"É estranho, não é?" Soraia perguntou quando Elisa voltara para casa "Gostamos deles, queremos ajudar. Não podemos fazer nada. Somos abandonadas em casa até a sua possível volta."
"Do que você está falando?" Elisa perguntou.
"De Malik" ela respondeu "Faz algum tempo que espero que ele me peça em casamento, acho que talvez iria depois de voltar da sua missão com seu irmão e Altair. No entanto, a morte de seu irmão foi forte demais para ele. Partiu para um posto em que fosse útil para a Irmandade."
Elisa não soube o que responder. Apenas assistiu Soraia puxar uma lâmina finíssima e quase invisível.
"Vamos, você não pode ser inútil se ainda quiser chegar a tempo de ir para a última viagem de Altair." Soraia disse.
E Elisa tinha que concordar com Soraia. Principalmente dias mais tarde, quando parecia que ela sabia, pelo menos, empunhar uma lâmina. Quer dizer, o treino era com Janjão. Um saco de algodão grosso preenchido com feno Com certeza que, se o inimigo se mexesse mais que o Janjão, Elisa não conseguiria desferir um só golpe.
- Parabéns, agora você consegue não desferir um golpe contra si mesmo – Soraia debochou – Estamos aqui há quase duas semanas e você é a completa negação para uma futura esposa de um assassino. Acho que é isso que é uma pacifista.
- Basicamente – Elisa girou a faca na mão. Se estremecendo quando ouviu o tilintar da lâmina batendo contra o solo – Vou ter que melhorar isso.
- Com certeza que não vai, porque você não vai nem pegar nisso de novo – a voz de Altair ecoou atrás delas. Por um instante, Elisa desviou o olhar para evitar Altair a beijasse. Não é como se ela não quisesse mais um beijo, só estava obstinada a não deixar que ele fizesse o que quisesse, ele não era o dono dela.
- Eu faço o que eu quiser.
- Como se despir em público? – Elisa nem se lembrara que tinha se despido para pular na água. Pelo menos sua pistola continuou consigo o tempo inteiro. Ainda estava amarrado a sua perna quando acordou.
- Engraçadinho, pelo menos alguém sabia como me salvar. E no caso, fui eu mesma – Elisa riu.
- Quem você acha que te tirou da água quando você desmaiou?
- Boa noite, pombinhos – Soraia disse saindo.
- O quê, mas eu vou dormir na sua casa – Elisa protestou.
- Hoje, alguém vai dormir nos dormitórios dos assassinos – ela piscou e saiu. Isso tudo era porque Elisa tinha a contado que eles se beijaram uma vez?
- Bem, - Altair desviou o olhar, completamente constrangido na frente de alguns assassinos mais jovens – pelo menos você tem roupa para usar hoje.
Ele desenrolou como um pergaminho uma roupa linda. Era a roupa de uma dançarina, tinha pedras, o tecido era colorido e fino. O top tinha um tule nas mangas, qualquer movimento com os braços seria bem evidenciado com isso. A calça era solta e leve, mesmo com mais de uma camada de tecido. Não. Era uma saia. Uma saia com dois cortes perigosos, e ainda atraentes.
- É bonito – Elisa não pode esconder isso dele quando recebeu o presente. Apenas o recebeu – Por que trouxe isso?
- Achei no mercado, por acaso.
***
- Só porque eu consegui pechinchar essa roupa, não significava que você tinha que trazer junto para estragar em uma viagem.
- Bem, se temos uma roupa, tem que usar – Elisa se defendeu, ajeitando as rédeas do Imperioso nas mãos – Não é?
- É, mas eu imaginava que você usasse quando estivéssemos em um momento em casa.
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Assassins parte 1 - O Imperioso
ActionSangue. Muito sangue. Os olhos ficaram vidrados. De Naplouse caiu, segurado por Altair, por os olhos escuros como se tivessem sido engolidos por algo muito ruim. - O que...? - foi o que conseguiu dizer. Um grito agudo foi o chamariz para os guardas...