CAPÍTULO 7.

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(Imagem ilustrativa dos 3 estágios de vida do Dashiell)

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OBS: Este capítulo ainda está passando por correções. Não haverá mudança na história. Somente melhorias na gramática. 

          Senti como se um choque percorresse minha espinha. Minhas mãos começaram a suar.

— Do que você está falando? — O homem fez um esforço para me alcançar, ele estava fraco, gelado, tremendo como se reunisse suas últimas energias para me tocar.

— Eu te amo, muito. Minha pequena. — Uma de suas mãos pousou em meu cabelo. Involuntariamente, meus olhos se encheram de lágrimas. Meus pulmões doíam, faltava-me o ar. Poderia tentar negar o que estava acontecendo, se nossas aparências não fossem tão semelhantes.

— Como você consegue me dizer isso? — Minha voz saiu fina, sentia minha garganta arder. Sua mão fria começou a esquentar instantaneamente, o calor aconchegou meu rosto, seus dedos pareciam se fundir com minha pele.

— Entenda. — Minha vista turvou. Pensei que fossem as lágrimas roubando a minha visão, mas, na verdade, eu estava vendo vultos que aos poucos tomavam forma. Era como se imagens estivessem sendo colocadas em minha mente. Vi este homem abraçando alguém com muito carinho, logo um sentimento de tristeza e raiva me envolveu. Ele se afastava desse abraço, a dor da separação apertava meu peito, sufocando-me. Parecia que sua própria vida estava sendo afastada, não por escolha, mas por uma obrigação. A partir dali tudo encobria um segredo importante. Ele ficou tão sozinho, a solidão emitia uma cor escura, como se não houvesse luz alguma que lhe pudesse apresentar uma saída. O tempo passou devagar, sempre com medo, fugindo, tentando sobreviver. Até que encontrou um lugar que o acolheu, não como o abraço afetivo do início, mas como uma mão no ombro dizendo "aqui entendemos a sua dor, estamos com você". Áedán estava lá a todo momento, seu informante desde pequeno. Suas saídas eram breves mas a volta do garoto sempre o deixava ansioso, trazia informações que deixavam este homem um pouco mais feliz. Até que um dia, uma notícia chegou e o deixou inquieto. Dashiell estava vulnerável, com medo. Seu segredo foi descoberto. A partir dali só haviam planos de encontrar o homem que descobrira, mas tudo deu errado. Foi capturado, torturado e espancado. Eu sentia suas dores. Na tentativa de fugir, foi atingido, todos seus órgãos sangravam, sua lombar estava fraturada. A única coisa que o mantinha vivo era a vontade de receber aquele abraço pela última vez. Essas são sensações e imagens não me traziam um sentido tão profundo, mas eu conseguia compreender.

PRIMORDIAL - A OrigemOnde histórias criam vida. Descubra agora