•VII•

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Eloise mordera os lábios em resposta após dizer isso

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Eloise mordera os lábios em resposta após dizer isso. Cliff, o fantasma que surgiu de forma inexplicável em sua vida, estava correto. Tinha a impressão que ele era o grilo que ficava ao lado do Pinóquio quando fazia merda, sussurrando em seu ouvido as verdades nuas e cruas em seu ouvido.

— Será que eu conseguiria reverter?

—  Por que está me perguntando isso? – Cliff deu de ombros. – Não fui eu que fiz merda.

— O que você faria no meu lugar, hm? – Lou estava sem paciência.

— Não queira escutar.

— Desembucha.

Ele abaixou a cabeça e deu uma risada baixa de escárnio. Eloise ficou esperando uma resposta e logo a encarou novamente.

— Eu ia fazer sexo com os dois. Se eu fosse mulher, com todo o respeito, gostosa que nem você... a única moeda de troca seria uma mamada. Uma mamada no lugar do perdão!

A ruiva, com asco, pegou uma das almofadas de sua cama e atirou em direção ao rapaz, que desviou rapidamente e começou a rir.

— Seu nojento! Vocês, homens, são todos iguais! Só muda de endereço, e de plano, é claro!

— Foi mal pela brincadeira! Não pude evitar. Enfim, sinceramente, sei lá o que eu faria. Nunca aconteceu algo parecido já que eu nunca tive apego emocional a ninguém. Só a minha família e namorada. O resto queria que o cu pegasse fogo.

— Sério? – Eloise ergueu as sobrancelhas. – Estou invejada. Você atingiu maturidade emocional.

Novamente, Cliff pareceu não se importar. Ele tinha essa energia semelhante a de um vento. Livre, despreocupado e sinceramente, de alguém que viveria chapado.

Em resumo, era um hippie.

— É... foda-se. A vida é muito curta pra agradar pessoas. Principalmente aquelas que você conheceu a poucos dias e que provavelmente já possui uma... admiração exacerbada.

— Admiração exacerbada?

Cliff ergueu os olhos.

— Qual é o seu nome e o que sua família fez aqui em Nova Orleans?

— Eloise Monnieri. Fabricante de instrumentos musicais aqui da Luisiana.

— Alguém importante já usou algum instrumento feito pela família?

Eloise parecia pensar por um instante.

— Hm, qual o nome dele? Ah, Chuck Berry!

Com isso, um sorriso de orelha a orelha brotou nos lábios de Cliff e começou a dar batidinhas na cadeira dela em animação.

— Exatamente! Chuck usou a Monnieri Soleno II em sua apresentação no Summerfest, em 1968 na cidade de Milwaukee! Só os clássicos com um toque de country arranhado que só as guitarras da marca da sua família tinham!

The Ripper Hammett - Kirk HammettOnde histórias criam vida. Descubra agora