8 - Eu conheço você

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Apesar de varias tentativas de esquecer o passado ele voltava varias vezes a mente do Giyu.

Ele conseguia lembrar de tudo, apesar de não ter certeza se de fato viveu aquilo. Tudo aconteceu após aquele acidente de carro.

Agora ele estava indo em direção a hospital fazer um exame, para ver se estava se recuperando . Mais tudo naquele local lhe causou uma sensação de deja-vu.

- Bom dia, senhor Tomioka. Senhor Tomioka? - uma voz que apesar de ele ter certeza que não conhecia lhe parecia familiar.

- Ah, oi. B-boa noite...

Seus olhos se arregalaram ao ver aa garota que o chamava.

- Pode me acompanhar. - ela deu um sorriso meigo

- Ok.

Ele a segui por trás com o coração apertado sem saber porque.

- Bem, o doutor Iguro já está vindo. Mais vou ficar aqui até ele chegar. - então ela pegou uma caderneta. - Vou te fazer algumas perguntas antes, tudo certo?

- Sim.

- Pode se sentar.

Ela apontou para a poltrona e ele fez o que ela mandou. Então ela puxou uma cadeira giratória e se sentou na frente do mesmo.

- Posso fazer uma pergunta antes?

Ela o encarou surpresa mas concordou.

- Eu te conheço de algum lugar? Ou por acaso você me conhece?

- Não que eu me lembre - ela deu uma pequena risada - Então, posso fazer as perguntas?

- Tudo certo.

Ela começou a perguntar.

- Sente alguma dor no local da cirurgia?

- Não.

- Algum incomodo?

- Não.

- Está se medicando corretamente?

- Acredito que sim.

- Você sente tontura ou coisa parecida?

- As vezes.

- Com que frequência?

- Quando acordo e quando vou dormir.

- Está tomando algo para dormir?

- As vezes... Você tem muitas perguntas.

Ela piscou algumas vezes e então olhou para o caderno e para ele.

- Acho que o senhor não entende, esse é meu trabalho por enquanto.

Ele concordou.

- Após o acidente você vem perda de memoria?

- Pode ser ao contrario.

- Como assim?

- Eu lembro de coisas que nunca vivi.

- Hum... entendo. Que tipos de memorias?

- De algumas pessoas. A maioria são meus amigos, outros eu nunca vi.

- Bom, acho que isso não podemos resolver aqui. Mais posso te indicar uma psicóloga.

- Que pena.

Nesse momento o doutor chegou e a menor se levantou

- Já terminei de preencher o relatório. Vou indo doutor.

- Certo, obrigada Kocho.

- Vamos conversar senhor Tomioka. - então ele se sentou na sua cadeira e falou sobre coisas que o Giyu não prestou atenção.

Q/t.

Já estava um pouco tarde quando o Giyu saiu. Então ele a viu novamente. Mas não estava sozinha.

Seu coração doeu. Ele sentiu algo por ela no momento que ouviu sua voz.

- Pelo amor de deus Douma! Nós terminamos, não quero ir para casa com você.

- Shinobu, entenda. Eu estava bêbado, não iria te trair nem que me pagassem! - Ele segurou o pulso dela

- Ei! Me largue - ela tentou puxar - Me largue se não eu vou gritar.

- EI! - Tomioka se aproximou dando um soco no loiro

- Meu deus! - a Kocho espantada pôs a mão na boca.

- Que diabos pensa que está fazendo?! - Douma se levantou irritado

- Eu que deveria fazer essa pergunta.

- Cara, nem te conheço. Eu estou conversando com minha namorada.

- Eu não sou sua namorada. - a menor disse cruzando os braços.

- Ela não é sua namorada - o Giyu reforçou

- Muito menos sua. Então não se meta!

- Na verdade ela é sim. - ele puxou o braço da menor que o seguiu sem hesitar

Douma não os seguiu, então assim que eles entraram no carro ela suspirou aliviada.

- Obrigada, eu, não. Você nem me conhece e me ajudou.

- Eu conheço você.

- Ham?

Ele se virou para o banco do carona a encarando nos olhos.

- Eu conheço você, mas talvez não a você de agora. É como eu te disse lá. As vezes eu tenho uma impressão que conheço alguém que nunca vi nessa vida.

- Ah, ela desviou o olhar. Nós éramos próximos o suficiente para você me salvar agora? - ela rio sem graça

- Não de mais, não de menos. Mas andávamos juntos muitas vezes. Até que um de nós morreu. Por um demônio, chamado... - ele estava pra completar a frase quando ela o fez

- Douma.

Ele a encarou pasmo, será que ela se lembrava dele? Isso significa que ela também tinha memorias de uma vida passada?

- Como...?

- Até dias atrás eu não sabia. Até que eu me bati com você, no acidente. Eu estranhei te achar conhecido de algum lugar sem nunca te ver. Então comecei a buscar sobre isso, e encontrei um garoto que dizia ter as mesmas memórias. Então marcamos de nos encontrar. Ele me contou tudo que se lembrava.

- Porque você disse que não me conhecia?

- Normalmente respondo isso.

- Foi por isso que terminou com ele?

- Não, o Douma que eu conhecia é totalmente diferente daquele demônio. Mas descobri que ele me traia. Eu também não me sentia segura perto dele... era meio assustador - então ela lançou um sorriso para o maior - pra falar a verdade.

Então ele ligou o carro.

- Onde você mora?

- É só seguir m frente. Aliais, me dá seu numero?

- Eu ia pedir o mesmo. - ele pegou o celular e colocou o no aplicativo de mensagem.

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⏰ Última atualização: May 23 ⏰

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𝐎𝐍𝐄-𝐒𝐇𝐎𝐓'𝐬 𝐆𝐈𝐘𝐔𝐒𝐇𝐈𝐍𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora