OBS: Este capítulo ainda está passando por correções. Não haverá mudança na história. Somente melhorias na gramática.
Conversamos por alguns minutos e, em seguida, retornamos à cozinha. A noite já estava avançada, e não demorou muito para que Marck e Andrew se despedissem e fossem para casa.
Após ajudar minha mãe a lavar a louça, segui diretamente para a cama. A exaustão tomava conta de mim, e eu mal tive tempo para trocar de roupas; caí no sono imediatamente.
***
Sentada em um pedaço de tecido na grama sobreposto, eu observava o verde vívido que o cenário me concedia. A natureza predominava para todos os lados, dispersando seu aroma de fim de tarde, semelhante a grama molhada após alguns respingos de chuva.
Um pouco mais a frente, alguém se aproximava colocando alguns galhos secos sobre o chão de forma que todos juntos formassem uma pirâmide não convencional. Seguidamente uma faísca cintilou no meio daqueles galhos, a chama se avultava cada vez mais conforme consumia a madeira.
O rapaz familiar, que estava agachado perto do fogo, o alimentava com alguns tocos secos. Seus cabelos eram tão claros quanto a areia, compridos o suficiente para que algumas mechas onduladas cobrissem o seu rosto. Com as costas da mão, ele afastou uma das mechas dos olhos, agora seus traços eram mais fáceis de identificar e possuíam uma estranha delicadeza neles, pois seu corpo era robusto, já que seus ombros eram largos e apesar das roupas era possível notar que sua musculatura era proeminente. A pele dele era extraordinariamente pálida. Não pude determinar a cor de seus olhos, mas quando ele percebeu a minha observação demorada a seu respeito e direcionou o olhar para mim, aqueles olhos... eram tão intensos que pareciam falar com a minha alma, uma conversa de milhares de anos e vidas já vividas. Meu corpo estremeceu por inteiro. A cor azul da sua íris brilhou instantaneamente quando se fixaram em mim, dando a entender que ele sentira o mesmo. Por alguns instantes eu realmente poderia jurar que ele estava me vendo ali presente, mas seus olhos se perderam através do meu corpo, como se eu fosse um fantasma.
Os sons crepitantes do fogo, embora sugerissem uma sensação de destruição, eram surpreendentemente agradáveis aos ouvidos. Eu me assemelhava àquela chama, ansiando por expandir-me cada vez mais ao entrar em contato com o oxigênio. Desejava ser notada, contudo, meu corpo parecia ter se desligado completamente daquele ambiente. É difícil descrever exatamente o que estava acontecendo.
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PRIMORDIAL - A Origem
FantascienzaEm um mundo onde os sonhos de Hollie se transformam em sombras constantes desde a infância, à medida que desvenda segredos surpreendentes sobre si mesma e o universo que acreditava dominar, a normalidade se desvanece, lançando-a em um caminho replet...