If we survived the Great War

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Peeta Mellark 

Vamos pelo subsolo. O lugar por onde os avox se movem. Sou obrigado a continuar. Katniss não quer me matar. Não são gentis ao ponto de entregar a pílula. Mas são gentis ao ponto de me manterem vivo e com eles. 

Quando paramos para descansar percebo que não consigo dormir e vejo que ela não vai se permitir tal recompensa. Então quando me oferece comida percebo que me entrega sem a tampa. Ela sabe meus planos. Aparentemente nos conhecemos bem assim. 

E finalmente conversamos. Ela me pergunta sobre algo que eu tinha mencionado anteriormente de quando estava preso, vendo pessoas serem torturadas e mortas, quando eu estava sendo torturado.

Em meio ao maior jogos de todos os tempos é claro que a conversa não seria tão leve. Falar sobre as sensações do veneno das teleguiadas é complicado, mas ela sabe sobre isso, foi picada no primeiro jogo. 

Termino minha lata. Pensando que consigo saber o que da minha cabeça foi envenenado e o que não foi. As cores diferentes, a intensidade dos atos. É quando ela me incentiva a dormir.

Me deito. É o que resta. Estou exausto. De mim. De tudo. Da vida. 

Então sinto sua mão acariciando alguns fios de cabelo em minha testa. Fico paralisado. Tento respirar fundo. Controlo a tensão, o turbilhão, o medo. Tudo que me atinge. Me mantenho exatamente como estou, paralisado. 

— Você ainda está tentando me proteger . Verdadeiro ou Falso? – pergunto. 

— Verdadeiro. – Ela responde. – Porque é o que você e eu fazemos. Protegemos um ao outro. 

Então eu durmo. Como não dormia a muito tempo. Com uma tela em branco em minha mente. E isso é ótimo. 

Uma peça dos jogos Onde histórias criam vida. Descubra agora