OBS: Este capítulo ainda está passando por correções. Não haverá mudança na história. Somente melhorias na gramática.
-HOLLIE-
O cansaço e o estresse talvez estivessem mexendo com a minha cabeça, pois não era possível que meu coração batesse tão rápido, ansiando avançar a pequena distância que restava até os lábios dele. Uma parte dentro de mim relutava, dizendo que não era uma boa ideia, enquanto a outra desejava apenas aceitar o que estava acontecendo.
Segurei uma de suas mãos que estava no meu rosto. Marck se aproximou ainda mais, apoiando seu corpo contra o meu, removendo qualquer espaço que havia sobrado entre nós. Minhas escápulas estavam contra a parede. Sentia o calor e a vontade emanando do seu corpo, mas ele parecia relutar também. É muito confuso pensar no meu amigo de forma diferente, desejar que ele toque mais em mim e até me beije. Sua mão desceu e se encaixou na lateral do meu pescoço, meu corpo arrepiou por dentro. Não ia lutar contra a vontade dele, mesmo ainda não tendo certeza se era o certo a se fazer. Seus olhos vidraram nos meus lábios, parecendo confuso quanto ao meu consentimento, pois ele não partia para o que tanto desejava.
Quando a porta de entrada se fechou, percebemos que não estávamos sozinhos, havia mais de uma pessoa na casa, e alguém estava bem próximo.
Nos afastamos imediatamente. Meu corpo estava congelado, mas não era constrangimento, eu apenas não tive tempo de me recompor. Havia uma figura grande na porta onde se iniciava o corredor. Ivar estava parado, observando-nos.
— Hoje à noite faremos uma fogueira. Preparem-se para participar. — Ele falou, desviando o olhar. O homem sabia muito bem o que estávamos fazendo ali, mas não tocou no assunto, apenas passou a informação e se retirou. Olhei para Mark, e ele estava desconcertado. Não me olhava de volta.
— Será que somos obrigados a ir? — Perguntei, tentando quebrar o clima. Marck deu de ombros, mas não falou nada. Ele entrou no cômodo em que havia se hospedado ontem e fechou a porta, me deixando sozinha no corredor.
No meu quarto, fechei a porta logo atrás de mim. Sentei-me sobre a cama e fiquei alguns minutos encarando o espaço vazio da parede à minha frente. Meu rosto ainda estava quente. O que aconteceu no corredor se repetia diversas vezes na minha cabeça. Era como se ele estivesse preso por algo que não o permitisse me beijar. Consigo imaginar o que o segurava, existem tantas razões que nem quero continuar pensando, estou cansada demais para isso.
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PRIMORDIAL - A Origem
Science FictionEm um mundo onde os sonhos de Hollie se transformam em sombras constantes desde a infância, à medida que desvenda segredos surpreendentes sobre si mesma e o universo que acreditava dominar, a normalidade se desvanece, lançando-a em um caminho replet...