OBS: Este capítulo ainda está passando por correções. Não haverá mudança na história. Somente melhorias na gramática.
Eu mal consegui dormir. Passei a maior parte da noite com a sensação de que, a qualquer momento, Áedán atravessaria algum espelho para me pegar.
Meu corpo tremia embaixo do cobertor. Permaneci encolhida na cama, com os joelhos próximos ao peito. Havia muito espaço sobrando no colchão, deixando um vazio aterrorizante. Eu estava completamente vulnerável. Só consegui cochilar pela manhã, pois minha cabeça estava exausta.
"Você tem que merecer", ele disse, como se eu tivesse pedido para nascer ou contribuído para as coisas ruins acontecerem. Tudo o que eu mais queria era viver em paz, voltar para a minha antiga vida, que eu conhecia. Ou pelo menos pensava que sim.
Noah conseguiu convencê-lo a me soltar ontem. Se não tivesse ninguém para intervir, não sei o que teria acontecido comigo.
Jayden trouxe Izzie e Adrian, que conduziram Áedán para fora da casa de Noah.
Hoje, encontrarei minha mãe. Nem consigo pensar na nossa possível conversa. Não sinto raiva, mas dependendo das circunstâncias, posso sentir.
No corredor da casa, havia uma abertura para outra área. Minha curiosidade venceu a hesitação de não explorar espaços alheios, especialmente porque Noah me incentivou a sentir-me à vontade. Afinal, que mal faria explorar um pouco mais? Não aparentava ser um ambiente muito reservado. Ao me dirigir à porta de vidro, deparei-me com uma sala repleta de plantas dispostas com organização em prateleiras e suportes ao longo de uma das paredes. No centro do teto, uma estrutura circular completamente transparente permitia que a luz do dia iluminasse naturalmente todo o espaço. Um banco de madeira, elegantemente esculpido, estava posicionado ao lado de um armário. Era mais do que uma sala, parecia uma obra de arte viva. Ao entrar, respirei profundamente, absorvendo o aroma verde da natureza. Uma folhagem exuberante, localizada em um canto do teto, estendia seus ramos até o chão. Eram espécies de plantas que eu nunca havia visto antes. Fechei os olhos e, por um momento, senti como se ouvisse os sons da fauna, como pássaros, insetos e pequenos mamíferos, que complementariam perfeitamente aquele cenário. Noah era verdadeiramente criativo. Sua expressão artística interior estava profundamente conectada à natureza, assim como a minha estava ligada à pintura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PRIMORDIAL - A Origem
Science FictionEm um mundo onde os sonhos de Hollie se transformam em sombras constantes desde a infância, à medida que desvenda segredos surpreendentes sobre si mesma e o universo que acreditava dominar, a normalidade se desvanece, lançando-a em um caminho replet...