecido. Seu deus grego acabara de lhe dar o melhor orgasmo de sua vida num sonho. "Imagina pessoalmente?" suspira Valentina.

Além da Razão (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora